o despudor à solta
Como foi possível acontecer na nossa pátria? Que traições se sucederam? Ao mais alto nível que impostores mascarados de políticos, nos intrujaram tão vilmente?
Enxames de maus políticos têm chegado ao poder, isolando a acção dos poucos empenhados na causa pública. Esbarramos com charlatães, artistas nas promessas, gente de palavreado fácil e ilusório, esbanjadores de dinheiro (nosso) para objectivos (deles), bem distantes do bem-estar e desenvolvimento da sociedade.
A ânsia de poder não os inibe de se tornarem reles mentirosos compulsivos, disfarçando tendências de domínio com aparente generosidade pessoal ou de recorte social. A busca de protagonismo é proporcional à sua insignificância.
Uma desqualificada casta de trapaceiros chega a recorrer à citação fácil de palavras de gente ilustre, na vã tentativa de engrandecer a sua pobre imagem de ignorantes.
É vê-los. Em períodos curtos de vida activa (?), através de habilidades manhosas, alcançam chorudas pensões que, paradoxalmente, lhes são garantidas pelos descontos feitos durante quarenta e mais anos a uma maioria de trabalhadores.
Como a principal virtude de tal gente é mostrar-se para pressionar a ascensão política, dedicam-se com afinco ao planeamento da imagem, preparada ao ínfimo pormenor. Os erros, com custos inimagináveis, ficam para outros resolverem.
A progressiva degradação do país resulta de, em todos os quadrantes, surgirem vozes leoninas que logo amansam segundo os interesses, águias a querer voar mais alto do que o tamanho das asas, coelhos que fogem para as suas confortáveis tocas. São espécies conhecidas e não é que os seus objectivos sempre colidem com os da comunidade?
Não raro e, sempre que oportuno, há os que estão à coca de benesses legislativas das quais possam tirar vantagens, ainda que, sob o diáfano manto da aparência, cheguem a manifestar-se como opositores. Como exemplo, cite-se a Lei 55/2010, recentemente promulgada, cujo perfil, nesta época de crise, beneficiará os partidos em detrimento de quem trabalha. Ao que se saiba, nenhum partido recusou as benesses. Sintomático? Não. Apenas mais do mesmo...
Neste cenário, não admira a pobreza franciscana que se sente na actual campanha eleitoral, em que alguns candidatos, entre acusações mútuas, falam das idas ao cabeleireiro da consorte, gracejam (com mau gosto) sobre a utilidade das foices, misturam promessas como se em vias de formarem governo, mas não dizem o que fariam se eleitos Presidente da República.
Este o espelho do ponto negro a que chegámos, em que ao vilão basta ter um olho na testa e pés para se elevar na montra de candidato a qualquer coisa.
Tudo em nome da democracia. Que perversidade! O que seria com outro regime?!
Perante um quadro tão preocupante, como não transformar em imperativo nacional a inequívoca manifestação de repúdio pelos maus políticos que mantemos?
Será preciso esperar por mais evidências de incompetência e oportunismo?
Fernando Castelo
Enxames de maus políticos têm chegado ao poder, isolando a acção dos poucos empenhados na causa pública. Esbarramos com charlatães, artistas nas promessas, gente de palavreado fácil e ilusório, esbanjadores de dinheiro (nosso) para objectivos (deles), bem distantes do bem-estar e desenvolvimento da sociedade.
A ânsia de poder não os inibe de se tornarem reles mentirosos compulsivos, disfarçando tendências de domínio com aparente generosidade pessoal ou de recorte social. A busca de protagonismo é proporcional à sua insignificância.
Uma desqualificada casta de trapaceiros chega a recorrer à citação fácil de palavras de gente ilustre, na vã tentativa de engrandecer a sua pobre imagem de ignorantes.
É vê-los. Em períodos curtos de vida activa (?), através de habilidades manhosas, alcançam chorudas pensões que, paradoxalmente, lhes são garantidas pelos descontos feitos durante quarenta e mais anos a uma maioria de trabalhadores.
Como a principal virtude de tal gente é mostrar-se para pressionar a ascensão política, dedicam-se com afinco ao planeamento da imagem, preparada ao ínfimo pormenor. Os erros, com custos inimagináveis, ficam para outros resolverem.
A progressiva degradação do país resulta de, em todos os quadrantes, surgirem vozes leoninas que logo amansam segundo os interesses, águias a querer voar mais alto do que o tamanho das asas, coelhos que fogem para as suas confortáveis tocas. São espécies conhecidas e não é que os seus objectivos sempre colidem com os da comunidade?
Não raro e, sempre que oportuno, há os que estão à coca de benesses legislativas das quais possam tirar vantagens, ainda que, sob o diáfano manto da aparência, cheguem a manifestar-se como opositores. Como exemplo, cite-se a Lei 55/2010, recentemente promulgada, cujo perfil, nesta época de crise, beneficiará os partidos em detrimento de quem trabalha. Ao que se saiba, nenhum partido recusou as benesses. Sintomático? Não. Apenas mais do mesmo...
Neste cenário, não admira a pobreza franciscana que se sente na actual campanha eleitoral, em que alguns candidatos, entre acusações mútuas, falam das idas ao cabeleireiro da consorte, gracejam (com mau gosto) sobre a utilidade das foices, misturam promessas como se em vias de formarem governo, mas não dizem o que fariam se eleitos Presidente da República.
Este o espelho do ponto negro a que chegámos, em que ao vilão basta ter um olho na testa e pés para se elevar na montra de candidato a qualquer coisa.
Tudo em nome da democracia. Que perversidade! O que seria com outro regime?!
Perante um quadro tão preocupante, como não transformar em imperativo nacional a inequívoca manifestação de repúdio pelos maus políticos que mantemos?
Será preciso esperar por mais evidências de incompetência e oportunismo?
Fernando Castelo
1 comentário:
O sr. fernando seara vai anunciar na próxima 2ª feira, no Benfica TV, a sua candidatura à presidência da FPF (Federação Portuguesa de Futebol). O rumor confirma-se, passamos do mau autarca a full-time ao mau autarca em regime de part-time. Jose J. Jalon
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