27 de Junho de 1781
Efeméride mozartiana
[facebook, 27.06.2015]
Na maior parte das vezes, para o registo das efemérides mozartianas, apenas me atenho às composições que, em determinadas datas, Mozart deu por terminadas, registou no seu catálogo pessoal ou, noutras circunstâncias, foram estreadas, interpretadas em determinados lugares, com objectivos específicos, etc.
A verdade é que, não raro, no meu afã ao serviço do 'divino' Mozart, esqueço o manancial fabuloso das suas cartas, que bem merece partilha mais assídua. Por exemplo, em 27 de Junho de 1781, o jovem compositor, já radicado em Viena, foi almoçar com a família Auernhammer, algo que, ultimamente, se transformara num quase hábito.
Naquele preciso dia, em carta dirigida ao pai em Salzburg, Mozart escreve: "(...) Ich bin fast täglich nach tisch bey H: v: Auerhammer; – die freulle ist ein scheusal! – spiellt aber zum entzücken; nur geht ihr der Wahre feine, singende geschmack im Cantabile ab; (...)"
"(...) Quase diariamente, depois de almoço, fico-me por casa de Herr von Auerhammer - A menina da família [Josepha Auernhammer, aluna do compositor] é feíssima - mas toca com muito encanto, embora ela própria o ignore, capaz de 'cantar' no Cantabile; (...)".
Enfim, impressões pertinentes do jovem professor a partir das quais nos vamos apercebendo como, naquela altura do estabelecimento em Viena, ia passando parte dos seus dias. Naquela mesma carta, além de informar o pai Leopold acerca de outras particularidades da vida da menina sua pupila, também lhe dá conta de que Gluck [o compositor Christoph Willibald Gluck] tinha sofrido um recente ataque de coração, sendo preocupante o seu estado de saúde.
Já agora, a lembrar que Gluck sobreviveria ao ataque. Aliás só morreria seis anos depois, quase no fim de 1787.
[facebook, 27.06.2015]
Na maior parte das vezes, para o registo das efemérides mozartianas, apenas me atenho às composições que, em determinadas datas, Mozart deu por terminadas, registou no seu catálogo pessoal ou, noutras circunstâncias, foram estreadas, interpretadas em determinados lugares, com objectivos específicos, etc.
A verdade é que, não raro, no meu afã ao serviço do 'divino' Mozart, esqueço o manancial fabuloso das suas cartas, que bem merece partilha mais assídua. Por exemplo, em 27 de Junho de 1781, o jovem compositor, já radicado em Viena, foi almoçar com a família Auernhammer, algo que, ultimamente, se transformara num quase hábito.
Naquele preciso dia, em carta dirigida ao pai em Salzburg, Mozart escreve: "(...) Ich bin fast täglich nach tisch bey H: v: Auerhammer; – die freulle ist ein scheusal! – spiellt aber zum entzücken; nur geht ihr der Wahre feine, singende geschmack im Cantabile ab; (...)"
"(...) Quase diariamente, depois de almoço, fico-me por casa de Herr von Auerhammer - A menina da família [Josepha Auernhammer, aluna do compositor] é feíssima - mas toca com muito encanto, embora ela própria o ignore, capaz de 'cantar' no Cantabile; (...)".
Enfim, impressões pertinentes do jovem professor a partir das quais nos vamos apercebendo como, naquela altura do estabelecimento em Viena, ia passando parte dos seus dias. Naquela mesma carta, além de informar o pai Leopold acerca de outras particularidades da vida da menina sua pupila, também lhe dá conta de que Gluck [o compositor Christoph Willibald Gluck] tinha sofrido um recente ataque de coração, sendo preocupante o seu estado de saúde.
Já agora, a lembrar que Gluck sobreviveria ao ataque. Aliás só morreria seis anos depois, quase no fim de 1787.
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