[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 5 de abril de 2013



Onde pára o chicote?

Ontem, quando escrevi umas considerações acerca do Templo, dos vendilhões do Templo, e me referi a outros templos que, não só o religioso, mas também os que existem noutros contextos, aludi ao Templo da Democracia que é o Parlamento.

Então, e o Templo Maçónico do Grande Oriente Lusitano que, tão vilipendiado está sendo nos tempos que correm? O que dizer do Templo Maçónico, quando o Grão Mestrado é assumido por quem, tão flagrantemente, põe em causa os próprios princípios e valores da Augusta Ordem Maçónica?

Nós, Maçons, que fizemos a Revolução Francesa, que fizemos a Revolução Americana, que lutámos pela independência do Brasil, que subscrevemos tantos documentos constitucionais portugueses, que fomos Mártires da Pátria, estamos tão mal que vamos deixar que uma série de vendilhões, instalados no nosso Templo, pervertam o que de mais nobre temos?

A quem convém manter na sombra o escândalo do silêncio maçónico em relação a tanta obra que é imperioso concretizar para limpeza do Templo e a propor no mundo profano? Então não há fome? Então não há iliteracia? Então o SNS não continua em risco e sujeito às maiores cobiças?

E ainda há Maçons que se permitem atacar a Igreja Católica, considerando como «caridadezinha» aquilo que, um pouco por todo o país, está a fazer a favor dos mais desprotegidos e fragilizados? Que fariseismo é este que os Maçons protagonizam? Nada fazem mas permitem-se atacar quem, apesar de tudo, tem as mãos na massa e está a aliviar a desgraça de muitos cidadãos a quem as intituições negam a resposta instirucional que têm direito.

Com tantos telhados de vidro, como se permitem tais Maçons atirar pedras tão fáceis? Percebe-se, aliás, que, muito perturbados pelos tão esperançosos e estimulantes passos do Papa Francisco, tais pessoas andem num frenesim tão descabelado, desejosos de atingir quem, neste momento, está a pretender fazer a revolução no seio de uma instituição milenar, cheia de problemas.

Sem qualquer perspectiva de messianismos de trazer por casa, não será o tempo de os Maçons encontrarem alguém capaz de, em nome de todos, erguer o chicote e tratar de expulsar quem não merecia ali ter entrado e, manifestamente, por engano lá continua emporcalhando o ambiente? Neste caso 'chicote' significa pôr a funcionar a Constituição e o Regulamento maçónicos. Tão simples como isto. Basta haver vontade.

A propósito, um excerto de "Die Zauberflöte" através do qual se reflecte quem não deve e por que motivos, partilhar o sagrado espaço delimitado pela paredes do Templo Maçónico:

http://youtu.be/xA0htB1ziHw
 

Sem comentários: