[sempre de acordo com a antiga ortografia]
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Dia de São Valentim,
Mozart e uma carta de amor
Este dia 14 de Fevereiro corresponderá ou ao do nascimento ou morte de São Valentim. Uma lenda que tem feito o seu caminho, aponta para o séc. III, no tempo do Imperador Cláudio II que, com o objectivo de constituir um exército grande e forte, proibiu a celebração de casamentos de jovens do sexo masculino, pois considerava que os melhores soldados eram os solteiros, acreditando que os casados não se predispunham a abandonar as respectivas mulheres e família para partirem para a guerra.
Contudo, tendo considerado injusta a medida, Valentim continuou a celebrar casamentos de jovens. Quando Cláudio soube, ordenou a prisão, tortura e sua decapitação num dia 14 de Fevereiro. Segundo a lenda, enquanto aguardava a morte, ter-se-á apaixonado pela filha do carcereiro, que o visitava regularmente na prisão, e a quem escreveu um bilhete que estará na origem da tradição actual.
Este mártir era considerado pessoa piedosa, heróica e, sobretudo, dado aos amores, características que o tornaram num dos santos mais populares em Inglaterra e França, durante a Idade Média. Embora esta seja uma efeméride que assinala o nascimento ou morte do santo, a Igreja comemora a festa de S. Valentim nesta altura, provavelmente, aproveitando as celebrações do festival de Lupercalia.
Refiro-me ao ritual pagão romano associado à purificação e à fertilidade, no qual as mulheres solteiras da cidade eram sorteadas pelos rapazes. Colocavam pedaços de papel com o nome das raparigas romanas num recipiente, retirando cada rapaz um nome, portanto, daquela que seria a sua namorada durante o festival.
Na Idade Média, também se acreditava que o dia 14 de Fevereiro marcava o início da época de acasalamento das aves, facto que, tão decisivamente, terá contribuído para o carácter romanesco desta data. Com tantos e interessantes ingredientes, não surpreende o extraordinário volume de comércio que a tradição suscitou nos tempos modernos.
Em comemoração desta efeméride, recorro a Mozart num momento em que, inequivocamente, não através da música mas nas suas próprias palavras, manifesta o amor por Constanze, sua mulher, numa carta datada de Frankfurt am Main, 30 de Setembro de 1790.
Não sei se sabem, há cartas dele para a mesma destinatária em que quase teríamos de colocar vários 'pi'... Não nesta que, para facilitado acesso, está traduzida e vai lida, em Inglês, por Russ Christensen.
http://youtu.be/ucdwWCre0xY
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