A grande doença nacional
Este o escândalo do sintoma mais evidente!
Já teremos alcançado o grau de lucidez que nos permita considerar ser esta uma questão que só se resolverá quando, a montante, já tivermos resolvido, em escala adequada, os problemas relacionados com a garantia plena dos direitos constitucionais?
Este o escândalo do sintoma mais evidente!
Já teremos alcançado o grau de lucidez que nos permita considerar ser esta uma questão que só se resolverá quando, a montante, já tivermos resolvido, em escala adequada, os problemas relacionados com a garantia plena dos direitos constitucionais?
Relatório da UNICEF compara a situação das crianças mais pobres com aquelas que estão na média. Portugueses mais pobres perderam rendimento e comem pior
dn.pt|De Ana Bela Ferreira
14 de Abril
2 Efemérides mozartianas
- 1.
2 Efemérides mozartianas
- 1.
14 de Abril de 1775
Salzburg: Composição do Concerto para Violino e Orquestra em Si bemol, KV. 207 [I]
- 2.
14 de Abril de 1789
Dresden: Às 17,30, Mozart toca o seu Concerto para Piano KV. 537 [II] na Corte do Príncipe-Eleitor Friedrich August III. da Saxónia.
Recordando ambas as ocasiões, proponho a partilha das duas peças. No primeiro caso [I], Gidon Kremer, violino, com a Wiener Philharmoniker sob direcção de Nikolaus Harnoncourt.
Seguidamente, na Grosse Saal do Mozarteum de Salzburg, [II] Robert Levin, pianoforte, com a Academy of Ancient Music sob a direcção de Christopher Hogwood - Allegro, Larghetto, Allegretto
Boa Audição!
https://youtu.be/kWkBNiTmoHM [I] Concerto Violino
https://youtu.be/suhb9pJ0j9g [II] Concerto Piano
[Ilustr: Friedrich August I (III) da Saxónia; Dresden, Palácio R
Salzburg: Composição do Concerto para Violino e Orquestra em Si bemol, KV. 207 [I]
- 2.
14 de Abril de 1789
Dresden: Às 17,30, Mozart toca o seu Concerto para Piano KV. 537 [II] na Corte do Príncipe-Eleitor Friedrich August III. da Saxónia.
Recordando ambas as ocasiões, proponho a partilha das duas peças. No primeiro caso [I], Gidon Kremer, violino, com a Wiener Philharmoniker sob direcção de Nikolaus Harnoncourt.
Seguidamente, na Grosse Saal do Mozarteum de Salzburg, [II] Robert Levin, pianoforte, com a Academy of Ancient Music sob a direcção de Christopher Hogwood - Allegro, Larghetto, Allegretto
Boa Audição!
https://youtu.be/kWkBNiTmoHM [I] Concerto Violino
https://youtu.be/suhb9pJ0j9g [II] Concerto Piano
[Ilustr: Friedrich August I (III) da Saxónia; Dresden, Palácio R
2 Efemérides mozartianas
1.
13 de Abril de 1770
1.
13 de Abril de 1770
Roma: Composição da Contradança em Si bemol, KV. 123 [*]
2.
13 de Abril de 1789
Dresden: Mozart e o Príncipe Lichnowsky tomam o pequeno almoço com Johann Leopold Neumann e Josepha Duschek Mais tarde, visitam Johann Gottlieb Naumann, o Kapellmeister da Corte. Nessa altura, assistem à interpretação de uma Missa de Naumann na Hofkirche. Mozart apresenta-se num pequeno concerto privado no Hotel de Pologne. Também participam o organista Anton Teyber, o violoncelista Anton Kraft e a cantora Josepha Duschek.
Ouçamos a referida e brevíssima Contradança, num registo de referência, pelo Wiener Mozart Ensemble, sob a direcção de Willi Boskovsky.
Boa Audição!
https://youtu.be/2UGBQJtvvYQ [*]
Ilustr: Dresden Hofkirche
2.
13 de Abril de 1789
Dresden: Mozart e o Príncipe Lichnowsky tomam o pequeno almoço com Johann Leopold Neumann e Josepha Duschek Mais tarde, visitam Johann Gottlieb Naumann, o Kapellmeister da Corte. Nessa altura, assistem à interpretação de uma Missa de Naumann na Hofkirche. Mozart apresenta-se num pequeno concerto privado no Hotel de Pologne. Também participam o organista Anton Teyber, o violoncelista Anton Kraft e a cantora Josepha Duschek.
Ouçamos a referida e brevíssima Contradança, num registo de referência, pelo Wiener Mozart Ensemble, sob a direcção de Willi Boskovsky.
Boa Audição!
https://youtu.be/2UGBQJtvvYQ [*]
Ilustr: Dresden Hofkirche
Programa aliciante !
Parques de Sintra, mais uma iniciativa exemplar !
No dia 18 de abril, a Parques de Sintra vai juntar-se às celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com passeios equestres gratuitos no Parque da Pena.
...
Parques de Sintra, mais uma iniciativa exemplar !
No dia 18 de abril, a Parques de Sintra vai juntar-se às celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com passeios equestres gratuitos no Parque da Pena.
...
Ao longo do dia, será possível fruir de uma experiência a cavalo, de pónei ou de charrete.
Horário dos passeios equestres:
Passeios a cavalo: 13h00, 14h00, 15h00 e 16h00 (30 minutos para todos, a partir dos 12 anos)
Passeios de pónei: 10h30, 11h00 e 11h30 (15 minutos, para crianças entre os 4 e os 10 anos)
Passeios de charrete: 10h30 e 14h30 (uma hora)
Ponto de encontro: na Abegoaria da Quinta da Pena, com entrada pelo portão do Chalet da Condessa d’Edla, 30 minutos antes do passeio a realizar.
Requer inscrição prévia através do e-mail: info@parquesdesintra.pt
e do telefone +351 21 923 73 00.
Nota: A realização dos passeios depende das condições meteorológicas. Recomenda-se o uso de calçado fechado e roupa confortável.
Ver MaisHorário dos passeios equestres:
Passeios a cavalo: 13h00, 14h00, 15h00 e 16h00 (30 minutos para todos, a partir dos 12 anos)
Passeios de pónei: 10h30, 11h00 e 11h30 (15 minutos, para crianças entre os 4 e os 10 anos)
Passeios de charrete: 10h30 e 14h30 (uma hora)
Ponto de encontro: na Abegoaria da Quinta da Pena, com entrada pelo portão do Chalet da Condessa d’Edla, 30 minutos antes do passeio a realizar.
Requer inscrição prévia através do e-mail: info@parquesdesintra.pt
e do telefone +351 21 923 73 00.
Nota: A realização dos passeios depende das condições meteorológicas. Recomenda-se o uso de calçado fechado e roupa confortável.
Na segunda-feira, 18 de abril, associamo-nos às celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e desafiamo-lo para um passeio equestre (a cavalo, de p...ónei, ou de charrete) no Parque da Pena. A atividade é gratuita mediante inscrição prévia. Não perca!
Mais informações sobre os horários e inscrições em: http://www.parquesdesintra.pt/…/passeios-equestres-dia-inte…
Ver Mais
Hoje, não largo !
"Orlando Furioso"
Foto ilustração:
...
"Orlando Furioso"
Foto ilustração:
...
Ludovico Ariosto
Orlando Furioso,
Ferrara, Giovanni Mazzocchi,
22 Abril de 1516
Londres, British Library
__________________________
Esta obra foi editada em pela Cavalo de Ferro. Na medida do possível, aproveito a sinopse para divulgar os predicados de uma publicação que conta com Introdução, tradução do original, notas e resumo por Margarida Periquito, que recomendo vivamente.
De igual modo, gostaria de chamar a atenção para “Entre o romance de cavalaria e a epopeia”: recensão crítica de Ariosto, Orlando furioso (trad. Margarida Periquito), Lisboa, Cavalo de Ferro, 2007, publicada no suplemento Ípsilon da edição de 11 de Janeiro de 2008 do 'Público'.
___________________________
Escrito ao longo de mais de trinta anos por Ludovico Ariosto e publicado na sua versão final em 1532 (com 46 cantos e cerca de 40.000 versos rimados), o ‘Orlando Furioso’ é um dos maiores monumentos da literatura europeia e mundial, apenas comparável em termos de relevância cultural a outras obras-primas da literatura como ‘A Divina Comédia’ (Dante Alighieri), ‘Jerusalém Libertada’ (Torquato Tasso), ou aos nossos ‘Lusíadas’, do qual, aliás, foi influência maior.
Misto de romance de cavalaria que engloba o imaginário popular e mitológico, numa fina ironia, o ‘Orlando Furioso’ é um longo poema épico que, tal como a Odisseia ou a Ilíada, pode facilmente ser lido como um grande romance de aventuras. Foi, aliás, leitura de entretenimento ao longo dos séculos em todas as cortes europeias, influenciando gerações de escritores como o inglês Spencer ou o espanhol Cervantes, estando ainda presente em obras tão distantes no tempo e diferentes no estilo como as de Camões e de Cyrano de Bergerac.
O tema principal do livro é de como o valoroso cavaleiro Orlando, de paladino de Carlos Magno e enamorado da bela Angélica, por ciúme, se torna em louco furioso, e de como sem o seu mais importante cavaleiro o exército cristão fica em dificuldades na guerra santa que trava; isto até o cavaleiro Astolfo encontrar na Lua o recipiente que contém o juízo de Orlando restituindo-o ao seu legítimo proprietário, mesmo a tempo deste ajudar os cristãos na luta que travam contra mouros nos muros de Paris.
Pelo meio desfilam cavaleiros, cavalos alados, princesas, feiticeiros, e são descritas um sem número de batalhas, duelos, fugas, perseguições e cenas de amor; tudo isto num ritmo alucinante que a rima dos versos de Ariosto torna numa quase prosa musical.
Orlando Furioso,
Ferrara, Giovanni Mazzocchi,
22 Abril de 1516
Londres, British Library
__________________________
Esta obra foi editada em pela Cavalo de Ferro. Na medida do possível, aproveito a sinopse para divulgar os predicados de uma publicação que conta com Introdução, tradução do original, notas e resumo por Margarida Periquito, que recomendo vivamente.
De igual modo, gostaria de chamar a atenção para “Entre o romance de cavalaria e a epopeia”: recensão crítica de Ariosto, Orlando furioso (trad. Margarida Periquito), Lisboa, Cavalo de Ferro, 2007, publicada no suplemento Ípsilon da edição de 11 de Janeiro de 2008 do 'Público'.
___________________________
Escrito ao longo de mais de trinta anos por Ludovico Ariosto e publicado na sua versão final em 1532 (com 46 cantos e cerca de 40.000 versos rimados), o ‘Orlando Furioso’ é um dos maiores monumentos da literatura europeia e mundial, apenas comparável em termos de relevância cultural a outras obras-primas da literatura como ‘A Divina Comédia’ (Dante Alighieri), ‘Jerusalém Libertada’ (Torquato Tasso), ou aos nossos ‘Lusíadas’, do qual, aliás, foi influência maior.
Misto de romance de cavalaria que engloba o imaginário popular e mitológico, numa fina ironia, o ‘Orlando Furioso’ é um longo poema épico que, tal como a Odisseia ou a Ilíada, pode facilmente ser lido como um grande romance de aventuras. Foi, aliás, leitura de entretenimento ao longo dos séculos em todas as cortes europeias, influenciando gerações de escritores como o inglês Spencer ou o espanhol Cervantes, estando ainda presente em obras tão distantes no tempo e diferentes no estilo como as de Camões e de Cyrano de Bergerac.
O tema principal do livro é de como o valoroso cavaleiro Orlando, de paladino de Carlos Magno e enamorado da bela Angélica, por ciúme, se torna em louco furioso, e de como sem o seu mais importante cavaleiro o exército cristão fica em dificuldades na guerra santa que trava; isto até o cavaleiro Astolfo encontrar na Lua o recipiente que contém o juízo de Orlando restituindo-o ao seu legítimo proprietário, mesmo a tempo deste ajudar os cristãos na luta que travam contra mouros nos muros de Paris.
Pelo meio desfilam cavaleiros, cavalos alados, princesas, feiticeiros, e são descritas um sem número de batalhas, duelos, fugas, perseguições e cenas de amor; tudo isto num ritmo alucinante que a rima dos versos de Ariosto torna numa quase prosa musical.
Antonio Vivaldi
"Orlando Furioso"
Um 'drama musical' de Grazio Braccioli com base no poema de Ariosto.
...
