[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 1 de junho de 2015





Trânsito no centro histórico de Sintra:
sentido único a partir de quinta-feira
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[facebook, 20.03.2015]

Quem esclarece?

Para já, não me vou pronunciar quanto às consequências da medida objecto da notícia em apreço. Contudo, esta manhã, ao passar pelo local e assistindo à repavimentação daquele largo triângulo onde está implantado o pelourinho, imediatamente, me assaltou uma dúvida que não me deixou nada tranquilo.

É que, ainda durante o vigente mandato do executivo autárquico, está prevista uma
intervenção de fundo nesta zona crucial do centro histórico de Sintra, com o objectivo de resolver os gravíssimos problemas de abastecimento de águas e saneamento básico, que tem vindo mas não pode ser mais adiada.
 
Ninguém imagina o que se passa sob aquelas ruas e largos, o estado das canalizações, ao que se resumem os esgotos, a imundície, a rataria, os latentes problemas de saúde pública, que tão negro quadro desafia à menos fértil imaginação!...

Naturalmente, será necessário conjugar as intervenções de todas as entidades envolvidas, com especial destaque para a PT e EDP, conseguido eu apurar que os SMAS não se têm poupado a esforços com esse objectivo mas, até agora infrutiferamente.

Perante este compósito quadro, cumpre perguntar se a decisão de proceder à repavimentação da área acima referida deverá ser entendida como a assunção por parte da Câmara Municipal de Sintra de que já descartou a possibilidade de concretizar a profunda obra oportunamente programada e que, de facto, colocará toda a zona em enorme reboliço.

Compreenderão a minha natural dúvida porquanto, se assim não acontecer, repito, e, ainda durante o mandato actual, e autarquia for avante com a concretização do inadiável projecto, terá de destruir, dentro de muito poucos meses, o que está por estes dias a requalificar.

Ou seja, exemplarmente, com o objectivo de não desperdiçar e, pelo contrário, rendibilizar todos os recursos disponíveis, os SMAS pretendem avançar com a obra de fundo mas assegurando a simultânea articulação e integração de todas as entidades. Pois bem, enquanto isto acontece, em sentido oposto, o Pelouro doTrânsito e Mobilidade Urbana, aparentemente, não evidencia a menor precupação com a eventualidade de sobrecarregar os cofres municipais com despesas evitáveis...

Será que alguém poderá esclarecer?

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