20 de Julho
Santo Apolinário
[facebook, 20.07.2015]
Apolinário foi o primeiro bispo e é padroeiro da cidade de Ravena.
Segundo o Martirológio Romano, foi ordenado bispo pelo próprio São Pedro e enviado a Ravena, onde foi martirizado por ordem de Vespasiano. O 'dies natalis', ou seja, a data anual comemorando o martírio, corresponde a 23 de Julho, enquanto que 20 de Julho é o seu dia de santo. Segundo outras fontes, terá vivido no século II e, provavelmente, o martírio ocorrido no tempo do imperador Valente.
No local do referido martírio, no porto de Ravena, foi erguida, no século VI, a Basílica de Santo Apolinário em Classe, contemporânea de São Vital, também em Ravena. No século IX, as relíquias do santo foram levadas para a Basílica de Santo Apolinário Novo - uma das construções mais importantes do período de crucial significado cultural na arte religiosa europeia - tendo regressado à origem por altura da sua reconsagração, em 1748.
São «casas» fascinantes, daquelas que os roteiros turísticos costumam assinalar como valendo a viagem. É verdade. A Ravena, nas três basílicas, bem posso afirmar ter ido buscar uma dimensão estética da minha religião que, só ali, é possível colher.
Numa das vezes que por lá estive, há cerca de trinta anos, com a minha mulher e filhas, deixei-me de tal modo impressionar que, durante umas horas, quis estar sozinho. Nestas coisa do gozo da Arte, as crianças podem tornar-se terríveis empecilhos. Graças a Deus foi possível resolver a minha necessidade de solitude, ou seja, um tempo de privacidade que, propriamente, não é sinónimo de estado de solidão.
Era Verão, havia poucos visitantes, muito calor, a luz era tremenda. Pela tarde fora, até ao pôr-do-Sol, entrando e saindo dos lugares, flanando, a um tempo ensimesmado e, novamente, no desassossego daquela seráfica e bizantina «companhia», rematei com o Mausoléu de Aelia Galla Placidia onde, de modo algum, poderia deixar de voltar, depois de uma primeira visita uns anos antes.
Escusado será confirmar que, como sempre acontece quando vivemos alguma especial experiência estética e espiritual, também a partir dessa tarde, passei a ser pessoa diferente.
PS:
Estas últimas considerações deixo-as ao Pedro Ventura, meu querido amigo, que, no ano passado, também se deixou cativar por Ravena. Para sempre!
Santo Apolinário
[facebook, 20.07.2015]
Apolinário foi o primeiro bispo e é padroeiro da cidade de Ravena.
Segundo o Martirológio Romano, foi ordenado bispo pelo próprio São Pedro e enviado a Ravena, onde foi martirizado por ordem de Vespasiano. O 'dies natalis', ou seja, a data anual comemorando o martírio, corresponde a 23 de Julho, enquanto que 20 de Julho é o seu dia de santo. Segundo outras fontes, terá vivido no século II e, provavelmente, o martírio ocorrido no tempo do imperador Valente.
No local do referido martírio, no porto de Ravena, foi erguida, no século VI, a Basílica de Santo Apolinário em Classe, contemporânea de São Vital, também em Ravena. No século IX, as relíquias do santo foram levadas para a Basílica de Santo Apolinário Novo - uma das construções mais importantes do período de crucial significado cultural na arte religiosa europeia - tendo regressado à origem por altura da sua reconsagração, em 1748.
São «casas» fascinantes, daquelas que os roteiros turísticos costumam assinalar como valendo a viagem. É verdade. A Ravena, nas três basílicas, bem posso afirmar ter ido buscar uma dimensão estética da minha religião que, só ali, é possível colher.
Numa das vezes que por lá estive, há cerca de trinta anos, com a minha mulher e filhas, deixei-me de tal modo impressionar que, durante umas horas, quis estar sozinho. Nestas coisa do gozo da Arte, as crianças podem tornar-se terríveis empecilhos. Graças a Deus foi possível resolver a minha necessidade de solitude, ou seja, um tempo de privacidade que, propriamente, não é sinónimo de estado de solidão.
Era Verão, havia poucos visitantes, muito calor, a luz era tremenda. Pela tarde fora, até ao pôr-do-Sol, entrando e saindo dos lugares, flanando, a um tempo ensimesmado e, novamente, no desassossego daquela seráfica e bizantina «companhia», rematei com o Mausoléu de Aelia Galla Placidia onde, de modo algum, poderia deixar de voltar, depois de uma primeira visita uns anos antes.
Escusado será confirmar que, como sempre acontece quando vivemos alguma especial experiência estética e espiritual, também a partir dessa tarde, passei a ser pessoa diferente.
PS:
Estas últimas considerações deixo-as ao Pedro Ventura, meu querido amigo, que, no ano passado, também se deixou cativar por Ravena. Para sempre!
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