"Orlando Furioso"
Um 'drama musical' de Grazio Braccioli com base no poema de Ariosto.
...
Orquestra - I Solisti Veneti
Coro - Amici Della Polifonia
Maestro: Claudio Scimone
Orlando - Marilyn Horne
Angelica - Victoria de los Ángeles
Alcina - Lucia Valentini-Terrani
Bradamante - Carmen Gonzales
Medoro - Lajos Kozma
Ruggiero - Sesto Bruscantini
Astolfo - Nicola Zaccaria
Eis uma partilha suscitada pela referência que hoje mesmo publiquei neste meu mural acerca da exposição que vai ter lugar no Palazzo dei Diamanti, em Ferrara, para comemnorar os 500 anos da escrita da obra de Ariosto. O elenco é 'de tirar a respiração'!... Que saudades do tempo em que o São Carlos acolhia estas vozes...
PS:
Tenho uma ternura especialíssima por Claudio Scimone. As suas relações connosco, melómanos de Lisboa, são «de sempre». O tempo passa mesmo e, naturalmente, anónimos membros de um público fiel, vamos envelhecendo 'na companhia' de ilustres amigos como Scimone.
Com 82 anos, é daqueles que não tem idade. A admiração que ele tinha pela Senhora Marquesa de Cadaval!. Era um gosto ouvi-los conversar! Se Deus quiser, em 19/20 de Maio, aí o teremos a dirigir a Orquestra Gulbenkian, da qual é Maestro Honorário.
Boa Audição!
Coro - Amici Della Polifonia
Maestro: Claudio Scimone
Orlando - Marilyn Horne
Angelica - Victoria de los Ángeles
Alcina - Lucia Valentini-Terrani
Bradamante - Carmen Gonzales
Medoro - Lajos Kozma
Ruggiero - Sesto Bruscantini
Astolfo - Nicola Zaccaria
Eis uma partilha suscitada pela referência que hoje mesmo publiquei neste meu mural acerca da exposição que vai ter lugar no Palazzo dei Diamanti, em Ferrara, para comemnorar os 500 anos da escrita da obra de Ariosto. O elenco é 'de tirar a respiração'!... Que saudades do tempo em que o São Carlos acolhia estas vozes...
PS:
Tenho uma ternura especialíssima por Claudio Scimone. As suas relações connosco, melómanos de Lisboa, são «de sempre». O tempo passa mesmo e, naturalmente, anónimos membros de um público fiel, vamos envelhecendo 'na companhia' de ilustres amigos como Scimone.
Com 82 anos, é daqueles que não tem idade. A admiração que ele tinha pela Senhora Marquesa de Cadaval!. Era um gosto ouvi-los conversar! Se Deus quiser, em 19/20 de Maio, aí o teremos a dirigir a Orquestra Gulbenkian, da qual é Maestro Honorário.
Boa Audição!
Orlando Furioso by Antonio Vivaldi performed in italian A music drama by Grazio Braccioli after the Ariosto…
youtube.com
Ferrara
Exposição fabulosa
O que via Ariosto quando fechava os olhos?
Exposição fabulosa
O que via Ariosto quando fechava os olhos?
Palavras de Galileo Galilei:
"Quando entro no 'Furioso', vejo abrir-se uma grande varanda, uma galeria real, embelezada por centenas de estátuas antigas dos mais célebres escultores [...] de cristais, ágatas, lapislazzuli, e de outras jóias, repleta de coisas raras preciosas, maravilhosas"
___________
Entre 24 de Setembro de 2016 e 8 de Janeiro de 2017
Trata-se de uma iniciativa no âmbito da comemoração da escrita do poema épico "Orlando Furioso" de Ludovico Ariosto, apresentando obras que nele se inspiraram ou que com a epopeia se relacionam, de Mantegna, Raphael, Miguel Ângelo e Ticiano.
O Palazzo dei Diamanti é a 'Casa dos Bicos' em Ferrara. Ali vai acontecer uma exposição cujas características estão 'gulosamente' patentes, através do 'sítio' abaixo indicado. Quem puder ainda vai a tempo de preparar uma deslocação. [Não haverá excursões organizadas? É caso para isso...] De facto, um espanto, ocasião para um 'diálogo' especial com momentos únicos da História da Cultura europeia.
"Quando entro no 'Furioso', vejo abrir-se uma grande varanda, uma galeria real, embelezada por centenas de estátuas antigas dos mais célebres escultores [...] de cristais, ágatas, lapislazzuli, e de outras jóias, repleta de coisas raras preciosas, maravilhosas"
___________
Entre 24 de Setembro de 2016 e 8 de Janeiro de 2017
Trata-se de uma iniciativa no âmbito da comemoração da escrita do poema épico "Orlando Furioso" de Ludovico Ariosto, apresentando obras que nele se inspiraram ou que com a epopeia se relacionam, de Mantegna, Raphael, Miguel Ângelo e Ticiano.
O Palazzo dei Diamanti é a 'Casa dos Bicos' em Ferrara. Ali vai acontecer uma exposição cujas características estão 'gulosamente' patentes, através do 'sítio' abaixo indicado. Quem puder ainda vai a tempo de preparar uma deslocação. [Não haverá excursões organizadas? É caso para isso...] De facto, um espanto, ocasião para um 'diálogo' especial com momentos únicos da História da Cultura europeia.
Inizia sin da ora a vivere la grande mostra sull’Orlando furioso, scarica la cartolina che ti piace di più e condividila con i tuoi amici!
palazzodiamanti.it|De Most
Incómoda contradição
Título do artigo que subscrevi para a última edição do 'Jornal de Sintra' publicada no passado dia 8 do corrente.
Eis alguns excertos do texto que, completo, poderão aceder em ...
www.jornaldesintra.com/ (pág. 7)
Título do artigo que subscrevi para a última edição do 'Jornal de Sintra' publicada no passado dia 8 do corrente.
Eis alguns excertos do texto que, completo, poderão aceder em ...
www.jornaldesintra.com/ (pág. 7)
Parece que vai sendo tempo de promover a tal novena a São Judas Tadeu, a que já tenho aludido. De tal modo degradadas certas coisas estão no coração da sede do concelho que, agora, só mesmo com a intercessão daquele que na hagiografia católica é considerado o 'advogado dos impossíveis'...
Valha-nos Deus!
_____________________
"(...) Naquela tarde de 28 de Fevereiro de 2014, quando me contactou, tão cordialmente, não o fez o Senhor Presidente, com toda a certeza, depois de, avisada e cautelosamente, se ter inteirado de todos os detalhes da situação junto dos Senhores Vereadores e técnicos envolvidos? Não estava tudo decidido? Então, agora, mais de dois anos passados, como se entende que desconheça quando haverá obras? Afinal, quanto tempo mais teremos de aturar aquela chaga a desintegrar-se (...) naquela que, apesar dos seus últimos e dinâmicos 50 metros antes do Largo Vergílio Horta, é desgraçada artéria agora baptizada com a bacoca designação de 'Shopping Street'?
(...)
Além da aludida Fonte dos Pisões, apenas com 85 anos, em muitos casos, trata-se de monumentos, com séculos de existência, alguns com as armas reais apostas, com toda uma História colada às suas nobres paredes e muros, incompatível, meu Deus, perfeitamente incompatível com o modo como são desleixados pelo poder local!
(...)
Ou seja, os casos em apreço, se valem por si próprios, igualmente reflectem todo um estado de coisas que ultrapassa o seu aparente e limitado enquadramento. Na realidade, constituem sintoma de uma gravíssima patologia cujas metástases progridem, inexoravelmente, sem que os actuais clínicos consigam aplicar aqueles que se sabe serem os adequados remédios, em função dos seus conhecidos e bons resultados.
Sensível aos argumentos de quem tenta justificar o permanente quadro de degradação deste núcleo central de Sintra - tão mais concreto para quem o percorre a pé - custa-me, no entanto, aceitar a ideia de que a montante de tudo isto prevaleça uma reles contabilidade eleitoralista que aconselha fazer obra noutros urbanos enquadramentos… (...)"
Valha-nos Deus!
_____________________
"(...) Naquela tarde de 28 de Fevereiro de 2014, quando me contactou, tão cordialmente, não o fez o Senhor Presidente, com toda a certeza, depois de, avisada e cautelosamente, se ter inteirado de todos os detalhes da situação junto dos Senhores Vereadores e técnicos envolvidos? Não estava tudo decidido? Então, agora, mais de dois anos passados, como se entende que desconheça quando haverá obras? Afinal, quanto tempo mais teremos de aturar aquela chaga a desintegrar-se (...) naquela que, apesar dos seus últimos e dinâmicos 50 metros antes do Largo Vergílio Horta, é desgraçada artéria agora baptizada com a bacoca designação de 'Shopping Street'?
(...)
Além da aludida Fonte dos Pisões, apenas com 85 anos, em muitos casos, trata-se de monumentos, com séculos de existência, alguns com as armas reais apostas, com toda uma História colada às suas nobres paredes e muros, incompatível, meu Deus, perfeitamente incompatível com o modo como são desleixados pelo poder local!
(...)
Ou seja, os casos em apreço, se valem por si próprios, igualmente reflectem todo um estado de coisas que ultrapassa o seu aparente e limitado enquadramento. Na realidade, constituem sintoma de uma gravíssima patologia cujas metástases progridem, inexoravelmente, sem que os actuais clínicos consigam aplicar aqueles que se sabe serem os adequados remédios, em função dos seus conhecidos e bons resultados.
Sensível aos argumentos de quem tenta justificar o permanente quadro de degradação deste núcleo central de Sintra - tão mais concreto para quem o percorre a pé - custa-me, no entanto, aceitar a ideia de que a montante de tudo isto prevaleça uma reles contabilidade eleitoralista que aconselha fazer obra noutros urbanos enquadramentos… (...)"
12 de abril de 1885
Robert Delaunay
(m. 1941)
...
Robert Delaunay
(m. 1941)
...
[Pormenor do retrato de Igor Stravinsky, por Robrt Delaunay(1916); Auto-retrato do pintor (1908); 'Femme portugaise' (1915).
Em memória da grande amizade que unia o pintor e o compositor, a minha proposta de gravação do bailado "Renard, Histoire burlesque chantée et jouée pour 2 ténors, 2 basses, ensemble instrumental", datada de 1916, há um século. Obra interessantíssima com interpretação musical a cargo do Ensemble Intercontemporain, sob direcção de Pierre Boulez. Legendas em Italiano.
Um verdadeiro tesouro!
Boa Audição!
https://youtu.be/nM4zPeC545w
Em memória da grande amizade que unia o pintor e o compositor, a minha proposta de gravação do bailado "Renard, Histoire burlesque chantée et jouée pour 2 ténors, 2 basses, ensemble instrumental", datada de 1916, há um século. Obra interessantíssima com interpretação musical a cargo do Ensemble Intercontemporain, sob direcção de Pierre Boulez. Legendas em Italiano.
Um verdadeiro tesouro!
Boa Audição!
https://youtu.be/nM4zPeC545w
12 de Abril
2 Efemérides mozartianas
- 1.
12 Abril de 1784
2 Efemérides mozartianas
- 1.
12 Abril de 1784
Viena: Compositção do Concerto para Piano e Orquestra em Sol Maior, KV. 453 [I]
00:00 - Allegro
11:28 - Andante
22:01 - Allegretto -- Presto
Interpretação de Murray Perahia que também dirige a English Chamber Orchestra
- 2.
12 Abril de1791
Viena: Composição do Quinteto de Cordas em Mi bemol
KV. 614 [II]
I. Allegro di molto
II. Andante
III. Menuetto, allegretto
IV. Allegro
Trata-se da última obra-prima para Música de Câmara composta por Mozart. À altura de tão grande desafio, a interpretação que vos proponho, do agrupamento Hausmusik, em instrumentos de época.
Monica Huggett e Pavlo Beznosiuk, violinos, Roger Chase e Simon Whistler, violas, Richard Lester, no violoncelo.
Boa Audição!
https://youtu.be/B_tt2SLGQwM [I]
https://youtu.be/9L9IQL4unl8 [II]
00:00 - Allegro
11:28 - Andante
22:01 - Allegretto -- Presto
Interpretação de Murray Perahia que também dirige a English Chamber Orchestra
- 2.
12 Abril de1791
Viena: Composição do Quinteto de Cordas em Mi bemol
KV. 614 [II]
I. Allegro di molto
II. Andante
III. Menuetto, allegretto
IV. Allegro
Trata-se da última obra-prima para Música de Câmara composta por Mozart. À altura de tão grande desafio, a interpretação que vos proponho, do agrupamento Hausmusik, em instrumentos de época.
