[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Se fosse só na Madeira...


Normalmente, no regime de Estado Democrático de Direito onde a Democracia é apenas formal, como, manifestamente, acontece em Portugal, sem participação cívica, sem controlo efectivo dos cidadãos, o terreno é fértil para que se sucedam fenómenos de caciquismo, nepotismo e corrupção.

Como tudo se passa com o recurso aos mecanismos democráticos, a situação é paradoxal e perversa. Naturalmente, quanto mais baixos forem os índices da Educação, quanto menores forem os consumos culturais, pois tanto mais preocupante será a situação a nível local, regional e nacional. Tão simples como isto e sem qualquer margem para equívoco.

Enquanto não melhorarem os índices socioeconómicos, a única esperança que resta - aliás, coisa que deveria sempre acontecer, fosse qual fosse o estado de desenvolvimento da população - é que os decisores políticos exerçam, sem tibiezas, de facto e de jure, a autoridade democrática de que estão investidos.

Se bem entendem, este é o factor determinante que, sistematicamente, tem falhado entre nós. Por um lado, a nível central, os sucessivos Governos, por outro, localmente, na esfera autárquica, a autoridade democrática ou não se exerce ou se exerce suscitando e favorecendo a cultura do desleixo.

Parece que os cidadãos eleitos confundem e/ou receiam que a sua actuação, na gestão da coisa pública - afinal, o tal exercício da autoridade democrática que corta a direito, na defesa do interesse geral - seja entendida com o autoritarismo, de memória ainda tão recente, dos tempos da ditadura. Ou seja, por palavras, actos e omissões, eleitos e eleitores, estão bem uns para os outros...



2 comentários:

Anónimo disse...

Pois, a nível central, regional e local. Quanto ao nível local talvez fosse bom não perder de vista certas negociatas ligadas a bombas da gasolina...

Pedro Távares disse...

Amigo João Cachado, se estão bem uns para os outros, o melhor é desistirmos de pôr a boca no trombone (desculpe a vulgaridade)?
Pedro Távares