[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sábado, 11 de agosto de 2012




[Texto publicado no facebook em 10 de Agosto]


Esta Sinfonia em Sol Maior, KV 110/75b, foi composta em Salzburg em Julho de 1771 e, aparentemente, para que Wolfgang a levasse na bagagem durante a sua seguinte viagem a Itália, que teria lugar entre Agosto e Dezembro de 1771.
 
Trata-se de uma peça com os quatro andamentos da ordem – 1.Allegro, 2.Andante, 3.Menuetto/Trio e 4.Allegro – cujo primeiro é, nem mais nem menos, com os seus cerca de seis minutos e meio de música, o mais longo Allegro que o compositor escrevera até àquela altura. A instrumentação reparte-se pelas cordas habituais, 2 oboés, 2 trompas, 2 fagotes, 2 flautas e contínuo. Não existe informação detalhada quanto à estreia da obra sendo provável que tenha sido tocada, pela primeira vez, num concerto em Milão, no dia 22 ou 23 de Novembro de 1771.

Com certeza que já terão percebido não pretender eu entrar em pormenores da composição que considero de evitar em função das as características do trabalho, tão só de divulgação, que tenho vindo a promover, apenas preocupado com o enquadramento geral de cada uma das sinfonias. No entanto, de vez em quando, tanta é a vontade de chamar a vossa atenção para determinados pontos que não consigo resistir a fazê-lo.

É assim que vos convidaria para uma atenta audição do Allegro final, o andamento mais curto da sinfonia mas, de qualquer modo, o de maior ebulição e energia. O efervescente tema principal que se eleva para logo cair graciosamente, parece não ter outro objectivo que não o de repetir e repetir o processo. Na breve secção média, um registo tranquilo, quase onírico, alterna com uma música tumultuosa, agitada, entusiástica. Bem, meus amigos, «isto» só aparentemente é muito fácil…

A interpretação está a cargo da Mozart Akademie Amsterdam, sob a direcção de Jaap Ter Linden.

Boa audição!

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