Monica Huggett e Pavlo Beznosiuk, violinos, Roger Chase e Simon Whistler, violas, Richard Lester, no violoncelo.
Boa Audição!
https://youtu.be/B_tt2SLGQwM [I]
https://youtu.be/9L9IQL4unl8 [II]
00:00 - Allegro 11:28 - Andante 22:01 - Allegretto -- Presto Murray Perahia English Chamber Orchestra 1980
youtube.com
Gulbenkian
Às 19,00
O êxtase da Música
Às 19,00
O êxtase da Música
Gustav Mahler Jugendorchester [GMJO]
David Afkham, Maestro
Frank Peter Zimmermann, Violino
György Ligeti, Lontano [I]
Beethoven, Sinfonia No. 5 em Mi bemol Maior, op. 55
Béla Bartók, Concerto para Violino e Orquestra No. 2
___________________
É com o maior gosto que voltarei a assistir a um concerto desta orquestra. Garanto-vos que, desde a sua fundação, não houve ano em que tivessem trabalhado sem que estivesse presente num ou mais concertos. Em Salzburg, durante anos, fizeram residências durante a Mozartwoche. E também durante o Festival da Páscoa. Aqui, em Lisboa, é o que se sabe. Alto gabarito, excelentes directores, um fundador, Abbado, que tudo inspirou. Daqui a pouco, já sei, a contagiante entrega dos músicos, empenho generoso, o privilégio de partilhas ímpares. Depois vos darei conta.
[I] Desta peça, uma partilha de grande qualidade: Berliner Philharmoniker, Dir:Jonathan Nott.
Boa Audição!
https://youtu.be/nMO0wLZYILA
[Ilustr. GMJO, foto 'viral', o júbilo da violoncelista]
David Afkham, Maestro
Frank Peter Zimmermann, Violino
György Ligeti, Lontano [I]
Beethoven, Sinfonia No. 5 em Mi bemol Maior, op. 55
Béla Bartók, Concerto para Violino e Orquestra No. 2
___________________
É com o maior gosto que voltarei a assistir a um concerto desta orquestra. Garanto-vos que, desde a sua fundação, não houve ano em que tivessem trabalhado sem que estivesse presente num ou mais concertos. Em Salzburg, durante anos, fizeram residências durante a Mozartwoche. E também durante o Festival da Páscoa. Aqui, em Lisboa, é o que se sabe. Alto gabarito, excelentes directores, um fundador, Abbado, que tudo inspirou. Daqui a pouco, já sei, a contagiante entrega dos músicos, empenho generoso, o privilégio de partilhas ímpares. Depois vos darei conta.
[I] Desta peça, uma partilha de grande qualidade: Berliner Philharmoniker, Dir:Jonathan Nott.
Boa Audição!
https://youtu.be/nMO0wLZYILA
[Ilustr. GMJO, foto 'viral', o júbilo da violoncelista]
Luís Filipe Castro Mendes,
Ministro da Cultura,
-que excelente escolha!
Foi proposto para Ministro da Cultura e o Presidente da República aceitou. Hoje, 10 de Abril de 2016, uma boa notícia. Não podia ter ficado mais satisfeito com a escolha de António Costa.
Ministro da Cultura,
-que excelente escolha!
Foi proposto para Ministro da Cultura e o Presidente da República aceitou. Hoje, 10 de Abril de 2016, uma boa notícia. Não podia ter ficado mais satisfeito com a escolha de António Costa.
Conheci-o há cerca de vinte anos, quando nos cruzámos no Instituto Camões, fazendo parte de um círculo de amigos e colegas, entre os quais a sua mulher, Margarida Lages, e o saudoso Eduardo Prado Coelho.
Tenho-o no melhor conceito. Creio que poderá ser um bom titular da Pasta da Cultura, ele que é diplomata de carreira, altamente envolvido na vida cultural portuguesa, ele próprio um poeta de excelente escopo, como bem pode aquilatar-se por 'Every Poem is an Epitaph', mero exemplo, extraído da sua obra "Outras Canções", que tenho utilizado em determinados trabalhos e passo a transcrever:
Desfiz meu corpo nas vivas marés
que os versos me traziam. Solidão
mil vezes retomada, sombra e pó,
palavras que nos doem mais de perto:
tudo desfez meu corpo e neste mar
um navegante encontra o seu deserto.
_____________
Eis alguns dos títulos que fazem parte da biblioteca cá de casa:
- Recados, Casa da Moeda, 1983
- A Ilha dos Mortos, Lisboa, Quetzal Editores, 1991
- Viagem de Inverno, Lisboa, Quetzal Editores, 1993
- Correspondência secreta, Lisboa, Quetzal Editores, 1995
- Modos de música, Lisboa, Quetzal Editores, 1996
- Outras canções, Lisboa, Quetzal Editores, 1998
- Poesia reunida, 1985-1999 -
- Os Dias inventados, Lisboa, Gótica, 2001
- Lendas da Índia, Lisboa, Dom Quixote, 2011. (Prémio António
Quadros)-
- A misericórdia dos mercados, Porto, Assírio&Alvim, 2014
Autor premiadíssimo - Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1992), Prémio D. Dinis (1994), Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1996), Prémio António Quadros (2012) - é um homem com rara noção das conveniências, particularidades e exigências de quem, como ele, tem servido o País ao mais alto nível institucional.
Só me interrogo quanto à razão pela qual não estará no Governo desde a sua entrada em funções... Desejo-lhe as maiore felicidades.
Indefectível adepto de Jorge de Sena, ninguém melhor do que ele o tem divulgado, eis uma pequena nota:
https://youtu.be/pY6q5CegjPk
.
Ver MaisTenho-o no melhor conceito. Creio que poderá ser um bom titular da Pasta da Cultura, ele que é diplomata de carreira, altamente envolvido na vida cultural portuguesa, ele próprio um poeta de excelente escopo, como bem pode aquilatar-se por 'Every Poem is an Epitaph', mero exemplo, extraído da sua obra "Outras Canções", que tenho utilizado em determinados trabalhos e passo a transcrever:
Desfiz meu corpo nas vivas marés
que os versos me traziam. Solidão
mil vezes retomada, sombra e pó,
palavras que nos doem mais de perto:
tudo desfez meu corpo e neste mar
um navegante encontra o seu deserto.
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Eis alguns dos títulos que fazem parte da biblioteca cá de casa:
- Recados, Casa da Moeda, 1983
- A Ilha dos Mortos, Lisboa, Quetzal Editores, 1991
- Viagem de Inverno, Lisboa, Quetzal Editores, 1993
- Correspondência secreta, Lisboa, Quetzal Editores, 1995
- Modos de música, Lisboa, Quetzal Editores, 1996
- Outras canções, Lisboa, Quetzal Editores, 1998
- Poesia reunida, 1985-1999 -
- Os Dias inventados, Lisboa, Gótica, 2001
- Lendas da Índia, Lisboa, Dom Quixote, 2011. (Prémio António
Quadros)-
- A misericórdia dos mercados, Porto, Assírio&Alvim, 2014
Autor premiadíssimo - Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1992), Prémio D. Dinis (1994), Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1996), Prémio António Quadros (2012) - é um homem com rara noção das conveniências, particularidades e exigências de quem, como ele, tem servido o País ao mais alto nível institucional.
Só me interrogo quanto à razão pela qual não estará no Governo desde a sua entrada em funções... Desejo-lhe as maiore felicidades.
Indefectível adepto de Jorge de Sena, ninguém melhor do que ele o tem divulgado, eis uma pequena nota:
https://youtu.be/pY6q5CegjPk
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10 de Abril de 1955
Morte de Pierre Teilhard de Chardin
(n. 1881).
...
Morte de Pierre Teilhard de Chardin
(n. 1881).
...
« Je crois que l’Univers est une Évolution
Je crois que l’ Évolution va vers l’Esprit
Je crois que l’esprit, dans l’Homme, s’achève en du Personnel
Je crois que le Personnel suprême est le Christ-Universel »
Ou seja:
https://youtu.be/8q4JWHvSmMI
[Naquele ano de 1955, 10 de Abril foi Domingo de Páscoa]
Ver MaisJe crois que l’ Évolution va vers l’Esprit
Je crois que l’esprit, dans l’Homme, s’achève en du Personnel
Je crois que le Personnel suprême est le Christ-Universel »
Ou seja:
https://youtu.be/8q4JWHvSmMI
[Naquele ano de 1955, 10 de Abril foi Domingo de Páscoa]
10 April de 1782
Efeméride mozartiana
Viena, data em que Mozart compõe a peça cuja audição vos proponho. Trata-se da Ária "Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner" para soprano KV. 383, texto de autor desconhecido, que seria estreada pela cunhada, Aloysia Weber Lange, irmã da sua mulher Constanze. Aloysia, que foi o primeiro grande amor de Wolfgang, casaria com Joseph Lange, actor e pintor amador, que nos deixou aquele que será um dos mais fiéis retratos do compositor.
Efeméride mozartiana
Viena, data em que Mozart compõe a peça cuja audição vos proponho. Trata-se da Ária "Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner" para soprano KV. 383, texto de autor desconhecido, que seria estreada pela cunhada, Aloysia Weber Lange, irmã da sua mulher Constanze. Aloysia, que foi o primeiro grande amor de Wolfgang, casaria com Joseph Lange, actor e pintor amador, que nos deixou aquele que será um dos mais fiéis retratos do compositor.
Muitas são as cantoras que interpretam esta Ária. Pessoalmente, prefiro Schwarzkopf. A gravação foi obtida, ao vivo, num dia 10 de Abril de 1955, portanto, há mais de sessenta anos. E não conheço quem, posteriormente, tenha feito melhor. A Philharmonia Orchestra London é dirigida por Alceo Galliera.
Para facilitar o acesso à obra, além do original, em Alemão, aqui também vos deixo uma tradução do texto para Inglês.
___________________________________
Nehmt meinen Dank
Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner!
So feurig, als mein Herz ihn spricht,
Euch laut zu sagen, können Männer,
Ich, nur ein Weib, vermag es nicht.
Doch glaubt, ich werd' in meinem Leben
Niemals vergessen eure Huld;
Blieb' ich, so wäre mein Bestreben,
Sie zu verdienen, doch Geduld!
Von Anbeginn war stetes Wandern
Der Musen und der Künstler Los;
Mir geht es so wie allen Andern,
Fort aus des Vaterlandes Schoss
Seh' ich mich von dem Schicksal leiten.
Doch glaubt es mir, in jedem Reich,
Wohin ich geh', zu allen Zeiten
Bleibt immerdar mein Herz bei Euch.
___________________________________
Thank you my friends, I sing it proudly,
as ardent thanks as heart can speak;
a man may sing your praises loudly,
but woman's voice is duly meek.
Believe my memory will keep you ever,
cherished for kindness shown a friend;
staying, I would have made it my endeavor,
to serve you gladly till the end!
Since time began, the Fates decided
that artists consistently must roam,
and so with me, by Muses guided,
I leave my fatherland and home.
My destiny has thus decreed it.
But oh! In every land that calls and lures,
where're I go, I shall concede it,
You hold me, for my heart is yours.
Boa audição!
https://youtu.be/3hptKTzPiqI
[Ilustr. WAM, retrato de Joseph Lange; Aloysia Weber Lange, retrato anónino; Elisabeth Schwarzkopf]
Para facilitar o acesso à obra, além do original, em Alemão, aqui também vos deixo uma tradução do texto para Inglês.
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Nehmt meinen Dank
Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner!
So feurig, als mein Herz ihn spricht,
Euch laut zu sagen, können Männer,
Ich, nur ein Weib, vermag es nicht.
Doch glaubt, ich werd' in meinem Leben
Niemals vergessen eure Huld;
Blieb' ich, so wäre mein Bestreben,
Sie zu verdienen, doch Geduld!
Von Anbeginn war stetes Wandern
Der Musen und der Künstler Los;
Mir geht es so wie allen Andern,
Fort aus des Vaterlandes Schoss
Seh' ich mich von dem Schicksal leiten.
Doch glaubt es mir, in jedem Reich,
Wohin ich geh', zu allen Zeiten
Bleibt immerdar mein Herz bei Euch.
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Thank you my friends, I sing it proudly,
as ardent thanks as heart can speak;
a man may sing your praises loudly,
but woman's voice is duly meek.
Believe my memory will keep you ever,
cherished for kindness shown a friend;
staying, I would have made it my endeavor,
to serve you gladly till the end!
Since time began, the Fates decided
that artists consistently must roam,
and so with me, by Muses guided,
I leave my fatherland and home.
