[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 19 de agosto de 2015



Será que se atrevem?!


Desde manhã que é notícia o manifesto aumento dos números da natalidade nacional. Ainda bem, cumpre assinalar, e, ainda mais, se forem filhos tão desejados como sempre seria bom que acontecesse! Se não se tratar de algo de esporádico, cerca de mais mil e quinhentos bebés no todo nacional, desde o princípio do ano, ou seja, mais sete por dia, é algo que não poderemos deixar de saudar.

Entretanto, já vamos a caminho das duas da tarde e, meus caros amigos,... até agora, não apareceu nenhum governante a aproveitar-se da circunstância. Em plena pré-campanha eleitoral, ninguém veio a terreiro gabar-se de que, finalmente, fruto da brilhante governação destes últimos quatro anos, os jovens (e, talvez, menos jovens...) casais portugueses decidiram dar infantes à nação.

Por acaso, entre outras razões que poderão justificar o fenómeno, até gostaria de saber quantas dessas mães já têm mais de trinta e cinco ou estarão perto dos quarenta anos e, portanto, jogando a última e já arriscada cartada de terem a suprema alegria da maternidade...

Enfim, independentemente dos motivos pessoais, de origem sociocultural, económica, política, preciso é que todos estejamos à altura da corajosa decisão destes nossos compatriotas e, como cidadãos responsáveis, saibamos acolhê-los e propiciar-lhes o melhor futuro possível.

E, por favor, respeitando os mais saudáveis princípios e valores - quanto mais não seja da boa educação que não admite a ofensa gratuita a terceiros - que se coíbam os senhores ministros, secretários de Estado e afins, do aproveitamento previsível. Veremos se há o mínimo de decoro para trilharem a via do mais descarado oportunismo.


 

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