Um deficiente PR
[publicado no facebook em 04,04,2013]
Se tivermos em consideração o perfil do Presidente da República, é quase impensável que Sua Excelência intervenha no sentido do que seria desejável. Vejamos. A maioria parlamentar que suporta o Governo da República tem inequívoca legitimidade para continuar a fazê-lo. Porque assim é, fora de questão se afigura qualquer veleidade de avançar para a realização de eleições.
Nestes termos, e, perante a inoperância, incapacidade e incompetência de um executivo que, inclusive, pelo segundo ano consecutivo, se permite ferir de inconstitucionalidade o Orçamento de Estado, principal instrumento de governação, o Presidente da República deveria solicitar aos lideres da coligação a apresentação de uma alternativa de constituição do Governo, no sentido de assegurar a governabilidade do país e aquilo que se designa como regular funcionamento das instituições.
O episódio da saída do Relvas acaba por resultar na oportunidade a aproveitar para uma mudança realmente sensível. Cavaco Silva deveria tirar partido da ocasião para exigir uma radical transformação, capaz de assegurar uma outra maneira de exercer o poder neste momento tão exigente. Passos Coelho já demonstrou uma flagrante impreparação e que, portanto, não é o homem à altura das circunstâncias. Ora bem, até há alternativas nos dois partidos.
A estratégia é que tem de ser outra para alcançar os objectivos da legislatura. E, para uma estratégia diferente, gente diferente. Se o próprio Primeiro Ministro outro deve ser, igualmente, preciso é encontrar os outros Paulo Macedo para ocupar as diferentes pastas que tão mal dotadas têm estado de Ministro. E, de todo em todo, também se deveria alterar a própria estrutura do Governo, ganhando nova Lei Orgânica, acabando com ingeríveis mega ministérios.
Infelizmente, tudo leva a crer que Cavaco Silva também não é o Presidente à altura da mudança que se impõe. De modo algum. Cavaco não tem o gabarito de Jorge Sampaio que, esse sim, soube dar os passos que um regime semipresidencialista ainda permitem. Enfim, o que faria um PR eficiente não fará Cavaco, um PR deficiente.
Se tivermos em consideração o perfil do Presidente da República, é quase impensável que Sua Excelência intervenha no sentido do que seria desejável. Vejamos. A maioria parlamentar que suporta o Governo da República tem inequívoca legitimidade para continuar a fazê-lo. Porque assim é, fora de questão se afigura qualquer veleidade de avançar para a realização de eleições.
Nestes termos, e, perante a inoperância, incapacidade e incompetência de um executivo que, inclusive, pelo segundo ano consecutivo, se permite ferir de inconstitucionalidade o Orçamento de Estado, principal instrumento de governação, o Presidente da República deveria solicitar aos lideres da coligação a apresentação de uma alternativa de constituição do Governo, no sentido de assegurar a governabilidade do país e aquilo que se designa como regular funcionamento das instituições.
O episódio da saída do Relvas acaba por resultar na oportunidade a aproveitar para uma mudança realmente sensível. Cavaco Silva deveria tirar partido da ocasião para exigir uma radical transformação, capaz de assegurar uma outra maneira de exercer o poder neste momento tão exigente. Passos Coelho já demonstrou uma flagrante impreparação e que, portanto, não é o homem à altura das circunstâncias. Ora bem, até há alternativas nos dois partidos.
A estratégia é que tem de ser outra para alcançar os objectivos da legislatura. E, para uma estratégia diferente, gente diferente. Se o próprio Primeiro Ministro outro deve ser, igualmente, preciso é encontrar os outros Paulo Macedo para ocupar as diferentes pastas que tão mal dotadas têm estado de Ministro. E, de todo em todo, também se deveria alterar a própria estrutura do Governo, ganhando nova Lei Orgânica, acabando com ingeríveis mega ministérios.
Infelizmente, tudo leva a crer que Cavaco Silva também não é o Presidente à altura da mudança que se impõe. De modo algum. Cavaco não tem o gabarito de Jorge Sampaio que, esse sim, soube dar os passos que um regime semipresidencialista ainda permitem. Enfim, o que faria um PR eficiente não fará Cavaco, um PR deficiente.
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