My destiny has thus decreed it.
But oh! In every land that calls and lures,
where're I go, I shall concede it,
You hold me, for my heart is yours.
Boa audição!
https://youtu.be/3hptKTzPiqI
[Ilustr. WAM, retrato de Joseph Lange; Aloysia Weber Lange, retrato anónino; Elisabeth Schwarzkopf]
9 de Abril de 1942
Adriano Correia de Oliveira
(m. 1982)
Por todas as razões e mais esta, da sangria sem nome, poema belíssimo de Rosalia de Castro, que vai no original, afinal, na nossa língua comum, galaico-portuguesa, num arranjo de José Niza, em canto de Adriano Correia de Oliveira.
Adriano Correia de Oliveira
(m. 1982)
Por todas as razões e mais esta, da sangria sem nome, poema belíssimo de Rosalia de Castro, que vai no original, afinal, na nossa língua comum, galaico-portuguesa, num arranjo de José Niza, em canto de Adriano Correia de Oliveira.
Este vaise i aquel vaise,
i todos, todos se van;
Galicia, sin homes quedas
que te poidan traballar.
Tês, en cambio, orfos i orfas
i campos de soledad;
e nais que non teñem fillos
e fillos que non tén pais.
E tês corazós que sufren
Longas ausências mortás.
Viudas de vivos e mortos
Que ninguén consolará.
«Estamos em casa». Escutemos Rosalia, com saudades - tantas! - de Adriano.
https://youtu.be/i5YkO1TY9xA
i todos, todos se van;
Galicia, sin homes quedas
que te poidan traballar.
Tês, en cambio, orfos i orfas
i campos de soledad;
e nais que non teñem fillos
e fillos que non tén pais.
E tês corazós que sufren
Longas ausências mortás.
Viudas de vivos e mortos
Que ninguén consolará.
«Estamos em casa». Escutemos Rosalia, com saudades - tantas! - de Adriano.
https://youtu.be/i5YkO1TY9xA
9 de Abril de 1821
Charles Baudelaire
(m. 1867)
LA MUSIQUE
Charles Baudelaire
(m. 1867)
LA MUSIQUE
La musique souvent me prend comme une mer !
Vers ma pâle étoile,
Sous un plafond de brume ou dans un vaste éther,
Je mets à la voile;
La poitrine en avant et les poumons gonflés
Comme de la toile
J'escalade le dos des flots amoncelés
Que la nuit me voile ;
Je sens vibrer en moi toutes les passions
D'un vaisseau qui souffre ;
Le bon vent, la tempête et ses convulsions
Sur l'immense gouffre
Me bercent. D'autres fois, calme plat, grand miroir
De mon désespoir !
Vers ma pâle étoile,
Sous un plafond de brume ou dans un vaste éther,
Je mets à la voile;
La poitrine en avant et les poumons gonflés
Comme de la toile
J'escalade le dos des flots amoncelés
Que la nuit me voile ;
Je sens vibrer en moi toutes les passions
D'un vaisseau qui souffre ;
Le bon vent, la tempête et ses convulsions
Sur l'immense gouffre
Me bercent. D'autres fois, calme plat, grand miroir
De mon désespoir !
9 de Abril de 1790
Efeméride mozartiana
Há precisamente 226 anos, num serão em casa do Conde Johann Karl Hadik, foram apresentadas duas estupendas obras de música de câmara, os bem conhecidos ‘Divertimento em Mi bemol Maior, para Violino, Viola e Violoncelo’, KV 563 e o ‘Quinteto em Lá Maior (Stadler Quintett) para Clarinete, dois Violinos, Viola e Violoncelo’, KV.581.
...
Efeméride mozartiana
Há precisamente 226 anos, num serão em casa do Conde Johann Karl Hadik, foram apresentadas duas estupendas obras de música de câmara, os bem conhecidos ‘Divertimento em Mi bemol Maior, para Violino, Viola e Violoncelo’, KV 563 e o ‘Quinteto em Lá Maior (Stadler Quintett) para Clarinete, dois Violinos, Viola e Violoncelo’, KV.581.
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A composição da primeira das peças referidas remonta a 27 de Setembro de 1788, de acordo com as características padrão acerca das quais temos partilhado informação frequente, estruturando-se em seis andamentos: I. Allegro, II. Adagio; III. Menuetto: Allegro, Trio; IV. Andante; V. Menuetto: Allegretto, Trio I, Trio II; VI. Allegro.
Propondo que partilhemos uma interpretação do mais alto nível pelo agrupamento de câmara L'Archibudelli, em instrumentos de época. Vera Beths, violino. Jürgen Kussmaul, viola. Anner Bylsma, violoncelo. [I]
Quanto à segunda, lembrarei tratar-se de obra terminada em 29 de Setembro de 1789, num período em que Mozart dedica particular atenção ao clarinete, instrumento que lhe era especialmente afecto, em estreita articulaçãoe com os enredos e ambientes maçónicos. Stadler era um virtuoso do instrumento, irmão maçon e dedicatário do quinteto.
Sabe-se que, naquele serão, esteve presente Michael Puchberg, outro irmão maçon do compositor e um dos seus principais credores. A título de curiosidade, igualmente posso adiantar que, na altura, Mozart tinha a saúde particularmente afectada por uma crise de reumatismo razão que terá impedido a sua presença.
Comemorando a efeméride, venho propor-vos a audição do registo de um concerto de no âmbito da Mozartwoche do ano 2000, interpretada pelos Hagen e Sabine Meyer. Aí tendes o 'Allegro', numa inesquecível leitura.[II]
Vem a propósito assinalar que assisti a outras interpretações desta obra por Sabine Meyer, em Salzburg e «noutros lugares», incluindo uma ocasião nas Caldas da Rainha, com o Quarteto Tokyo – nunca tendo superado o altíssimo e sofisticado gabarito que poderão testemunhar nesta gravação.
Boa audição!
https://youtu.be/98cbhAn_Alk [I]
http://youtu.be/Hm1AsClIisI [II]
[Ilustr: Viena, Figaro Haus, (casa onde WAM compôs a famosa ópera em 1786)
Propondo que partilhemos uma interpretação do mais alto nível pelo agrupamento de câmara L'Archibudelli, em instrumentos de época. Vera Beths, violino. Jürgen Kussmaul, viola. Anner Bylsma, violoncelo. [I]
Quanto à segunda, lembrarei tratar-se de obra terminada em 29 de Setembro de 1789, num período em que Mozart dedica particular atenção ao clarinete, instrumento que lhe era especialmente afecto, em estreita articulaçãoe com os enredos e ambientes maçónicos. Stadler era um virtuoso do instrumento, irmão maçon e dedicatário do quinteto.
Sabe-se que, naquele serão, esteve presente Michael Puchberg, outro irmão maçon do compositor e um dos seus principais credores. A título de curiosidade, igualmente posso adiantar que, na altura, Mozart tinha a saúde particularmente afectada por uma crise de reumatismo razão que terá impedido a sua presença.
Comemorando a efeméride, venho propor-vos a audição do registo de um concerto de no âmbito da Mozartwoche do ano 2000, interpretada pelos Hagen e Sabine Meyer. Aí tendes o 'Allegro', numa inesquecível leitura.[II]
Vem a propósito assinalar que assisti a outras interpretações desta obra por Sabine Meyer, em Salzburg e «noutros lugares», incluindo uma ocasião nas Caldas da Rainha, com o Quarteto Tokyo – nunca tendo superado o altíssimo e sofisticado gabarito que poderão testemunhar nesta gravação.
Boa audição!
https://youtu.be/98cbhAn_Alk [I]
http://youtu.be/Hm1AsClIisI [II]
[Ilustr: Viena, Figaro Haus, (casa onde WAM compôs a famosa ópera em 1786)
Estarei a ver bem o fime?
“(…) Demito-me também por razões que têm a ver com o meu respeito pelos valores da liberdade. Não aceito prescindir do direito à expressão da opinião e palavra (…)”
_______
“(…) Demito-me também por razões que têm a ver com o meu respeito pelos valores da liberdade. Não aceito prescindir do direito à expressão da opinião e palavra (…)”
_______
Enfim, protagonizou a única atitude admissível. Mas, ou muito me engano, ou «está a confundir género humano com Manuel Germano»… Então, tendo ofendido os valores da liberdade, ao oferecer pancada a pacatos cidadãos – que, esses sim, se tinham limitado a expressar opinião, num Estado Livre e Democrático de Direito – vem agora invoca-los, como se apenas os tivesse convidado para beber um café?
E quanto à substituição? O que eu não quero é sequer pensar que, depois de ter dado cobertura ao lamentável episódio da demissão de António Lamas, orquestrada pelo lóbi comandado por Canavilhas, o António Costa rematasse toda esta lamentável ocorrência nomeando-a titular da pasta…
E quanto à substituição? O que eu não quero é sequer pensar que, depois de ter dado cobertura ao lamentável episódio da demissão de António Lamas, orquestrada pelo lóbi comandado por Canavilhas, o António Costa rematasse toda esta lamentável ocorrência nomeando-a titular da pasta…
8 de Abril de 1781
Efeméride mozartiana
______________________
Viena: Actuação da orquestra da corte de Salzburg no Deutschen Ritterordenshaus [Cavaleiros da Ordem Teutónica].
...Continuar a ler
Efeméride mozartiana
______________________
Viena: Actuação da orquestra da corte de Salzburg no Deutschen Ritterordenshaus [Cavaleiros da Ordem Teutónica].
...Continuar a ler
I. Adagio [0:00] II. Allegro [5:33] III. Tema con variazioni (Andantino cantabile) [11:32] Sigiswald Kuijken, violin Luc Devos, fortepiano performed on perio...
youtube.com
7 de Abril de 1506
São Francisco Xavier
São Francisco Xavier
Francisco de Jasso Azpilcueta Atondo y Aznáres, mais conhecido como Francisco Xavier, por ter nascido, em Xavier, no dia 7 de Abril de 1506, faleceu em Sanchoão, em 3 de Dezembro de 1552*. Um dos mais célebres missionários, padroeiro dos missionários, com Santo Inácio de Loyola fundador da Companhia de Jesus, é figura máxima da hagiografia cristã.
Em Lucerna - cidade suiça à qual me sinto particularmente ligado, desde o tempo em que, com meu pai, ali comecei a frequentar o Festival que, ainda hoje, continua como um dos mais abençoados lugares para a celebração da grande música - há uma igreja de São Francisco Xavier, onde me sinto particularmente bem. Aí ouvi excelente música. Um bom exemplo é o da proposta que, de imediato, vos apresento.
Eis 'Et incarnatus est' do Credo da célebre Missa em Dó menor, KV. 427, de Mozart, na voz de Arleen Auger, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks sob a direcção de Leonard Bernstein. Gravado naquela igreja de São Francisco Xavier, é um soberbo momento musical em que honramos também o grande santo.
*3 de Dezembro, Dia de São Francisco Xavier
[Ilustr: Da esq. dir: 'Visão de S. Francisco Xavier' por Giovanni Battista Gaulli; interior da igreja de S. Francisco Xavier; Tribschen, casa de Richard Wagner, Lucerna]
Boa audição!
https://youtu.be/YJJT108WZ7o
Em Lucerna - cidade suiça à qual me sinto particularmente ligado, desde o tempo em que, com meu pai, ali comecei a frequentar o Festival que, ainda hoje, continua como um dos mais abençoados lugares para a celebração da grande música - há uma igreja de São Francisco Xavier, onde me sinto particularmente bem. Aí ouvi excelente música. Um bom exemplo é o da proposta que, de imediato, vos apresento.
Eis 'Et incarnatus est' do Credo da célebre Missa em Dó menor, KV. 427, de Mozart, na voz de Arleen Auger, Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks sob a direcção de Leonard Bernstein. Gravado naquela igreja de São Francisco Xavier, é um soberbo momento musical em que honramos também o grande santo.
*3 de Dezembro, Dia de São Francisco Xavier
[Ilustr: Da esq. dir: 'Visão de S. Francisco Xavier' por Giovanni Battista Gaulli; interior da igreja de S. Francisco Xavier; Tribschen, casa de Richard Wagner, Lucerna]
Boa audição!
https://youtu.be/YJJT108WZ7o
7 Abril de1781
Efeméride mozartiana
Viena, data provável da composição da Sonata para Violino No. 27 em Sol Maior, KV. 379, com dedicatória à sua aluna Josepha von Auernhammer.
