[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016



São Valentim,
história, lenda, marketing
... e uma carta de amor de James Joyce
 
[publicado no facebook em 14.02.2016]
 
Este dia 14 de Fevereiro corresponderá ou ao do nascimento ou morte de São Valentim. Uma lenda que tem feito o seu caminho, aponta para o séc. III, no tempo do Imperador Cláudio II que, com o objectivo de constituir um exército grande e forte, proibiu a celebração de casamentos de jovens do sexo masculino, pois considerava que os melhores soldados eram os solteiros, acreditando que os casados não se predispunham a abandonar as respectivas mulheres e família para partirem para a guerra.

Enfim, as designadas «virtudes do celibato»... Contudo, tendo considerado injusta a medida, Valentim continuou a celebrar casamentos de jovens. Quando Cláudio soube, ordenou a prisão, tortura e sua decapitação num dia 14 de Fevereiro. Segundo a lenda, enquanto aguardava a morte, ter-se-á apaixonado pela filha do carcereiro, que o visitava regularmente na prisão, e a quem escreveu um bilhete que estará na origem da tradição actual.

Este mártir era considerado pessoa piedosa, heróica e, sobretudo, dado aos amores, características que o tornaram num dos santos mais populares em Inglaterra e França, durante a Idade Média. Embora esta seja uma efeméride que assinala o nascimento ou morte do santo, a Igreja comemora a festa de S. Valentim nesta altura, provavelmente, aproveitando as celebrações do festival de Lupercalia.

Refiro-me ao ritual pagão romano associado à purificação e à fertilidade, no qual as mulheres solteiras da cidade eram sorteadas pelos rapazes. Colocavam pedaços de papel com o nome das raparigas romanas num recipiente, retirando cada rapaz um nome, portanto, daquela que seria a sua namorada durante o festival.

Em tempos medievos, também se acreditava que o dia 14 de Fevereiro marcava o início da época de acasalamento das aves, facto que, tão decisivamente, terá contribuído para o carácter romanesco desta data. Com tantos e interessantes ingredientes, não surpreende o extraordinário volume de comércio que a tradição suscitou nos nossos dias.

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Em comemoração desta efeméride, recorro a uma dentre as muitas cartas de amor que James Joyce escreveu a Nora, sua mulher. Como somos todos adultos, não há qualquer necessidade de colocar 'pi'. em determinadas passagens... Paget Brewster lê-a muito bem!
 
 
 
James Joyce's Love Letters with Paget Brewster
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