[sempre de acordo com a antiga ortografia]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016



Ainda em Salzburg
(a pensar em Sintra)


[publicado no facebook em 02.02.2016]

Aqui em Salzburg, a Mozartwoche terminou no passado Domingo à noite com o concerto ao qual me reportei quando partilhei convosco as sumárias impressões acerca da prestação de Radu Lupu.
 
Depois de tantos eventos musicais do mais alto nível, recitais, música de câmara, concertos sinfónicos e coral-sinfónicos, ao propor um encerramento com as características que aludi, o Mozarteum pretendeu transmitir, mais uma vez, a sua específica mensagem institucional.

Ora bem, como específica que é, afinal, mantém-se ao longo de décadas, radicando na ideia de que uma entidade que adquire o estatuto de instituição, passa a ocupar lugar numa plataforma ‘inter pares’, nacionais e internacionais, em que A MANUTENÇÃO DO NÍVEL ALCANÇADO É A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO.

Ou seja, uma vez atingido o «patamar institucional», pura e simplesmente, nunca mais pode baixar. Daí a ‘marca’ de Radu Lupu, nem mais nem menos, a de um dos melhores entre os melhores de todos os tempos. Marca inequívoca de qualidade máxima, que jamais admitirá falhas em relação a uma futura quebra de nível.

Festival que é, a edição da Mozartwoche de 2016 aproveitou o seu último evento para deixar uma lição a todos os festivais que se reclamam de um crédito de prestígio: NUNCA BAIXAR A FASQUIA!

E Sintra, perguntarão, o que tem o Festival de Sintra a ver com «isto»? A resposta é só uma: a verdade é que tem tudo, absolutamente tudo! Só quem não quiser é que não entende.

 
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