[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 19 de setembro de 2014


Cenas da matina no monte

[facebook, 13.09.2014]

Foi preciso, mais uma vez, ter a graça de uma lebre saltar ao caminho para confirmar como é especial aquele grito de vida e de vivacidade. Vindo de obscura moita à esquerda, mal tocou no solo, para me desaparecer vinha acima, fundida – ou confundida? – no terreno barroso, entre estacas alinhadas e os grossos pés das vides.

Um pouco mais à frente, alguns pardais levantam voo à nossa aproximação. Muito novinhos, ainda parecem bolas. Apenas por uns momentos terão largado os figos que nos vão roubando ao longo da temporada, para subirem, cantando, cantando numa cena tão cómica e bem disposta que, Irreprimivelmente, a Ana e eu desatámos à gargalhada.

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