Pierre Boulez,
o último abencerragem do século XX
Lembrar Boulez - e faço-o muito emocionado - é tê-lo, várias vezes, ao meu lado sentado, na plateia da Grosse Saal, com ele ter conversado nos intervalos dos concertos, com a maior informalidade, como simples espectador dos eventos, enorme privilégio facilitado por seus amigo que, tal como eu, são membros da Fundação Internacional do Mozarteum. Ano após ano.
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o último abencerragem do século XX
Lembrar Boulez - e faço-o muito emocionado - é tê-lo, várias vezes, ao meu lado sentado, na plateia da Grosse Saal, com ele ter conversado nos intervalos dos concertos, com a maior informalidade, como simples espectador dos eventos, enorme privilégio facilitado por seus amigo que, tal como eu, são membros da Fundação Internacional do Mozarteum. Ano após ano.
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Em Salzburg, durante sucessivas edições da Mozartwoche, assisti a concertos por ele dirigidos - nos últimos anos, vários com a Filarmónica de Viena - mas, em termos pessoais, o que considero ter sido a grande herança que dele recebi, resulta da minha participação nalgumas das suas preciosas masterclasses, inclusive no 'Solitaire', o mais recente mas já emblemático auditório, não da Fundação, mas da Universidade Mozarteum.
Anteriormente, em Bayreuth, verdadeiramente inolvidável, a direcção do 'Ring', da produção que assinou com Chéreau. Também em Lisboa nos avistámos por ocasião do concerto que cá veio dirigir, nos Jerónimos, por altura do 125º aniversário da Orquestra Filarmónica de Berlin, com MJ Pires como solista do Concerto para Piano, KV. 466 de Mozart.
De facto, não é preciso fazer grande esforço de memória para ter presentes muitas recordações, relativamente 'próximas', de Pierre Boulez. Sai de cena um grande senhor. Partem, todo um período e o seu autêntico Papa. Fica a respeitada e absoluta referência de um tempo que a sua Música assume e 'reflecte' estupendamente.
Através da peça que quero partilhar convosco, "Repons", dirigida pelo próprio PB, terão a primeira secção em que, ao piano, vão reconhecer Pierre-Laurent Aimard, com menos umas dezenas de anos, por quem o grande compositor e maestro tinha uma profunda estima e consideração, como intérprete, e não menor amizade.
Boa Audição!
https://youtu.be/VjR4TiNkiEI
Ver maisAnteriormente, em Bayreuth, verdadeiramente inolvidável, a direcção do 'Ring', da produção que assinou com Chéreau. Também em Lisboa nos avistámos por ocasião do concerto que cá veio dirigir, nos Jerónimos, por altura do 125º aniversário da Orquestra Filarmónica de Berlin, com MJ Pires como solista do Concerto para Piano, KV. 466 de Mozart.
De facto, não é preciso fazer grande esforço de memória para ter presentes muitas recordações, relativamente 'próximas', de Pierre Boulez. Sai de cena um grande senhor. Partem, todo um período e o seu autêntico Papa. Fica a respeitada e absoluta referência de um tempo que a sua Música assume e 'reflecte' estupendamente.
Através da peça que quero partilhar convosco, "Repons", dirigida pelo próprio PB, terão a primeira secção em que, ao piano, vão reconhecer Pierre-Laurent Aimard, com menos umas dezenas de anos, por quem o grande compositor e maestro tinha uma profunda estima e consideração, como intérprete, e não menor amizade.
Boa Audição!
https://youtu.be/VjR4TiNkiEI
Alerte Le compositeur et chef d'orchestre Pierre Boulez est mort à 90 ans — 6 janvier 2016 à 12:27 partager tweeter Vous êtes abonné à Libération Le journal…
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