Por linhas tortas,
caminho a direito
caminho a direito
[publicado no facebook em 03.03.2016]
É o título do meu artigo publicado na última edição do 'Jornal de Sintra'. Eis um excerto:
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(...) a ideia que, tantas vezes, tenho partilhado no sentido de operacionalizar uma entidade gestora da sede do concelho, abrangendo todo o território definido pelas anteriores três freguesias.
Em qualquer parte do mundo, com desafios congéneres aos de Sintra, a gestão local é extremamente exigente, totalmente focalizada para a sofisticação dos lugares únicos com que deve estar preocupada, única e exclusivamente preocupada.
De tal modo importantes e sui generis são as necessidades, deste coração do concelho que só uma entidade exclusivamente dedicada, bem dotada de recursos humanos e materiais, com uma boa
transferência de competências, poderá estar à altura dos desafios. Para o efeito, porque não se trata de matéria para brincadeira, jamais pensaria na União das Freguesias de Sintra. (...)"
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Esta é uma ideia que, ao longo dos anos, tenho subscrito inúmeras vezes. E, na realidade, porque não tem sido adoptada, os resultados do descalabro bem à vista estão. Se quiserem ter a paciência de ler o artigo, nele encontrarão os traços gerais da situação com que todos os dias deparo nas minhas caminhadas entre os lugares mais interessantes da Estefânea e da Vila Velha, até às quintas abaixo da Regaleira.
Ninguém me convence de que algo verdadeiramente sério se conseguirá alcançar, em termos da adequada gestão deste território tão sui generis, enquanto se continuar a confundir a ideia que defendo com o «elitismo» de quem, em Sintra, só estaria preocupado com os seus mais interessantes núcleos, que são os da Vila Velha, de São Pedro e da Estefânea...
A verdade é que Sintra - este específico e central novelo da Sintra do coração do concelho a que me refiro - não merece o desprezo a que tem sido votado. Expressiva e invariavelmente, tal tem acontecido ao mesmo tempo que, aos quatro ventos, se apregoa a ideia de que Sintra não é só a Vila Velha, pois tem uma miríade de problemas por resolver.
Gigantesco município este, com desqualificados subúrbios, bairros clandestinos, betão e mais betão desinteressante, que carece de interesse, da gestão mais adequada para que se reabilite, pois claro. Realidades diferentes, pressupondo diferentes estratégias de remediação, devem depender de gestores diferenciados.
Se este quadro de referência de gestão, administração e direcção do poder local se mantiver, venham «os mais pintados» que nunca, nunca poderão resolver os desastres que, há décadas, têm vindo a acumular.
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Artigo acessível em www.jornaldesintra.com > Edições > 2016 > 26 - 02 - 2016 > página 7
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Casal de São Domingos. Apenas um, entre dezenas de lamentáveis e muito piores situações. Apodrece, há anos e anos. É património municipal, no coração da sede do concelho, a meio caminho entre o Vale da Raposa - outra situação intolerável - e os Paços do Concelho.
(...) a ideia que, tantas vezes, tenho partilhado no sentido de operacionalizar uma entidade gestora da sede do concelho, abrangendo todo o território definido pelas anteriores três freguesias.
Em qualquer parte do mundo, com desafios congéneres aos de Sintra, a gestão local é extremamente exigente, totalmente focalizada para a sofisticação dos lugares únicos com que deve estar preocupada, única e exclusivamente preocupada.
De tal modo importantes e sui generis são as necessidades, deste coração do concelho que só uma entidade exclusivamente dedicada, bem dotada de recursos humanos e materiais, com uma boa
transferência de competências, poderá estar à altura dos desafios. Para o efeito, porque não se trata de matéria para brincadeira, jamais pensaria na União das Freguesias de Sintra. (...)"
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Esta é uma ideia que, ao longo dos anos, tenho subscrito inúmeras vezes. E, na realidade, porque não tem sido adoptada, os resultados do descalabro bem à vista estão. Se quiserem ter a paciência de ler o artigo, nele encontrarão os traços gerais da situação com que todos os dias deparo nas minhas caminhadas entre os lugares mais interessantes da Estefânea e da Vila Velha, até às quintas abaixo da Regaleira.
Ninguém me convence de que algo verdadeiramente sério se conseguirá alcançar, em termos da adequada gestão deste território tão sui generis, enquanto se continuar a confundir a ideia que defendo com o «elitismo» de quem, em Sintra, só estaria preocupado com os seus mais interessantes núcleos, que são os da Vila Velha, de São Pedro e da Estefânea...
A verdade é que Sintra - este específico e central novelo da Sintra do coração do concelho a que me refiro - não merece o desprezo a que tem sido votado. Expressiva e invariavelmente, tal tem acontecido ao mesmo tempo que, aos quatro ventos, se apregoa a ideia de que Sintra não é só a Vila Velha, pois tem uma miríade de problemas por resolver.
Gigantesco município este, com desqualificados subúrbios, bairros clandestinos, betão e mais betão desinteressante, que carece de interesse, da gestão mais adequada para que se reabilite, pois claro. Realidades diferentes, pressupondo diferentes estratégias de remediação, devem depender de gestores diferenciados.
Se este quadro de referência de gestão, administração e direcção do poder local se mantiver, venham «os mais pintados» que nunca, nunca poderão resolver os desastres que, há décadas, têm vindo a acumular.
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Artigo acessível em www.jornaldesintra.com > Edições > 2016 > 26 - 02 - 2016 > página 7
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Casal de São Domingos. Apenas um, entre dezenas de lamentáveis e muito piores situações. Apodrece, há anos e anos. É património municipal, no coração da sede do concelho, a meio caminho entre o Vale da Raposa - outra situação intolerável - e os Paços do Concelho.
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