Efeméride mozartiana
Viena, data provável da composição da Sonata para Violino No. 27 em Sol Maior, KV. 379, com dedicatória à sua aluna Josepha von Auernhammer.
I. Adagio [0:00]
II. Allegro [5:33]
III. Tema con variazioni (Andantino cantabile) [11:32]
Proponho a partilha de uma interpretação de referência, em instrumentos de época, de Sigiswald Kuijken e de Luc Devos, no pianoforte.
[O quadro da família Mozart é obra de Johann Nepomuk della Croce]
Boa Audição!
https://youtu.be/Nb0NJ9yGjW0
II. Allegro [5:33]
III. Tema con variazioni (Andantino cantabile) [11:32]
Proponho a partilha de uma interpretação de referência, em instrumentos de época, de Sigiswald Kuijken e de Luc Devos, no pianoforte.
[O quadro da família Mozart é obra de Johann Nepomuk della Croce]
Boa Audição!
https://youtu.be/Nb0NJ9yGjW0
Em Salzburg,
deslumbrado menino
Salzburg, tão presente na minha vida, pede diária «frequência». Lugar que me habita, é constante presença. Uma amiga francesa, na cidade radicada há mais de quarenta anos, conhecendo-me há décadas, quando me apresenta a alguém, costuma acrescentar que sou tão filho de Salzburg, tão salisburguense como os mais radicais, atribuindo ao termo 'radical' o sentido etimológico, de raíz...
...
deslumbrado menino
Salzburg, tão presente na minha vida, pede diária «frequência». Lugar que me habita, é constante presença. Uma amiga francesa, na cidade radicada há mais de quarenta anos, conhecendo-me há décadas, quando me apresenta a alguém, costuma acrescentar que sou tão filho de Salzburg, tão salisburguense como os mais radicais, atribuindo ao termo 'radical' o sentido etimológico, de raíz...
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Não me perguntem como mas, de facto, é isso que sinto. Por lá tenho raízes. Seculares! Outra pessoa, que muito prezo, acha que devo fazer parte de ancestral 'emanação', algo que coincidirá com a ideia de 'reencarnação'. Quem sabe?! A verdade é que, no meu caso, não há outro lugar onde o sentimento de pertença seja tão entranhadamente vivido.
Lá tudo me é propício e, como lhe conheço todos os detalhes, todos os recantos, todas as escapatórias, sei perfeitamente como resguardar-me das consequências da cidade 'cliché', da música no coração e não sei que mais. Sei que «isso» existe mas ignoro. Sem sobrançaria, sou «superior» a minudências que tais.
Enfim, depois desta declaração de indisfarçável e irremediável patologia amorosa, então, a razão desta introdução às fotos que hoje partilho. Foi a minha querida amiga Maria José Machado, há uns dias, quem me desafiou no sentido de partilhar umas imagens de lugares que me são queridos.
Portanto, em diferentes períodos do ano, a mesma perspectiva da cidade dos Príncipes-Arcebispos, aquela que é considerada a Roma do Norte, onde há mais igrejas por hectar do que noutra qualquer urbe por onde tenham andado.
À direita, uma vista durante os meses frios, da cidade que, «se-tudo-correr-muito-bem» pode estar meses sob manto de neve. É o meu tempo preferido, a cultura de Inverno em toda a exuberância de de centro-norte europeu.
Salzburg, em Janeiro-Fevereiro, a Mozartwoche, festival de Inverno, a grande Música, renovada possibilidade de aprender imenso, como sempre acontece nos melhores festivais, semanas de grande enriquecimento, um ganho inexprimível.
Ao fim e ao cabo, em Salzburg, sou o deslumbrado menino, sempre menino, de espírito liberto, ávido, sob o encanto da estrela que não pára de cintilar. É, «por isso», que peço a Mozart Doze Variações em Dó Maior, KV. 265, 'Ah, vous dirai je, Maman', na interpretação de Christoph Eschenbach. Percebem?
Boa Audição!
https://youtu.be/7xYBUcCEMmo
Lá tudo me é propício e, como lhe conheço todos os detalhes, todos os recantos, todas as escapatórias, sei perfeitamente como resguardar-me das consequências da cidade 'cliché', da música no coração e não sei que mais. Sei que «isso» existe mas ignoro. Sem sobrançaria, sou «superior» a minudências que tais.
Enfim, depois desta declaração de indisfarçável e irremediável patologia amorosa, então, a razão desta introdução às fotos que hoje partilho. Foi a minha querida amiga Maria José Machado, há uns dias, quem me desafiou no sentido de partilhar umas imagens de lugares que me são queridos.
Portanto, em diferentes períodos do ano, a mesma perspectiva da cidade dos Príncipes-Arcebispos, aquela que é considerada a Roma do Norte, onde há mais igrejas por hectar do que noutra qualquer urbe por onde tenham andado.
À direita, uma vista durante os meses frios, da cidade que, «se-tudo-correr-muito-bem» pode estar meses sob manto de neve. É o meu tempo preferido, a cultura de Inverno em toda a exuberância de de centro-norte europeu.
Salzburg, em Janeiro-Fevereiro, a Mozartwoche, festival de Inverno, a grande Música, renovada possibilidade de aprender imenso, como sempre acontece nos melhores festivais, semanas de grande enriquecimento, um ganho inexprimível.
Ao fim e ao cabo, em Salzburg, sou o deslumbrado menino, sempre menino, de espírito liberto, ávido, sob o encanto da estrela que não pára de cintilar. É, «por isso», que peço a Mozart Doze Variações em Dó Maior, KV. 265, 'Ah, vous dirai je, Maman', na interpretação de Christoph Eschenbach. Percebem?
Boa Audição!
https://youtu.be/7xYBUcCEMmo
Ao que chegámos!!
O mais possível de acordo com o Nuno Vieira de Almeida ! Certíssimo e certeiríssimo! No seu mural, A autorizada opinião que subscreve, suscita as naturais reacções de quem sabe algo da poda e está farto de tanto disparate.
Repito parte de um comentário que lá deixei. Valha-nos Deus!! E, se tão alto não chegarem os nossos clamores, pelo menos, que o Senhor autorize Sua serva Cecília nos conforte em tão sério transe!...
O mais possível de acordo com o Nuno Vieira de Almeida ! Certíssimo e certeiríssimo! No seu mural, A autorizada opinião que subscreve, suscita as naturais reacções de quem sabe algo da poda e está farto de tanto disparate.
Repito parte de um comentário que lá deixei. Valha-nos Deus!! E, se tão alto não chegarem os nossos clamores, pelo menos, que o Senhor autorize Sua serva Cecília nos conforte em tão sério transe!...
Eis o texto de Nuno Vieira de Almeida que a minha partilha não assumiu:
"Acho absolutamente espantoso que, no período de penúria financeira e cultural que atravessamos, o Teatro de S. Carlos apresente a ópera de John Adams. Em primeiro lugar e sem ter que recorrer a grande evidencias, a obra não é certamente nenhum cume da literatura musical dos nossos dias - estou a ser meigo - e foi apresentada há poucos anos atrás pelo menos 2 vezes, na Gulbenkian e Aula Magna. Num país onde se não ouve nenhum compositor importante do séc. XX, ou pelo menos um compositor importante operático do séc. XX, e onde todos se queixam da falta de verbas para produzir seja o que for, não era melhor gastar os poucos recursos com Berg, Britten, Henze etc, etc. do que repetir uma ópera que, na melhor das hipóteses, é apenas média?
Fico perplexo com este tipo de decisões mal pensadas e mal planeadas.
Consolo-me a ouvir John Vickers a cantar o Peter Grimes de Britten. Esses sim ficaram para sempre."
"Acho absolutamente espantoso que, no período de penúria financeira e cultural que atravessamos, o Teatro de S. Carlos apresente a ópera de John Adams. Em primeiro lugar e sem ter que recorrer a grande evidencias, a obra não é certamente nenhum cume da literatura musical dos nossos dias - estou a ser meigo - e foi apresentada há poucos anos atrás pelo menos 2 vezes, na Gulbenkian e Aula Magna. Num país onde se não ouve nenhum compositor importante do séc. XX, ou pelo menos um compositor importante operático do séc. XX, e onde todos se queixam da falta de verbas para produzir seja o que for, não era melhor gastar os poucos recursos com Berg, Britten, Henze etc, etc. do que repetir uma ópera que, na melhor das hipóteses, é apenas média?
Fico perplexo com este tipo de decisões mal pensadas e mal planeadas.
Consolo-me a ouvir John Vickers a cantar o Peter Grimes de Britten. Esses sim ficaram para sempre."
Jon Vickers sings Peter Grimes' entrance aria in Act I scene 2 of Britten's opera, directed by Elijah Moshinsky.
youtube.com
Salzburg, 6 de Abril de 1774
Efeméride mozartiana [II]
Sinfonia No. 29
Efeméride mozartiana [II]
Sinfonia No. 29
Esta Sinfonia em Lá Maior, KV. 201, apresenta-nos um Mozart que, em termos de orquestração, se apresenta na expressão «mais económica» uma vez que apenas temos as habituais cordas, oboés e trompas. É uma peça em que, aos 18 anos, o compositor mostra ter aprendido as lições da música de câmara, intensificando o argumento e abrindo o seu primeiro andamento, na forma sonata, com uma passagem só para cordas que, seguidamente, é repetida por toda a orquestra.
Não há dúvida de que há aqui evidência de um novo espírito, com os instrumentos sendo trabalhados de acordo com todas as suas potencialidades. O ‘Andante’ central aparenta-se muito com um quarteto de cordas ao qual se juntou dois pares de instrumentos de sopro.
O ‘Menuetto’ seguinte faz gala da graciosidade da dança - contra uma violência que não voltaria a aparecer senão no Beethoven inicial - e o ‘Allegro com spirito’ derradeiro contém uma das mais originais secções de desenvolvimento que Mozart tinha ousado escrever por esta altura.
De facto, com esta sinfonia, é lícito poder afirmar que o compositor acabara de percorrer o longo caminho desde a designada Abertura italiana para, declaradamente, entrar na autêntica sinfonia clássica. Faz hoje precisamente 242 anos.
Eis uma estupenda interpretação por The Academy of Ancient Music, sob a direcção de Christopher Hogwood.
https://youtu.be/XAxyas7t32Y
Boa audição!
[Salzburg, séc. XVIII]
Não há dúvida de que há aqui evidência de um novo espírito, com os instrumentos sendo trabalhados de acordo com todas as suas potencialidades. O ‘Andante’ central aparenta-se muito com um quarteto de cordas ao qual se juntou dois pares de instrumentos de sopro.
O ‘Menuetto’ seguinte faz gala da graciosidade da dança - contra uma violência que não voltaria a aparecer senão no Beethoven inicial - e o ‘Allegro com spirito’ derradeiro contém uma das mais originais secções de desenvolvimento que Mozart tinha ousado escrever por esta altura.
De facto, com esta sinfonia, é lícito poder afirmar que o compositor acabara de percorrer o longo caminho desde a designada Abertura italiana para, declaradamente, entrar na autêntica sinfonia clássica. Faz hoje precisamente 242 anos.
Eis uma estupenda interpretação por The Academy of Ancient Music, sob a direcção de Christopher Hogwood.
https://youtu.be/XAxyas7t32Y
Boa audição!
[Salzburg, séc. XVIII]
Excelente notícia !
Agora, além da entrada gratuita em cada Domingo de todo o ano, os residentes no concelho de Sintra ainda têm mais uma invejável razão para que, efectivamente, aproveitem a vantagem de que já beneficiam.
Em especial, penso nas crianças e jovens que, em família, poderão gozar um dia inteiro, beneficiando dos maiores privilégios, partilhando inúmeras formas de Beleza, num local único e maravilhoso, no convivío com a Arte.
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Ver Mais
Agora, além da entrada gratuita em cada Domingo de todo o ano, os residentes no concelho de Sintra ainda têm mais uma invejável razão para que, efectivamente, aproveitem a vantagem de que já beneficiam.
Em especial, penso nas crianças e jovens que, em família, poderão gozar um dia inteiro, beneficiando dos maiores privilégios, partilhando inúmeras formas de Beleza, num local único e maravilhoso, no convivío com a Arte.
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Na realidade, bem poderá dizer-se não ser inteligente desperdiçar tamanha oportunidade... E, naturalmente, de modo algum, terá razão o residente no concelho ao afirmar serem caros os bilhetes de acesso, dando-se ao luxo de rejeitar esta possibilidade oferecida pela Parques de Sintra.
