[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Seteais: o picadeiro?
- olhem, foi-se a tenda…



Há uma data de tempo que, novamente, ando para me juntar a todos quantos se manifestaram solidários com a minha denúncia, contra a instalação do picadeiro coberto, ao abrigo de uma improvisada tenda, de branco oleado, em terreno adjacente ao relvado de Seteais, que, flagrantemente, desrespeitava o espírito do lugar. Tratava-se de um evitável abastardamento, numa atitude inqualificável por parte do concessionário do hotel.

De facto, não vale tudo. Nem tudo está à venda e, coisas há, que nem preço têm. O grupo Espírito Santo não podia deixar de ter em consideração que aquele é um espaço classificado, que pressupõe uma actuação irrepreensível, no âmbito da defesa do património. Assim sendo, deveria ter tido o máximo cuidado quando, naquela sofisticada área, autorizou que se tivesse acrescentado um volume que, para todos os efeitos, passou a colidir com os bens objecto da concessão do Estado Português.

Como sabem, a empresa de capitais públicos Parques de Sintra Monte da Lua é a entidade que, em nome do Estado Português, da comunidade sintrense e dos cidadãos em geral, defende o património de Seteais, estando mandatada para articular com o concessionário, em relação a quaisquer problemas suscitados durante o prazo de vigência da concessão. Foi ao Prof. António Ressano Garcia Lamas, Presidente do Conselho de Administração da PSML, que, em nome de todos quantos se sentiam atingidos por aquela instalação improvisada, solicitei a intervenção que se impunha.

Agora, que o problema foi resolvido, resta agradecer. Faço-o numa altura em que, reconhecendo o estupendo trabalho que a PSML tem desenvolvido sob a liderança do Prof. Lamas, o Governo decidiu confiar à empresa, além do riquíssimo património que já lhe estava atribuído, a responsabilidade pelos Palácios da Vila e de Queluz, distinção com a qual também já me congratulei, precisamente, no penúltimo texto publicado.


É muito grande o prazer de poder escrever estas palavras. Infelizmente, ainda podia ser maior. É que, por outras razões, Seteais continua na berlinda… Amanhã voltarei ao lugar mas com outro assunto por resolver.

(continua)


*Consultar, no arquivo do blogue, os seguintes textos: Seteais, que espírito para o lugar? [14.01.2011] e Seteais, omissões pouco honrosas [17.01.2011].




1 comentário:

Anónimo disse...

São boas notícias. Casa do Pais do Amaral parada (não se sabe porquê mas era bom que fosse embargo...) e a tenda que desapareceu já dão um certo alento. Mas o escândalo do tanque continua. A Monte da Lua deve poder fazer alguma coisa.