[sempre de acordo com a antiga ortografia]
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Elise Hensler,
quesão de toponímia
Há muitos anos, quer verbalmente quer em escritos diversos, nas redes sociais e na imprensa regional, venho partilhando a ideia de que sobre a Condessa d' Edla, segunda mulher do Senhor D. Fernando II, ter-se-á abatido um inqualificável anátema que prejudica o respeitoso «culto» devido à memória desta senhora a quem os sintrenses, em particular, tanto devem.
Saberão, por exemplo, que na opinião de Francis Cook, Visconde de Monserrate, um apaixonado da jardinagem, era Elise Hensler, provavelmente mais do que a Fernando de Sax-Coburg, a quem mais se devia a competência e eficácia das actividades de jardinagem na Pena?
A Parques de Sintra Monte da Lua é a entidade que mais tem feito pela recuperação do património sintrense mais afecto à Condessa, atitude nos termos da qual se insere a fascinante obra levada a efeito no Chalet e jardim circundante. Nesse sentido, porém,muito haverá ainda a concretizar, tal como ontem mesmo, dava eu a entender em relação à exposição que, com a minha querida amiga Emília Reis, há uma dúzia de anos sonhamos se concretize.
A propósito, queiram ler o que ontem escrevi, tanto neste mural como no blogue sintradoavesso, bem como a reconfortante resposta da PSML, no mural do facebook de Pena, Monserrate, Capuchos, Mouros. Quanto ao especial caso da toponímia, julgo tê-lo tratado com mínima atenção quando, entre outras oportunidades, por exemplo, também em 8 de Junho de 2011, escrevia no blogue, subordinado ao título Elise Hensler, o 'restauro' da memória:
"(...) Por outro lado, até mesmo a biografia, Condessa d’Edla a cantora de ópera quasi rainha de Portugal e Espanha, escrita por Teresa Rebelo e publicada em 2006, não escapa a evitáveis imprecisões, particularmente nos aspectos mais atinentes ao mundo musical, solicitando a maior benevolência do leitor… Isto para não entrar no campo da falta de respeito, algo que me parece ter acontecido na atribuição do nome da Condessa d’Edla a uma paupérrima, tristíssima, incaracterística e nua rotunda, passe a publicidade, entre a Norauto, Decathlon e Leroy Merlin. (...)"
Pois muito bem, neste domínio da atribuição de nomes aos lugares, na justa medida das minhas modestas possibilidades, tentarei sensibilizar o meu amigo Eduardo Duarte Casinhas, actual Presidente da União das Juntas de Freguesia de Sintra, no sentido de se alterar a actual - e até pleonástica... - designação de Largo do Adro, referente à área circundante da igreja paroquial de São Pedro para Largo da Condessa d'Edla.
Será preciso pôr a circular uma petição pública a nível municipal? Em tempo de tanta crença nestes suportes, onde qualquer fraco escriba, como é o meu flagrante caso, se transforma num «taxista virtual» (vd. meu texto Taxistas virtuais publicado no Jornal de Sintra, neste mural do facebook e no blogue, entre 12 e 13 de Julho de 2013) - convencido de que é um opinion maker local, qual Marcelo rebelo de Sousa ou Miguel de Sousa Távares «da treta» - se calhar não será má solução...
Para já, vou transmitir a ideia ao Casinhas. Se for necessário subscrever alguma proposta, tenho a certeza de que não faltarão sintrenses interessados na concretização da sugestão. Entretanto, prevendo qualquer reacção menos favorável, com origem nalguma sensibilidade monárquica ainda susceptibilizada pelo morganático enlace de Fernando e Elise, desde já lançaria o desafio de se encontrar outro lugar igualmente consentâneo.
Remato, com a fórmula oficial, habitual em qualquer informação-proposta da Administração Pública:
«À consideração Superior». E que Deus Nosso senhor lhe ponha a virtude...
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