Colocação de professores,
a pecha do concurso nacional
a pecha do concurso nacional
[facebook, 15.09.2014]
Já repararam que, muito raramente, alguém põe em causa o facto de a colocação dos professores se processar através de um concurso nacional? E que, assim acontecendo, em geral, se considera perfeitamente pacífico que assim seja? Pois, de facto, não é «a» solução e, muito menos, a única solução.
Se tiverem em consideração que, com o objectivo de responder, satisfatoriamente, a uma imensidade de variáveis, desde o currículo académico, aos anos de carreira nos diferentes e inúmeros grupos de docência, preferências geográficas dos candidatos, precedências, etc, etc, então, o que espanta é não haver mais erros e, naturalmente, mais gritantes injustiças.
Trata-se de um cancro com dezenas de anos de existência que, ano após ano, vai lançando novas «metástases». Escusadamente, há professores deslocados centenas de quilómetros da sua residência oficial. E, como sabem, para os docentes, não há qualquer plataforma compensatória como as que, entre outros, contemplam magistrados, juízes, deputados eleitos e membros do Governo.
A razão magna para a adopção, persistência e permanência do concurso nacional como solução de afectação dos docentes às escolas é a de que não há alternativa mais operacional e justa. No entanto, bastaria comparar com o que acontece noutros países da União Europeia para perceber como o argumento não colhe.
Sem entrar em detalhes, poderei adiantar apenas o caso de um país. Por exemplo, na «atrasada» Bélgica, é o director que resolve a questão do recrutamento dos professores para a escola que dirige. É ele que mantém estável o corpo docente ao longo dos anos, cuidando no sentido de que, instituição indispensável, continue mantendo o estatuto de estrutura com a qual a comunidade pode contar e escrutinar sem grande sofisticação como parte da normal e esperada intervenção dos cidadãos.
Como dirigente sindical de uma Federação Nacional que representa dezenas de milhar de trabalhadores docentes e de apoio educativo, sei perfeitamente que esta minha opinião colide com um ‘statu quo’ pesadíssimo, inerte, praticamente ingerível. Quando me pronuncio acerca desta questão, nestes precisos termos, se ninguém discorda raríssimos são os que estão dispostos a mover uma palha para suscitar a mudança que se impõe.
Como calculam, estou farto de «dar para este peditório». Mas não desistirei. Não estou sozinho e há quem pretenda experimentar alternativas. A nível distrital, numa dimensão concelhia, na perspectiva do estabelecimento escolar. É o terreno fértil dos programas-piloto, onde tudo é susceptível de se experimentar e de aprender antes de generalizar.
Já repararam que, muito raramente, alguém põe em causa o facto de a colocação dos professores se processar através de um concurso nacional? E que, assim acontecendo, em geral, se considera perfeitamente pacífico que assim seja? Pois, de facto, não é «a» solução e, muito menos, a única solução.
Se tiverem em consideração que, com o objectivo de responder, satisfatoriamente, a uma imensidade de variáveis, desde o currículo académico, aos anos de carreira nos diferentes e inúmeros grupos de docência, preferências geográficas dos candidatos, precedências, etc, etc, então, o que espanta é não haver mais erros e, naturalmente, mais gritantes injustiças.
Trata-se de um cancro com dezenas de anos de existência que, ano após ano, vai lançando novas «metástases». Escusadamente, há professores deslocados centenas de quilómetros da sua residência oficial. E, como sabem, para os docentes, não há qualquer plataforma compensatória como as que, entre outros, contemplam magistrados, juízes, deputados eleitos e membros do Governo.
A razão magna para a adopção, persistência e permanência do concurso nacional como solução de afectação dos docentes às escolas é a de que não há alternativa mais operacional e justa. No entanto, bastaria comparar com o que acontece noutros países da União Europeia para perceber como o argumento não colhe.
Sem entrar em detalhes, poderei adiantar apenas o caso de um país. Por exemplo, na «atrasada» Bélgica, é o director que resolve a questão do recrutamento dos professores para a escola que dirige. É ele que mantém estável o corpo docente ao longo dos anos, cuidando no sentido de que, instituição indispensável, continue mantendo o estatuto de estrutura com a qual a comunidade pode contar e escrutinar sem grande sofisticação como parte da normal e esperada intervenção dos cidadãos.
Como dirigente sindical de uma Federação Nacional que representa dezenas de milhar de trabalhadores docentes e de apoio educativo, sei perfeitamente que esta minha opinião colide com um ‘statu quo’ pesadíssimo, inerte, praticamente ingerível. Quando me pronuncio acerca desta questão, nestes precisos termos, se ninguém discorda raríssimos são os que estão dispostos a mover uma palha para suscitar a mudança que se impõe.
Como calculam, estou farto de «dar para este peditório». Mas não desistirei. Não estou sozinho e há quem pretenda experimentar alternativas. A nível distrital, numa dimensão concelhia, na perspectiva do estabelecimento escolar. É o terreno fértil dos programas-piloto, onde tudo é susceptível de se experimentar e de aprender antes de generalizar.
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