[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 11 de outubro de 2013



Roman Jakobson,
(11 de Outubro de 1896-18 de Julho de 1982)

 

Aniversário com Edgar Allan Poe


Foi há cerca de cinquenta anos que entrou na minha vida de estudante, quando me iniciava nos meandros da linguística e, de tal modo se me impôs à matriz dos meus juízos, que não mais saiu. Figura máxima do estruturalismo e da designada ‘Escola de Praga’, é uma das grandes figuras tutelares da vida cultural mundial do século vinte, que hoje recordo, em articulação com Edgar Allan Poe.

Quando penso em Jakobson e na eventualidade da partilha dos conhecimentos que acrescentou à História da Cultura e da Civilização Ocidental contemporânea, tenho sempre alguma dificuldade em concretizar tal objectivo. É que, de facto, o seu é um território, na área da linguística e da antropologia, cuja especificidade, de algum modo, impede uma fácil e operacional divulgação.

Felizmente, no entanto, deixou um trabalho de análise do famoso poema The Raven, do referido autor americano, que se tornou particularmente conhecido, mesmo fora dos meios intelectuais mais afectos às ciências afins dos estudos filológicos. Com o objectivo de facilitar o acesso a tal peça, gostaria de aconselhar a leitura de Roman Jakobson and the Primacy of the Poetic, de Gary Genosko, de que passo a citar:

“(…) However, for readers of Jakobson, what most naturally comes to mind is the first of his 'Six Lectures on Sound and Meaning' dating from 1942. The first lecture begins with a medittaion on Edgar Allan Poe's poem 'The Raven' and the signifying quandary posed by the onomatopoeic refrain of the croaking bird: "Nevermore." Here Jakobson subtlely evokes the "mystery" of the unity of sound and meaning the investigation of which requires an extrasemantic sensibility. (…)”

Tenho a certeza de que, com as referências explícitas na citação, não terão a mínima dificuldade de orientação no google. De qualquer modo, para já, passo a apresentar o poema, numa montagem interessante. Ouvirão o poema, no original inglês, declamado por Christopher Walken, acompanhando a tradução de Fernando Pessoa, ilustrados com sete gravuras de Gustave Doré.

Espero que, para proveito máximo, acedam mesmo ao estudo de Jakobson. Depois, voltem ao poema. Nessa altura, poderão aceder a outra versão, aqui indicada por **, declamado por Christopher Lee. Um espanto!
http://youtu.be/Oz9OThFqkTI (*)

http://youtu.be/ofSOul1NB8Q (**)
 

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