[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 5 de junho de 2013


 
Efeméride mozartiana,
fagote de referência máxima


Foi no dia 4 de Junho de 1774 que, aos dezoito anos, Mozart escreveu este o seu primeiro concerto para um instrumento de sopro, Concerto para Fagote em Si bemol Maior. E, de tal maneira é absolutamente brilhante, que se transformou na peça de referência máxima para qualquer fagotista. E ainda hoje assim é!

Os mais credíveis estudos musicológicos dão-nos a entender que Mozart terá escrito não só este mas, efectivamente, mais dois concertos para fagote. Infelizmente, só
o primeiro sobreviveu.

O concerto, obedecendo a uma estrutura em três andamentos - I. Allegro, II. Andante ma Adagio e III. Rondo: tempo di menuetto - além do fagote solo, conta com orquestra de 2 oboés, 1 fagote, 2 trompas em Fá e as cordas habituais. Não tenho a menor dúvida de que, mal comecem a ouvir, reconhecê-lo-ão de imediato.

O primeiro andamento é uma forma sonata com introdução orquestral. No segundo, é curioso descobrir, no seu lento lirismo, o tema que o compositor aproveita para a Aria da Condessa, Porgi, Amor, no começo do II Acto de Le Nozze di Figaro. Quanto ao terceiro, é natural que seja inspirado numa dança da época.

Nesta gravação que vos proponho, datada de 1961, Bernard Garfield é o solista. Toca a Philadelphia Orchestra sob a direcção do mítico Eugene Ormandy

Boa audição!

http://youtu.be/pyXipFZ9e4c
 

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