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De qualquer modo, infelizmente, tal contra-senso é frequentíssimo porque extremamente residual, baixíssima, no cômputo geral dos visitantes, a percentagem daqueles que, estando abrangidos por tão evidente benefício, preferem outras actividades.
Enfim, preferências não se discutem. Mas, então, não se queixem...
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De qualquer modo, infelizmente, tal contra-senso é frequentíssimo porque extremamente residual, baixíssima, no cômputo geral dos visitantes, a percentagem daqueles que, estando abrangidos por tão evidente benefício, preferem outras actividades.
Enfim, preferências não se discutem. Mas, então, não se queixem...
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A partir do próximo fim de semana, o segundo e quarto domingos de cada mês vão ser dias de música no Palácio de Monserrate. No âmbito da iniciativa “Domingos ao... Piano”, o pianista Raúl Pinto tocará na Sala da Música, procurando recriar o ambiente histórico e estético nas visitas a Monserrate. O evento, apresentado num formato descontraído, decorre entre as 15h00 e as 17h00. A entrada é livre mediante a aquisição de bilhete para o Parque e Palácio de Monserrate. Não perca smile emoticon
Mais informações em: http://www.parquesdesintra.pt/…/domingos-ao-piano-no-palaci…
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Mais informações em: http://www.parquesdesintra.pt/…/domingos-ao-piano-no-palaci…
Em 6 de Abril de 1785
Efeméride mozartiana e maçónica [I]
É esta a data da Iniciação de Leopold Mozart, na Loja Maçónica “Zur Wohlthätigkeit” [Beneficência], em Viena, a mesma oficina à qual já pertencia o seu filho. Ainda que não haja certeza absoluta, tudo leva a crer que, para a ocasião, mas previamente, a 26 de Março, Wolfgang tivesse composto ‘Lied zur Gesellenreise’, [Canção para a viagem do Companheiro] KV. 468.
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Efeméride mozartiana e maçónica [I]
É esta a data da Iniciação de Leopold Mozart, na Loja Maçónica “Zur Wohlthätigkeit” [Beneficência], em Viena, a mesma oficina à qual já pertencia o seu filho. Ainda que não haja certeza absoluta, tudo leva a crer que, para a ocasião, mas previamente, a 26 de Março, Wolfgang tivesse composto ‘Lied zur Gesellenreise’, [Canção para a viagem do Companheiro] KV. 468.
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Domenico Cimarosa,
o pedagogo
Breves palavras para lembrar uma obra de Domenico Cimarosa (1749-1801) “Il Maestro di Cappella”, subtitulada como ‘intermezzo giocoso per voce di basso’. Engraçadíssima, trata-se de uma peça, datada de Nápoles, 1790, acerca da qual me escuso de produzir considerações que nada acrescentariam às evidências registadas na gravação que vos proponho.
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o pedagogo
Breves palavras para lembrar uma obra de Domenico Cimarosa (1749-1801) “Il Maestro di Cappella”, subtitulada como ‘intermezzo giocoso per voce di basso’. Engraçadíssima, trata-se de uma peça, datada de Nápoles, 1790, acerca da qual me escuso de produzir considerações que nada acrescentariam às evidências registadas na gravação que vos proponho.
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Um maestro - Lorenzo Regazzo, o barítono que, no caso deste registo, protagoniza a figurdo dirigente - anuncia à sua orquestra que pretende dirigir uma ária de Scarlatti ‘à maneira antiga’, pedindo aos músicos que o sigam com todo o empenho.
Ao começar o ensaio, demonstra o que espera dos violinos, mas é interrompido pelos oboés. Mesmo antes de poder recomeçar, irrompe o contrabaixo. Perante mais uma tentativa, os violinos e as flautas erram na entrada e, mais uma vez, o contrabaixo volta a fazer troça dele.
As coisas complicam-se muito com certas exigências técnicas, como o staccatto ou tocar com a ponta do arco e, no momento em que as trompas também fazem a sua desfeita, o caos parece instalar-se. No entanto, para surpresa geral, o tutti final é perfeitamente correcto. Finalmente, o maestro promete uma peça ainda mais interessante para o próximo ensaio e despede-se dos músicos.
Ora, o pedagogo...
Na esmagadora maioria dos casos, quando se pensa em peças musicais afins da familiarização das crianças e jovens com os instrumentos da orquestra, ocorrem imediatamente os casos de “Young Person’s Guide to the Orchestra”, de Benjamin Britten ou “Pedro e o Lobo” de Serguei Prokofiev. Rarissimamente, alguém se lembra de “Il Maestro di Cappella” de Cimarosa que tenho usado com tanto êxito.
Se não conhecem, assistam atentamente e verifiquem como, também nesta perspectiva, tenho razão quanto ao aproveitamento de peça para fins pedagógicos. E, se concordarem comigo, ponham os vossos miúdos, filhos, sobrinhos, netos, os vossos alunos a verem e a ouvirem este quase esquecido legado de Cimarosa.
Além do já referido Lorenzo Regazzo, 'a orquestra de serviço' é a prestigiada I Suonatori della Gioiosa Marca sob direcção de
Guia Buzzi.
Boa audição!
https://youtu.be/aikHbdASlBo
Ao começar o ensaio, demonstra o que espera dos violinos, mas é interrompido pelos oboés. Mesmo antes de poder recomeçar, irrompe o contrabaixo. Perante mais uma tentativa, os violinos e as flautas erram na entrada e, mais uma vez, o contrabaixo volta a fazer troça dele.
As coisas complicam-se muito com certas exigências técnicas, como o staccatto ou tocar com a ponta do arco e, no momento em que as trompas também fazem a sua desfeita, o caos parece instalar-se. No entanto, para surpresa geral, o tutti final é perfeitamente correcto. Finalmente, o maestro promete uma peça ainda mais interessante para o próximo ensaio e despede-se dos músicos.
Ora, o pedagogo...
Na esmagadora maioria dos casos, quando se pensa em peças musicais afins da familiarização das crianças e jovens com os instrumentos da orquestra, ocorrem imediatamente os casos de “Young Person’s Guide to the Orchestra”, de Benjamin Britten ou “Pedro e o Lobo” de Serguei Prokofiev. Rarissimamente, alguém se lembra de “Il Maestro di Cappella” de Cimarosa que tenho usado com tanto êxito.
Se não conhecem, assistam atentamente e verifiquem como, também nesta perspectiva, tenho razão quanto ao aproveitamento de peça para fins pedagógicos. E, se concordarem comigo, ponham os vossos miúdos, filhos, sobrinhos, netos, os vossos alunos a verem e a ouvirem este quase esquecido legado de Cimarosa.
Além do já referido Lorenzo Regazzo, 'a orquestra de serviço' é a prestigiada I Suonatori della Gioiosa Marca sob direcção de
Guia Buzzi.
Boa audição!
https://youtu.be/aikHbdASlBo
4 Abril de 1770
Efeméride Mozartiana
Os Mozart, pai e filho, estavam de passagem por Floreça. Numa visita a Corilla Olimpica, pseudónimo arcádico de Maddalena Morelli-Fernandez, encontram-se com o jovem violinista Inglês Thomas Linley (1756- 1778).
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Efeméride Mozartiana
Os Mozart, pai e filho, estavam de passagem por Floreça. Numa visita a Corilla Olimpica, pseudónimo arcádico de Maddalena Morelli-Fernandez, encontram-se com o jovem violinista Inglês Thomas Linley (1756- 1778).
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Na ocasião, a Signora Morelli compõe um soneto alusivo à partida de Florença do jovem Wolfgang, poema que, no dia 21 do mesmo mês, Leopold remete para Salzburg, incluído numa carta em que também escreve:
"(...) Em Florença também nos encontrámos com um jovem Inglês que foi aluno do famoso violinista Nardini. Este rapaz, que toca maravilhosamente e tem a mesma idade e estatura de Wolfgang, veio a casa da poeta Signora Corilla que estávamos visitando na sequência de uma recomendação do Senhor Laugier. Durante toda a tarde os rapazes foram tocando alternadamente, sempre muito elogiados. (…) No dia seguinte, jantámos com o senhor Gavard, o Ministro das Finanças do Grão Duque, tendo ambos os rapazes tocado alternadamente não como garotos mas como adultos! Tomaso [Thomas Linley] acompanhou-nos a casa, chorando amargamente porque tínhamos de partir no dia seguinte.
(…)”
Thomas Linley, que faleceria em 1778, tornou-se um bom amigo de Wolfgang e também se revelou um interessante compositor. De sua autoria "Arise! ye spirits of the storm", peça cuja audição vos proponho na interpretação da Orquestra de Câmara Pratum Integrum e do grupo vocal Intrada, da música para “The Tempest”, numa gravação obtida durante o 'Festival Noites de Dezembro' no Museu Pushkin de Belas Artes de Moscovo, em 15 de Dezembro de 2011. Dirige Ekaterina Antonenko.
Boa audição!
https://youtu.be/2Uk9sNQAt4s
_________________
PS:
Com especial dedicatória à minha amiga Helena Vaz Gomes que - tal como os Mozart há 246 anos - tendo estado em Florença (onde voltou pela terceira vez) por estes dias, enviou as mais invejáveis fotos, bem confirmando como, seja qual for o lugar, nunca será uma turista...
[Ilust. Maddalena Morelli-Fernandez; Thomas Linley, retratado por Gainsbourgh]
"(...) Em Florença também nos encontrámos com um jovem Inglês que foi aluno do famoso violinista Nardini. Este rapaz, que toca maravilhosamente e tem a mesma idade e estatura de Wolfgang, veio a casa da poeta Signora Corilla que estávamos visitando na sequência de uma recomendação do Senhor Laugier. Durante toda a tarde os rapazes foram tocando alternadamente, sempre muito elogiados. (…) No dia seguinte, jantámos com o senhor Gavard, o Ministro das Finanças do Grão Duque, tendo ambos os rapazes tocado alternadamente não como garotos mas como adultos! Tomaso [Thomas Linley] acompanhou-nos a casa, chorando amargamente porque tínhamos de partir no dia seguinte.
(…)”
Thomas Linley, que faleceria em 1778, tornou-se um bom amigo de Wolfgang e também se revelou um interessante compositor. De sua autoria "Arise! ye spirits of the storm", peça cuja audição vos proponho na interpretação da Orquestra de Câmara Pratum Integrum e do grupo vocal Intrada, da música para “The Tempest”, numa gravação obtida durante o 'Festival Noites de Dezembro' no Museu Pushkin de Belas Artes de Moscovo, em 15 de Dezembro de 2011. Dirige Ekaterina Antonenko.
Boa audição!
https://youtu.be/2Uk9sNQAt4s
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PS:
Com especial dedicatória à minha amiga Helena Vaz Gomes que - tal como os Mozart há 246 anos - tendo estado em Florença (onde voltou pela terceira vez) por estes dias, enviou as mais invejáveis fotos, bem confirmando como, seja qual for o lugar, nunca será uma turista...
[Ilust. Maddalena Morelli-Fernandez; Thomas Linley, retratado por Gainsbourgh]
Vianna da Motta,
beneficiário do mecenato
dos Senhores D. Fernando II e Condessa d' Edla
beneficiário do mecenato
dos Senhores D. Fernando II e Condessa d' Edla
Em 18 de Março, no Salão Nobre do Teatro da Trindade, foi lançada ...
SÁBADO,
9 DE ABRIL,
MONSERRATE
Toda a passarada!
9 DE ABRIL,
MONSERRATE
Toda a passarada!
Agora é que vai ser!
Há tanto para conhecer sobre estes nossos amigos da Serra de Sintra!
E o que temos para lhes 're-conhecer' entre os belíssimos serviços que nos prestam?!
GRATUITO !
Há tanto para conhecer sobre estes nossos amigos da Serra de Sintra!
E o que temos para lhes 're-conhecer' entre os belíssimos serviços que nos prestam?!
GRATUITO !
Gostava de aprender a distinguir as espécies de aves que é possível observar na Serra de Sintra? No próximo sábado, 9 de abril, participe na atividade “Conhecer... as Aves”, no Parque de Monserrate, e fique a saber mais sobre estes animais e a sua importância para o ecossistema.
Mais informações e inscrições em: http://www.parquesdesintra.pt/…/conhecer-as-aves-sessao-de-…
Saber mais sobre as aves que é possível observar na Serra de Sintra e a sua importância para o ecossistema.
parquesdesintra.PT
Recital do desconsolo
Ontem, ao fim da tarde na Gulbenkian, recital de Ingrid Fliter para fazer um programa exclusivamente afecto a obras de Chopin, com os 24 Préludes, op. 28 em destaque.
