100 milhões de perseguidos
Vários canais de televisão, não só portugueses, fizeram um destaque muito pertinente da mensagem hoje veiculada por SS Papa Francisco aquando da oração do Angelus, da sua janela em São Pedro.
Refiro-me à atenção que pediu para os tantos, tantos cristãos que, por todo o mundo, são perseguidos pela simples circunstância de se afirmarem como crentes desta Fé. Além da atenção para o problema, Francisco pediu orações, aquilo que só os crentes podem oferecer.
Já se interrogaram porque acontece tal perseguição? Não é difícil a resposta. É que, entendida na radical e essencial substância da sua mensagem, o cristianismo é a mais revolucionária das propostas alguma vez lançada à Humanidade, no sentido de dar um sentido à vida em todas as dimensões.
Por isso, Jesus Cristo [Christós, 'o ungido', numa tradução para o Grego de mashiach, Messias] foi perseguido, torturado, sacrificado e morto. Cesar, ou seja, o imperial poder político de então, não aguentando o desafio, considerou que, ao patrocinar a ignomínia da perseguição, acabaria com o problema.
Claro que assim não sucedeu e, se prova fosse necessária, o Martirológio Romano bem o atesta. Cerca de trezentos anos deveriam passar até que o Édito de Milão tivesse propiciado uma reviravolta determinante, ao declarar a neutralidade do Império em relação ao credo religioso, medida civilizacional de extrema lucidez e incalculável alcance que, deste modo, terminou com qualquer perseguição ao Cristianismo.
De qualquer modo, felizmente – aliás, em sinal bem contrário ao que, na prática quotidiana, tantos cristãos evidenciam – o potencial revolucionário do Cristianismo continua inalterável. É por isso que, neste domingo, o Papa Francisco veio lembrar que cerca de cem milhões de cristãos, em todo o mundo, ainda não são livres para a assunção da Religião.
Como cristão, católico [katholikos, no Grego, ‘geral’, ‘universal’], cidadão herdeiro de uma cultura judaico-cristã que está a montante da revolucionária tríade da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, apenas posso rejeitar liminarmente o monstruoso atropelo que hoje circula, catolicamente, universalmente, nos écrans dos televisores de todo o planeta.
Deus queira que assim possam posicionar-se, sem margem para equívocos e independentemente dos seus enquadramentos ideológico-partidários, quer agnósticos e ateus quer os religiosos de qualquer credo, bem como todos os que se consideram defensores dos direitos humanos. Se não fosse difícil, não faltariam subscrições e manifestações públicas um pouco por todo o mundo...
Finalmente, só falta a música. Como não podia deixar de ser, um CREDO. Da Missa em Si menor, BWV 232, de JS Bach, pelo Balthasar-Neumann-Ensemble and Choir, sob a direcção de Thomas Hengelbrock.
Boa audição!
http://youtu.be/dPUI9nIg_8g
Refiro-me à atenção que pediu para os tantos, tantos cristãos que, por todo o mundo, são perseguidos pela simples circunstância de se afirmarem como crentes desta Fé. Além da atenção para o problema, Francisco pediu orações, aquilo que só os crentes podem oferecer.
Já se interrogaram porque acontece tal perseguição? Não é difícil a resposta. É que, entendida na radical e essencial substância da sua mensagem, o cristianismo é a mais revolucionária das propostas alguma vez lançada à Humanidade, no sentido de dar um sentido à vida em todas as dimensões.
Por isso, Jesus Cristo [Christós, 'o ungido', numa tradução para o Grego de mashiach, Messias] foi perseguido, torturado, sacrificado e morto. Cesar, ou seja, o imperial poder político de então, não aguentando o desafio, considerou que, ao patrocinar a ignomínia da perseguição, acabaria com o problema.
Claro que assim não sucedeu e, se prova fosse necessária, o Martirológio Romano bem o atesta. Cerca de trezentos anos deveriam passar até que o Édito de Milão tivesse propiciado uma reviravolta determinante, ao declarar a neutralidade do Império em relação ao credo religioso, medida civilizacional de extrema lucidez e incalculável alcance que, deste modo, terminou com qualquer perseguição ao Cristianismo.
De qualquer modo, felizmente – aliás, em sinal bem contrário ao que, na prática quotidiana, tantos cristãos evidenciam – o potencial revolucionário do Cristianismo continua inalterável. É por isso que, neste domingo, o Papa Francisco veio lembrar que cerca de cem milhões de cristãos, em todo o mundo, ainda não são livres para a assunção da Religião.
Como cristão, católico [katholikos, no Grego, ‘geral’, ‘universal’], cidadão herdeiro de uma cultura judaico-cristã que está a montante da revolucionária tríade da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, apenas posso rejeitar liminarmente o monstruoso atropelo que hoje circula, catolicamente, universalmente, nos écrans dos televisores de todo o planeta.
Deus queira que assim possam posicionar-se, sem margem para equívocos e independentemente dos seus enquadramentos ideológico-partidários, quer agnósticos e ateus quer os religiosos de qualquer credo, bem como todos os que se consideram defensores dos direitos humanos. Se não fosse difícil, não faltariam subscrições e manifestações públicas um pouco por todo o mundo...
Finalmente, só falta a música. Como não podia deixar de ser, um CREDO. Da Missa em Si menor, BWV 232, de JS Bach, pelo Balthasar-Neumann-Ensemble and Choir, sob a direcção de Thomas Hengelbrock.
Boa audição!
http://youtu.be/dPUI9nIg_8g
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