[sempre de acordo com a antiga ortografia]

domingo, 16 de novembro de 2014



Sintra,
Canaferrim,
Trabalho, convívio e convicções
 
[facebook, 08.11.2014]
Na cave da casa da Júlia e do Fernando Cunha Cunha. Depois de uma reunião da Canaferrim, Associação Cívica e Cultural, eis alguns dos amigos, à volta da mesa dos anfitriões. A Sofia Dionísio, de costas, o António Esteves, ao meu lado direito, o João Dinis, à esquerda e, à nossa frente, o Pedro Ventura e o Fernando. Por acaso, ainda que tivessem estado presentes, nesta foto não aparecem o Padre Armindo, nem Gabriel Cruz ou Ricardo Duarte, membros muito activos deste grupo, nem o Sérgio Gonçalves, o artista e, neste caso, fotógrafo de serviço.

Com a sua constituição já oficializada, através de escritura notarial, que mereceu oportuna notícia, a CACC está prestes a apresentar-se à «praça pública» numa cerimónia de tomada de posse para a qual convidaremos amigos sintrenses que nos merecem o epíteto de 'cúmplices' das causas que nos mobilizam.

Há muitos meses que não paramos. E, mesmo como movimento informal, já soubemos contribuir com propostas sobre assuntos que preocupam os fregueses e os munícipes de Sintra, no âmbito da defesa do património e de uma série de questões que, relacionadas com estacionamento, transportes e trânsito, são indissociáveis.

Muito trabalho, um invejável ambiente de amizade, eis ingredientes que, sem dúvida, hão-de manter-se. O útil, o agradável, o fazer política na sua mais nobre acepção, com o grande objectivo de melhorar a qualidade de vida, pensando na felicidade geral e no bem comum.

Tenho sempre muito presentes as palavras do nosso querido Papa Francisco, em 2 de Setembro de 2013: "(...) Envolver-se na política é obrigação de todo Cristão. Nós cristãos, não podemos lavar as mãos como Pilatos (...)". Para mim, homem de Fé, estas palavras do pontífice fazem parte do 'mandamento novo'. Amar o outro passa por aqui.

Desde jovem adolescente, membro da JEC, na Capela do Rato - que, anos mais tarde, tanto daria que falar - com o meu querido e saudoso Padre Alberto Neto como mentor, logo de imediato aderente do movimento dos designados 'católicos progressistas', na minha paróquia de origem, Santa Maria de Belém, com os Padres Felicidade Alves e Resina Rodrigues, na JUC, na Faculdade, ao lado de todos os intelectuais e académicos que comungavam os mesmos princípios e valores, a minha matriz é esta.

A Canaferrim é o «lugar geométrico» onde aplico o legado que tenho acumulado ao longo da vida. O que mais pretendo - e sei que idêntica é a sensibilidade dos meus amigos - é a concretização de uma intervenção cívica em que o melhor das nossas qualidades individuais e de grupo esteja ao serviço da comunidade, contribuindo para aliviar eventuais crispações.

Se a intervenção cívica não acontecer com ânimo e alegria, então, será outra coisa, eventualmente, coincidente com clubite aguda e disputa política no pior sentido. «Nessa» ou numa outra e tão frequente atitude de lobos solitários a destilar venenos nas redes sociais, não estamos nós. Na Canaferrim, corações ao alto!
 
 


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