Mozart,
Sinfonia No. 30
Na nossa abordagem à obra sinfónica de
Mozart, chegamos à trigésima peça do estupendo conjunto, uma das mais
significativas componentes do legado mozartiano.
Trata-se de uma obra na tonalidade de Ré
Maior, KV. 202/186b, que o compositor terminou em 5 de Maio de 1774, tendo-a
orquestrado para dois oboés, fagote, duas trompas, dois trompetes, timbales e
as habituais cordas, obedecendo à estrutura de quatro andamentos, a saber, 1.
Molto allegro, 3/4, 2.Andantino con moto (em Lá Maior), 2/4, 3.Menuetto/ Trio
(trio em Sol Maior),3/4 e 4.Presto.
Estamos perante a última sinfonia que
Mozart escreveu antes da sua infausta deslocação a Paris. Nítida é a influência
directa de Joseph Haydn, cumprindo confirmar que, apesar de algumas passagens
interessantes, o primeiro andamento baseia-se em ideias que já conhecemos de
peças anteriores, o Andantino apenas contempla as cordas e, na realidade, o Menuetto
não apresenta qualquer argumento de originalidade evidente, o mesmo
acontecendo, aliás, com o andamento final.
De realçar que a KV. 202 tem a
particularidade de encerrar a parte derradeira da série das Sinfonias de
Salzburg que, ao terminar em 1774, nos remete para Amadé, nos seus dezoito
anos, dominando todos os ingredientes de uma oficina em que já germinavam os
magníficos produtos que conheceríamos logo de seguida.
Jaap Ter Linden dirige a Mozart Akademie
Amsterdam.
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