Ao intervalo, perante as minhas mais evidentes reticências quanto ao gabarito da senhora - que, para ser generoso na apreciação sumaríssima, havia revelado manifesta falta de serenidade e um desproporcionado ataque com a mão esquerda aos acordes 'sob sua tutela' - um bom amigo replicava-me ...que Ingrid Fliter 'era mais 'tango', em directa referência à sua nacionalidade argentina e à cidade natal de Buenos Ayres...
Nessa conversa de intervalo, um outro companheiro do Ciclo de Piano, lembrando que, entre outras, o programa de sala propunha, como credenciação, o facto de a pianista ter sido disrtinguida pela Revista 'Gramophone', logo acrescentava como esta publicação está «dependente« dos favores das grandes discográficas. Enfim, bem sabemos o que valem tais distinções.
A segunda parte, totalmente preenchida pelos 'Préludes', apenas confirmou o desassossego anterior. E ponto final, não vos incomodo com mais comentários porque me dava demasiado trabalho para tão pouca substância.
Mas não vos deixarei neste desconsolo já que proponho a partilha de uma leitura impecável desta obra, por András Schiff que, com uma paradigmática interpretação, abrange todos os matizes, as suas mais sofisticadas subtilezas.
Boa Audição!
https://youtu.be/gH6BROnIYQA
['Dois homens contemplam a Lua' de Caspar David Friedrich, pintura reproduzida no aludido programa de sala do recital]
Ontem, ao fim da tarde na Gulbenkian, recital de Ingrid Fliter para fazer um programa exclusivamente afecto a obras de Chopin, com os 24 Préludes, op. 28 em destaque.
Ao intervalo, perante as minhas mais evidentes reticências quanto ao gabarito da senhora - que, para ser generoso na apreciação sumaríssima, havia revelado manifesta falta de serenidade e um desproporcionado ataque com a mão esquerda aos acordes 'sob sua tutela' - um bom amigo replicava-me ...que Ingrid Fliter 'era mais 'tango', em directa referência à sua nacionalidade argentina e à cidade natal de Buenos Ayres...
Nessa conversa de intervalo, um outro companheiro do Ciclo de Piano, lembrando que, entre outras, o programa de sala propunha, como credenciação, o facto de a pianista ter sido disrtinguida pela Revista 'Gramophone', logo acrescentava como esta publicação está «dependente« dos favores das grandes discográficas. Enfim, bem sabemos o que valem tais distinções.
A segunda parte, totalmente preenchida pelos 'Préludes', apenas confirmou o desassossego anterior. E ponto final, não vos incomodo com mais comentários porque me dava demasiado trabalho para tão pouca substância.
Mas não vos deixarei neste desconsolo já que proponho a partilha de uma leitura impecável desta obra, por András Schiff que, com uma paradigmática interpretação, abrange todos os matizes, as suas mais sofisticadas subtilezas.
Boa Audição!
https://youtu.be/gH6BROnIYQA
['Dois homens contemplam a Lua' de Caspar David Friedrich, pintura reproduzida no aludido programa de sala do recital]
Viena, 3 de Abril de 1897,
morte de Johannes Brahms (n. 1833)
Hoje, II Domingo da Páscoa
...Continuar a ler
morte de Johannes Brahms (n. 1833)
Hoje, II Domingo da Páscoa
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Johannes Brahms - Ein Deutsches Requiem Op. 45 for soprano and baritone solo, chorus and orchestra. Baritone Vocals -- Dietrich Fischer-Dieskau Chorus --…
youtube.com
3 de Abril de 1639
Alessandro Stradella
Assinalando o seu nascimento (m.1682) proponho a partilha desta Sonata em Lá menor para Violino e Baixo Contínuo (tema e 24 variações) na interpretação de Paul O'Dette, no arquialaúde, Mary Springfels, viola da gamba, Ingrid Matthews, violino e Barbara Weiss, cravo e órgão.
Alessandro Stradella
Assinalando o seu nascimento (m.1682) proponho a partilha desta Sonata em Lá menor para Violino e Baixo Contínuo (tema e 24 variações) na interpretação de Paul O'Dette, no arquialaúde, Mary Springfels, viola da gamba, Ingrid Matthews, violino e Barbara Weiss, cravo e órgão.
2 de Abril de 2015
Manuel de Oliveira,
a morte há um ano
Ainda a propósito desta efeméride, um interessante documento para melhor entender o Homem de Arte que foi.
Manuel de Oliveira,
a morte há um ano
Ainda a propósito desta efeméride, um interessante documento para melhor entender o Homem de Arte que foi.
snpcultura.org|De Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
2 Abril 1781
Efeméride mozartiana
Viena. Mozart estava há muito pouco tempo instalado na capital quando compôs este Rondo em Dó Maior para Violino e Orquestra, KV. 373.
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Efeméride mozartiana
Viena. Mozart estava há muito pouco tempo instalado na capital quando compôs este Rondo em Dó Maior para Violino e Orquestra, KV. 373.
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Na gravação que vos proponho, o solista é Renaud Capuçon que toca com a National Japan Philarmonic Orchestra, sob a direcção de Christian Arming.
Boa audição!
Ver MaisBoa audição!
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 1791) Rondo For Violin & Orchestra in C, Kv 373 Rondo para VIolin y Orquesta en Do Mayor, Kv 373 Renaud Capucon,…
youtube.com
Dante Alighieri
La Divina Commedia
Inferno
La Divina Commedia
Inferno
Canto V
A pensar no meu amigo Massimo Mazzeo, que, hoje à tarde, vai dar voz a algumas das mais belas palavras já escritas pelo Homem [https://www.facebook.com/events/905874226198894/], eis o grande Vittorio Gassman dando resposta ao estupendo desafio.
É tão expressivo, tão próximo do nosso total entendimento, assume de tal maneira o que é preciso que, certamente, se surpreenderão por nem lhes passar pela cabeça a necessidade de tradução. De qualquer modo, se precisarem, pensem na versão para Português de Vasco Graça Moura. Óptima.
Além do Massimo Mazzeo, para quem esta obra é 'o pedestal da sua vida', outras duas pessoas sempre me ocorrem quando pego em "La Divina Commedia", suas compatriotas, Olga Nicolis di Robillant Álvares Pereira de Melo, a Senhora Marquesa de Cadaval, que se reclamava-se da 'herança directa', e ainda a grande pianista Nella Maissa.
Como os entendo, estes três grandes italianos, meu Deus! Absolutamente imprescindível.
Deleitem-se!
Boa Audição!
https://youtu.be/Q5er_13VDtw
A pensar no meu amigo Massimo Mazzeo, que, hoje à tarde, vai dar voz a algumas das mais belas palavras já escritas pelo Homem [https://www.facebook.com/events/905874226198894/], eis o grande Vittorio Gassman dando resposta ao estupendo desafio.
É tão expressivo, tão próximo do nosso total entendimento, assume de tal maneira o que é preciso que, certamente, se surpreenderão por nem lhes passar pela cabeça a necessidade de tradução. De qualquer modo, se precisarem, pensem na versão para Português de Vasco Graça Moura. Óptima.
Além do Massimo Mazzeo, para quem esta obra é 'o pedestal da sua vida', outras duas pessoas sempre me ocorrem quando pego em "La Divina Commedia", suas compatriotas, Olga Nicolis di Robillant Álvares Pereira de Melo, a Senhora Marquesa de Cadaval, que se reclamava-se da 'herança directa', e ainda a grande pianista Nella Maissa.
Como os entendo, estes três grandes italianos, meu Deus! Absolutamente imprescindível.
Deleitem-se!
Boa Audição!
https://youtu.be/Q5er_13VDtw
Sergei Rachmaninov [II]
Continuando a celebrar o 143º aniversário (nascido em 1 de Abril de 1873), trago-o agora como autor da ópera cuja audição hoje vos proponho. Nesta circunstância, também homenageio o meu pai a quem devo o primeiro acesso a Francesca da Rimini, não só como personagem deste drama lírico mas também da homónima obra de Tchaikovsky.
Francesca da Rimini (Francesca da Polenta), (Ravena, 1255 – Gradara, 1285), famosa pela sua beleza, terá nascido em Ravena. O p...ai, Guido da Polenta, governador da cidade, estava em guerra com a família Malatesta, de Rimini.
Continuando a celebrar o 143º aniversário (nascido em 1 de Abril de 1873), trago-o agora como autor da ópera cuja audição hoje vos proponho. Nesta circunstância, também homenageio o meu pai a quem devo o primeiro acesso a Francesca da Rimini, não só como personagem deste drama lírico mas também da homónima obra de Tchaikovsky.
Francesca da Rimini (Francesca da Polenta), (Ravena, 1255 – Gradara, 1285), famosa pela sua beleza, terá nascido em Ravena. O p...ai, Guido da Polenta, governador da cidade, estava em guerra com a família Malatesta, de Rimini.
Quando as famílias negociaram um acordo de paz, a conveniência ditou que Francesca casaria com Giovanni Malatesta (Gianciotto), homem instruído mas fisicamente deformado, filho mais velho de Malatesta da Verucchio, senhor de Rimini.
No casamento, por procuração, interveio Paolo Malatesta, homem belo, irmão mais novo de Giovanni. Francesca e Paolo, que se apaixonam, mais tarde, foram surpreendidos e assassinados por Giovanni.
De acordo com Dante, o episódio de amor entre Francesca e Paolo foi influenciado pela leitura da história de Lancelote e Guinevere, tendo integrado o Canto V, 'O inferno', da "Divina Comédia".
A gravação que vos proponho refere-se a uma das mais recentes produções desta obra, pela Opera National de la Lorraine, Nancy. Interpretação a cargo de:
Fantasma de Virgilio : Igor Gnidii
Dante : Suren Maksutov
Lanceotto Malatesta : Alexander Vinogradov
Francesca : Gelena Gaskarova
Paolo : Evgeny Liberman
Direccção de Merion Powel
Boa Audição!
https://youtu.be/gqGBpjqiVyA
[com especial dedicatória ao meu querido amigo Maestro Massimo Mazzeo que, amanhã, recitará um excerto da "Divina Comedia" https://www.facebook.com/events/905874226198894/]
No casamento, por procuração, interveio Paolo Malatesta, homem belo, irmão mais novo de Giovanni. Francesca e Paolo, que se apaixonam, mais tarde, foram surpreendidos e assassinados por Giovanni.
De acordo com Dante, o episódio de amor entre Francesca e Paolo foi influenciado pela leitura da história de Lancelote e Guinevere, tendo integrado o Canto V, 'O inferno', da "Divina Comédia".
A gravação que vos proponho refere-se a uma das mais recentes produções desta obra, pela Opera National de la Lorraine, Nancy. Interpretação a cargo de:
Fantasma de Virgilio : Igor Gnidii
Dante : Suren Maksutov
Lanceotto Malatesta : Alexander Vinogradov
Francesca : Gelena Gaskarova
Paolo : Evgeny Liberman
Direccção de Merion Powel
Boa Audição!
https://youtu.be/gqGBpjqiVyA
[com especial dedicatória ao meu querido amigo Maestro Massimo Mazzeo que, amanhã, recitará um excerto da "Divina Comedia" https://www.facebook.com/events/905874226198894/]
1 de Abril de 1873
Sergei Rachmaninov [I]
Celebrando o aniversário, ouçamos a sua "Rapsódia sobre um tema de Paganini", na interpretação inspiradíssima do jovem pianista Daniil Trifonov com a Orquestra Filarmonica de Israel sob a direcção de Zubin Mehta, num concerto ao vivo em Tel Aviv, em 26 de Dezebro de 2011.
A propósito, lembro que Trifonov adiou o recital que esteve marcado para o passado dia 20 de Fereiro na Gulbenkian. A última vez que cá esteve foi em 4 de Fevereiro de 2015, no mesmo auditório, com uma fabulosa prestação. Não tenho a menor dúvida de que já é um dos grandes valores da pianística mundial.
Boa audição!
https://youtu.be/AAu6BRWL8p8
Sergei Rachmaninov [I]
Celebrando o aniversário, ouçamos a sua "Rapsódia sobre um tema de Paganini", na interpretação inspiradíssima do jovem pianista Daniil Trifonov com a Orquestra Filarmonica de Israel sob a direcção de Zubin Mehta, num concerto ao vivo em Tel Aviv, em 26 de Dezebro de 2011.
A propósito, lembro que Trifonov adiou o recital que esteve marcado para o passado dia 20 de Fereiro na Gulbenkian. A última vez que cá esteve foi em 4 de Fevereiro de 2015, no mesmo auditório, com uma fabulosa prestação. Não tenho a menor dúvida de que já é um dos grandes valores da pianística mundial.
