[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Gratidão                                                                                                                                                                                                               
 
[publicado no facebook em 16.01.2016]
 
Redundância máxima será afirmar e confirmar que, no Parque da Pena, o Senhor D. Fernando nos cumulou com um espantoso legado. De salientar, isso sim, que a generosidade ali prevalecente e pródiga é a daqueles que concretizam grandes obras, não para seu próprio gozo mas para os vindouros.
 
Ao tempo da morte do 'Rei Artista', a bem pensante sociedade lisboeta, da alta burguesia e de uma certa aristocracia - tão bem caricaturada, pela pena de Eça de Queiroz, em "Os Maias...", por exemplo, nas espantosas páginas referentes aos jantares dos Gouverinho - atirou-se ao seu testamento, perfeitamente incapaz de perceber o que a Pena era, o que a Pena seria, que obra para o futuro era aquela, que grandeza de alma era a de quem tudo aquilo concebeu.
 
De facto, somos nós que estamos a usufruir a plenitude da obra que projectou e realizou, não só lado a lado com Elise mas também com a ajuda de muita gente competente. Passado século e meio sobre as variadíssimas intervenções, em especial decorrentes da introdução de espécies provenientes das mais diferentes origens, europeias nórdicas, americanas, asiáticas, eis-nos inebriados perante a beleza a rodos por ele imaginada.

Nesta tuya da foto que a Parques de Sintra partilha connosco, já se esparramaram, encavalitaram e abraçaram quatro gerações da minha e de tantas famílias cá do burgo. Uma fabulosa herança, esta? Naturalmente. Quem pode pensar noutras?
 
 
 

Já conhece a Tuia-gigante centenária do Parque da Pena? Nativa da costa noroeste dos Estados Unidos e do sudoeste do Canadá, este exemplar, plantado na época de D. Fernando II, destaca-se pelo extraordinário desenvolvimento que atingiu.
Credits PSML - EMIGUS


 

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