[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Mentecapto?
- obviamente…

Na penúltima edição de O Eixo do Mal do canal televisivo Sic Notícias, mais precisamente, em 17 do corrente, Clara Ferreira Alves, chamando os bois pelos nomes, classificou António José Seguro como mentecapto. Aqui-del-rei! A Sic até o adjectivo substituiu por um conveniente(?!) piiiii… Claro que concordo com a Clara. Neste episódio, aliás, a sempre clarividente Clara apenas confirmou uma ideia que tem veiculado com toda a pertinência. De facto, o actual Secretário-Geral do Partido Socialista é o acabado protótipo daquilo que ela afirmou.


O rei vai nu? Não. Nem sequer disso se trata. Se tal fosse o caso, durante um determinado período, António José Seguro teria andado a enganar os cidadãos, escondendo a sua real falta de gabarito ou, eventualmente, dando a entender ou fazendo-se passar por aquilo que, efectivamente, não é. António José Seguro nunca enganou fosse quem fosse. Na realidade, ele é o deserto, a secura, a ausência de qualquer ideia promissora da mudança de paradigma que cumpre adoptar para promover a esperança num futuro melhor.

Quem me tem acompanhado durante estes anos de partilha de escrita, tanto neste suporte informático como na imprensa regional, sabe que António José Seguro nunca me enganou. Para não vos incomodar com mais referências, apenas me socorrerei de Obviamente, sejam eleitos, texto aqui publicado em 17 de Junho deste ano, do qual destacarei os seguintes excertos:

“(…) Provindo de cinzentas paragens, sabiamente e com florentinas pinças gerindo seus tempo e espaço, eis que, impoluto, surge António José que até Seguro tem o nome propício aos mais infantis e óbvios trocadilhos. O saldo de Sócrates, no partido e no país, é tão negativo que difícil não é ser substituído por quem não conheço um rasgo, uma centelha, uma ideia. Nem sequer uma peregrina ideia, por onde pegar. É a aposta no óbvio. Tudo neste sujeito é óbvio, fastidiosa, tendencial e intencionalmente óbvio. (…)

Nunca pensei que um óbvio sentimento de orfandade pudesse afectar tantos socialistas – ou, melhor, tantos militantes do Partido Socialista, o que não é bem a mesma coisa... – ao ponto de, tão manifestamente, se envolverem numa aventura em que não há ponta de carisma, onde nem há palavras nem obras. Que mistério é este, que deserto, que miragem? Será que, no Largo do Rato, uma série de boas cabeças aceitam encolherem-se, autorizando o contento da maioria com esta indigência? (…)

Entretanto, numa estratégica e sábia reserva, as boas cabeças esperam pelo momento de aparecerem. Compreensivelmente, trata-se de uma elite que recusa partilhar o poder com os folclóricos pacóvios que vão proliferando como cogumelos. Ora bem, é neste túnel de desmedida e negra ignorância que, por enquanto, vamos esperando a luz que, fatalmente, surgirá. Por enquanto, ainda é o tempo dos Seguro e Passos Coelho. Obviamente, pois que sejam eleitos! Um dia destes, obviamente, serão demitidos… “

Entretanto, como seria de esperar, os dois ilustres políticos foram eleitos. Em tão pouco tempo, já podemos extrair conclusões resultantes do modo como estes sujeitos têm exercido as funções que assumiram. Se, com todas as suas limitações, P. P. Coelho tem crescido no que não pode deixar de fazer, determinado pelo quadro dos compromissos que apertam o país – pelo que surpreende pela positiva – já A. J. Seguro mais não faz do que confirmar até que ponto aquele piiii é sintomático...





2 comentários:

Sintra do avesso disse...

Transcrição de comentário do facebook:

Marilisa Crespo

Dissolvi-me neste texto tão completamente que nem me ocorre nada de significativo para dizer. Está cá tudo: os factos falam por si/eles e os seus comentários são o que eu gostaria de dizer, se 'engenho e arte' para tal me fadassem. Espero não ter sido contaminada pela virose mentecaptana... Resta-me um agradecimento por dar a público tão escorreita e crónica. Marilisa Crespo
[há 19 horas]

Anónimo disse...

Ao pé do mentecapto Seguro, o Coelho faz figura de político brilhante. Na realidade estamos no fundo.