Oliveirinha da serra...
É com as maiores reservas que observo e medito acerca do regime extremamente intensivo destes olivais. Tenho um pequeno olival tradicional, com o compasso tradicional, com duas variedades tradicionais, galega e bical e, por opção pessoal e de família, não altero «uma vírgula»...
Parece-me que a densidade destes olivais desmesurados tem muito a ver com uma grande sobranceria em relação ao que a terra pode e deve dar. A ecologia é avessa a estes «monstros» que esgotam o solo, que o carregam de pesticidas, no quadro de uma exploração desalmada.
Sei o que tem acontecido na Andaluzia em olivais análogos e, de facto, como prevejo que o mesmo vai suceder por cá, estou muito apreensivo. Nada disto tem a ver com progresso. Progresso e qualidade podem ir de mão dada mas são avessos à escala e à estratégia dos cifrões, muito bem 'temperada' com os galos da tradição, a cantiga da oliveira da serra e eu sei lá que mais.
Nestes casos, normalmente, mais tarde ou mais cedo, o tiro sai pela culatra...
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