Salzburg,
minha querida
[publicado no facebook em 03.02.2016]
Ao contrário do que poderão pensar, a minha ligação a Salzburg não é exclusivamente decorrente da vivência musical que por cá me acontece há décadas. É curioso que, ontem mesmo, isto me confirmava uma amiga aqui da cidade. Dizia ela que, comigo, sempre acontece ficar dias e dias depois de toda a gente já ter partido para as suas casas. E que isso, para todos os que me conhecem e estimam, é muito significativo.
De facto, não pode ser mais verdade. Depois dos dias mais ou menos agitados, por vezes frenéticos do festival, preciso de perceber o que ganhei, tenho de reganhar o ritmo da «normalidade» que é o meu estado de melómano assumido, todavia, ainda aqui, percebendo que enriquecimento me tocou, procurando entendê-lo nos lugares laicos e religiosos que tanto me cativam na malha desta urbe tão singular.
Ao mesmo tempo, é tão esquisita a minha relação com o lugar que, em determinadas vertentes, mais parece ser a que se tem e mantém com o torrão natal. E, quando tenho de ir embora, em especial mais cedo do que «o conveniente» - precisamente, o que sucederá amanhã, dia em que já regressarei devido a compromissos inadiáveis - a pena é inqualificável.
Estou ligado a esta gente, a este sítio, de tal maneira que parece sempre por aqui ter pairado. E, mesmo quando não estou, é como se estivesse. Quando a pele se nos cola às pedras, às cores das fachadas das casas, aos caminhos, às árvores, ao rio, não há nada a fazer! Tem-se parte no fascínio do lugar.
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minha querida
[publicado no facebook em 03.02.2016]
Ao contrário do que poderão pensar, a minha ligação a Salzburg não é exclusivamente decorrente da vivência musical que por cá me acontece há décadas. É curioso que, ontem mesmo, isto me confirmava uma amiga aqui da cidade. Dizia ela que, comigo, sempre acontece ficar dias e dias depois de toda a gente já ter partido para as suas casas. E que isso, para todos os que me conhecem e estimam, é muito significativo.
De facto, não pode ser mais verdade. Depois dos dias mais ou menos agitados, por vezes frenéticos do festival, preciso de perceber o que ganhei, tenho de reganhar o ritmo da «normalidade» que é o meu estado de melómano assumido, todavia, ainda aqui, percebendo que enriquecimento me tocou, procurando entendê-lo nos lugares laicos e religiosos que tanto me cativam na malha desta urbe tão singular.
Ao mesmo tempo, é tão esquisita a minha relação com o lugar que, em determinadas vertentes, mais parece ser a que se tem e mantém com o torrão natal. E, quando tenho de ir embora, em especial mais cedo do que «o conveniente» - precisamente, o que sucederá amanhã, dia em que já regressarei devido a compromissos inadiáveis - a pena é inqualificável.
Estou ligado a esta gente, a este sítio, de tal maneira que parece sempre por aqui ter pairado. E, mesmo quando não estou, é como se estivesse. Quando a pele se nos cola às pedras, às cores das fachadas das casas, aos caminhos, às árvores, ao rio, não há nada a fazer! Tem-se parte no fascínio do lugar.
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