31 de Outubro de 1784
Efeméride mozartiana
Viena: Em casa do próprio Mozart, os alunos promovem um concerto no dia do santo do seu nome. O Barão von Bagge, de Paris, que, na ocasião residia em Viena, juntou-se à festa, tendo tocado um concerto de violino.
Mozart:
- porquê Wolfgang?
- porquê Wolfgang?
Como verificarão, não admira que, ao baptizar um dos seus sete filhos, os pais de Mozart tenham escolhido Wolfgang como nome próprio do que viria a ser o genial compositor. Inspiraram-se num dos mais notáveis santos da hagiografia cristã germânica, nascido em 934, no seio de uma nobre família dos condes de Pfullingen, da região da Suábia, falecido – ora cá está – em 31 de Outubro de 994 em Pupping na Áustria.
Foi bispo de Ratisbona a partir de 972 e retirou-se para uma vida de eremita perto do mosteiro de Mondsee, junto ao lago de St. Wolfgang, muito perto de Salzburg. Naturalmente, não entrarei em detalhes da sua riquíssima biografia. No que respeita à relação com Mozart, bastará ter em consideração que Mondsee – e uma boa parte da lindíssima região montanhosa de Salzkammergut, vizinha da cidade dos príncipes arcebispos – a nível da jurisdição, dependia do bispo de Ratisbona. Terá sido, numa das suas deslocações pastorais, por aquelas paragens, que St. Wolfang decidiria retirar-se do mundo.
Bem vos posso dizer que o bom do bispo, além de todas as demais qualidades de santa pessoa, também tinha um excelente gosto. É que aqueles, em qualquer altura do ano, são mesmo dos mais belos lugares a que qualquer mortal pode aspirar. Tudo aquilo é de uma beleza de estarrecer. Garanto-vos. Conheço tão bem como a Serra de Sintra. Vou lá sempre que estagio em Salzburg e, caros amigos, para ali até eu me retiraria como eremita…
Para que, ao debruçarem-se sobre estas minhas palavras, possam partir para descobertas bem mais enriquecedoras, aqui vos lembro o nome de Michael Pacher (1430-1498), o grande pintor tirolês da transição da Idade-Média para o Renascimento, nome incontornável em Salzburg, que, em honra de St. Wolfgang, no altar-mor da igreja do que o tem como patrono, deixou um tríptico absolutamente extraordinário.
Boa pesquisa.
Foi bispo de Ratisbona a partir de 972 e retirou-se para uma vida de eremita perto do mosteiro de Mondsee, junto ao lago de St. Wolfgang, muito perto de Salzburg. Naturalmente, não entrarei em detalhes da sua riquíssima biografia. No que respeita à relação com Mozart, bastará ter em consideração que Mondsee – e uma boa parte da lindíssima região montanhosa de Salzkammergut, vizinha da cidade dos príncipes arcebispos – a nível da jurisdição, dependia do bispo de Ratisbona. Terá sido, numa das suas deslocações pastorais, por aquelas paragens, que St. Wolfang decidiria retirar-se do mundo.
Bem vos posso dizer que o bom do bispo, além de todas as demais qualidades de santa pessoa, também tinha um excelente gosto. É que aqueles, em qualquer altura do ano, são mesmo dos mais belos lugares a que qualquer mortal pode aspirar. Tudo aquilo é de uma beleza de estarrecer. Garanto-vos. Conheço tão bem como a Serra de Sintra. Vou lá sempre que estagio em Salzburg e, caros amigos, para ali até eu me retiraria como eremita…
Para que, ao debruçarem-se sobre estas minhas palavras, possam partir para descobertas bem mais enriquecedoras, aqui vos lembro o nome de Michael Pacher (1430-1498), o grande pintor tirolês da transição da Idade-Média para o Renascimento, nome incontornável em Salzburg, que, em honra de St. Wolfgang, no altar-mor da igreja do que o tem como patrono, deixou um tríptico absolutamente extraordinário.
Boa pesquisa.
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