Boa audição!
https://youtu.be/AAu6BRWL8p8
1 de Abril de 1956
Fernando Roboredo Seara
Entra no meu clube. Melhor explicar, não vá haver mal-entendidos. Embora do Belenenses, também pertenço ao clube dos sexagenários e já estou quase na linha final. Pois é, precisamente neste, que o meu amigo hoje ingressa. E não podia estar com melhor aspecto!
...
Fernando Roboredo Seara
Entra no meu clube. Melhor explicar, não vá haver mal-entendidos. Embora do Belenenses, também pertenço ao clube dos sexagenários e já estou quase na linha final. Pois é, precisamente neste, que o meu amigo hoje ingressa. E não podia estar com melhor aspecto!
...
Neste mural, a celebrar a efeméride, aí está essa tríade de ilustrações que preciso explicar. Primeiramente, ei-lo, no meio de livros. É como eu gosto de o ter presente. Homem de cultura, escreve muito bem. E, nos seus escritos, seja qual for a índole ou o enquadramentosempre, sempre, sempre, vou encontrar pensamentos, citações com que, semanalmente, vou enriquecendo o meu manancial.
Em segundo lugar, a Senhora D. Leonor Cunha, mãe do Fernando Cunha Cunha, nosso comum e querido amigo, ela que é a matriarca da família e alma mater da Piriquita. A Piriquita, portanto, como memória da Sintra que Fernando Roboredo Seara tem no coração. E não outra imagem porque ainda arriscaria levar, «colada à pele», alguns indícios dos geracionais e actuais «descuidos» que tanto me penalizam...
Por fim, Johann Sebastian, o grande mestre do barroco que o Prof. Fernando Roboredo Seara tanto enaltece. Aquele 'Prof.' não aparece, por acaso, a preceder o seu nome. A ele que é professor, lhe dedico a audição do excerto (VII) de uma das Cantatas Profanas de Bach, a BWV 36 c, que foi composta para homenagear um professor. Convém esclarecer que não é a primeira vez que faço esta 'partida' ao meu querido amigo. Mas poderá ele queixar-se desta minha insistência?
Com um grande abraço de parabéns, com votos das maiores felicidades, estas lembranças cordiais. Cordiais, do coração!
E boa Audição!
https://youtu.be/Y3lRdb5BSGA
Em segundo lugar, a Senhora D. Leonor Cunha, mãe do Fernando Cunha Cunha, nosso comum e querido amigo, ela que é a matriarca da família e alma mater da Piriquita. A Piriquita, portanto, como memória da Sintra que Fernando Roboredo Seara tem no coração. E não outra imagem porque ainda arriscaria levar, «colada à pele», alguns indícios dos geracionais e actuais «descuidos» que tanto me penalizam...
Por fim, Johann Sebastian, o grande mestre do barroco que o Prof. Fernando Roboredo Seara tanto enaltece. Aquele 'Prof.' não aparece, por acaso, a preceder o seu nome. A ele que é professor, lhe dedico a audição do excerto (VII) de uma das Cantatas Profanas de Bach, a BWV 36 c, que foi composta para homenagear um professor. Convém esclarecer que não é a primeira vez que faço esta 'partida' ao meu querido amigo. Mas poderá ele queixar-se desta minha insistência?
Com um grande abraço de parabéns, com votos das maiores felicidades, estas lembranças cordiais. Cordiais, do coração!
E boa Audição!
https://youtu.be/Y3lRdb5BSGA
1 de Abril de 1996
[Morte de]
Mário Viegas
Mário Viegas
Já foi há 20 anos! Recordemo-lo a partir de um documento que bem nos diz o que ele fazia de melhor. Dá voz à "Cantiga dos ais", um poema curiosíssimo de Armindo Mendes de Carvalho que estaria esquecido não tivesse sido a acutilância de Mário Viegas na decisão de o gravar para a nossa partilha.
Não é qiue precisem do texto 'para acompanhar'. Se o propusesse com esse objectivo seria quase sacrílego já que a sua prestação, absolutamente fabulosa, o dispensa. O poema aí está, isso sim, para que o possam guardar, se nisso virem vantagem.
AI OS AIS DESTE PAÍS
Eu considero mesmo que sim. A título de sugestão, muito melhor do que eu faria, eis umas linhas de um artigo de Serafim Ferreira que, espero bem, possa suscitar-vos a curiosidade de irem em demanda do poeta:
"(...) Mendes de Carvalho sempre se afirmou na poesia como uma voz "discordante" e quase isolada no reino dos nossos salamaleques: poucas vezes se podem encontrar no mesmo caminho Mário Cesariny, Alexandre O'Neill, Ary dos Santos ou Blanc de Portugal, sobretudo nas Odes Pedestres. Mas poucos mais poetas se contam em rigor e se devem enquadrar nesse caminho literário que, por ser limitado, tantas vezes se considera quase um "género menor" nas variadas formas de expressão (...)
[in "Uma poesia crítica e satírica", Serafim Ferreira, crítico literário]
Então, Mário Viegas.
Façam o favor de gozar este momento. Como deve ser!...
Boa Audição!
https://youtu.be/YzN9uqb97bA
_____________________________________
Cantiga dos Ais
Os ais de todos os dias,
os ais de todas as noites.
Ais do fado e do folclore,
o ai do ó ai ó linda.
Os ais que vêm do peito,
ai pobre dele, coitado
que tão cedo se finou!
Os ais que vêm da alma.
Ais d’ amor e de comédia,
ai pobre da rapariga
que se deixou enganar…
ai a dor daquela mãe.
Os ais que vêm do sexo,
os ais do prazer na cama.
Os ais da pobre senhora
agarrada ao travesseiro
ai que saudades, saudades,
os ais tão cheios de luto
da viúva inconsolável.
Ai pobre daquele velhinho:
_ai que saudades menina,
ai a velhice é tão triste.
Os ais do rico e do pobre
ai o espinho da rosa
os ais do António Nobre.
Ais do peito e da poesia
e os ais de outras coisas mais.
Ai a dor que tenho aqui,
ai o gajo também é,
ai a vida que tu levas,
ai tu não faças asneiras,
ai mulher és o demónio,
ai que terrível tragédia,
ai a culpa é do António!
Ai os ais de tanta gente…
ai que já é dia oito
ai o que vai ser de nós.
E os ais dos liriquistas
a chorar compreensão?
ai que vontade de rir.
E os ais de D. Dinis
Ai Deus e u é…
Triste de quem der um ai
sem achar eco em ninguém.
Os ais da vida e da morte
Ai os ais deste país…
[Armindo Mendes de Carvalho
(1927/1988)]
Não é qiue precisem do texto 'para acompanhar'. Se o propusesse com esse objectivo seria quase sacrílego já que a sua prestação, absolutamente fabulosa, o dispensa. O poema aí está, isso sim, para que o possam guardar, se nisso virem vantagem.
AI OS AIS DESTE PAÍS
Eu considero mesmo que sim. A título de sugestão, muito melhor do que eu faria, eis umas linhas de um artigo de Serafim Ferreira que, espero bem, possa suscitar-vos a curiosidade de irem em demanda do poeta:
"(...) Mendes de Carvalho sempre se afirmou na poesia como uma voz "discordante" e quase isolada no reino dos nossos salamaleques: poucas vezes se podem encontrar no mesmo caminho Mário Cesariny, Alexandre O'Neill, Ary dos Santos ou Blanc de Portugal, sobretudo nas Odes Pedestres. Mas poucos mais poetas se contam em rigor e se devem enquadrar nesse caminho literário que, por ser limitado, tantas vezes se considera quase um "género menor" nas variadas formas de expressão (...)
[in "Uma poesia crítica e satírica", Serafim Ferreira, crítico literário]
Então, Mário Viegas.
Façam o favor de gozar este momento. Como deve ser!...
Boa Audição!
https://youtu.be/YzN9uqb97bA
_____________________________________
Cantiga dos Ais
Os ais de todos os dias,
os ais de todas as noites.
Ais do fado e do folclore,
o ai do ó ai ó linda.
Os ais que vêm do peito,
ai pobre dele, coitado
que tão cedo se finou!
Os ais que vêm da alma.
Ais d’ amor e de comédia,
ai pobre da rapariga
que se deixou enganar…
ai a dor daquela mãe.
Os ais que vêm do sexo,
os ais do prazer na cama.
Os ais da pobre senhora
agarrada ao travesseiro
ai que saudades, saudades,
os ais tão cheios de luto
da viúva inconsolável.
Ai pobre daquele velhinho:
_ai que saudades menina,
ai a velhice é tão triste.
Os ais do rico e do pobre
ai o espinho da rosa
os ais do António Nobre.
Ais do peito e da poesia
e os ais de outras coisas mais.
Ai a dor que tenho aqui,
ai o gajo também é,
ai a vida que tu levas,
ai tu não faças asneiras,
ai mulher és o demónio,
ai que terrível tragédia,
ai a culpa é do António!
Ai os ais de tanta gente…
ai que já é dia oito
ai o que vai ser de nós.
E os ais dos liriquistas
a chorar compreensão?
ai que vontade de rir.
E os ais de D. Dinis
Ai Deus e u é…
Triste de quem der um ai
sem achar eco em ninguém.
Os ais da vida e da morte
Ai os ais deste país…
[Armindo Mendes de Carvalho
(1927/1988)]
Gideon Klein,
entre tantos...
entre tantos...
Uma das mais interessantes secções da minha discoteca é a que dedico aos músicos cuja obra foi considerada degenerada pelos próceres do nacional-socialismo. Quem me conhece, sabe a importância que consigno a este segmento, tão recente, da História da Música.
...
Durante aquele período - e só estou a referir-me àquele período - a Música suscitou a afirmação de causas que, em determinadas circunstâncias, levaram à morte dos seus autores. Há muito boa gente a que assim não pensa e que, apenas aos escritores, reserve o honroso e nobre monopólio do sacrifício da vida em consequência da afirmação da palavra corajosa. A 'Música Degenerada' confirma como essas pessoas não têm razão.
O que agora vos proponho é apenas o brevíssimo excerto de um "Trio" deste garoto dotadíssimo que os nazis assassinaram aos 26 anos. Hei-de propor-vos, com uma certa sistematização, a audição de peças de excelentes compositores que não conseguiram safar-se a tempo daquele inferno.
Gostaria de coinvosco partilhar a ideia de que conhecer e desfrutar a música composta por quem viveu o mais sofisticado dos martírios é um exercício de liberdade que, afinal, apenas noutro dia conquistámos. E, ainda, a lúcida convicção de que tal conquista pode ser tudo menos definitiva...
Boa Audição!
http://youtu.be/wru2Jje7VNA
O que agora vos proponho é apenas o brevíssimo excerto de um "Trio" deste garoto dotadíssimo que os nazis assassinaram aos 26 anos. Hei-de propor-vos, com uma certa sistematização, a audição de peças de excelentes compositores que não conseguiram safar-se a tempo daquele inferno.
Gostaria de coinvosco partilhar a ideia de que conhecer e desfrutar a música composta por quem viveu o mais sofisticado dos martírios é um exercício de liberdade que, afinal, apenas noutro dia conquistámos. E, ainda, a lúcida convicção de que tal conquista pode ser tudo menos definitiva...
Boa Audição!
http://youtu.be/wru2Jje7VNA
31 de Março de 1732
Grande efeméride da História da Música
Franz Joseph Haydn...
(m.1809)
Não vou partilhar convosco notas biográficas do grande Mestre da Primeira Escola de Viena, hoje aniversariante. Ou, melhor, só lembrarei as que se referirem à peça de sua autoria que hoje gostaria de tornar presente.
Aproveito a oportunidade para, mais uma vez, recordar que, em 2017, a Mozartwoche tê-lo-á como especial «convidado». Preparem-se porque, se Deus quiser, nessa altura - entre 26 de Janeiro e 5 de Fevereiro inclusive - muitas das suas obras principais marcarão presença neste mural, a partir de Salzburg.
"Sonata mistério"
Então, aqui vos trago a Sonata Nº 59 em Mi Maior, Hob. 49, uma das mais interessantes compostas por Joseph Haydn que bem merece o destaque nesta data especial.
A obra, composta entre 1789-1790, foi dedicada a Mariana von Genzinger, cantora muito dotada, mulher de um médico da corte do Príncipe Esterházy e, a atestar pela frequência e teor da correspondência trocada entre ambos, uma boa amiga do compositor.
A primeira constatação de que gostaria dar-vos conta é de que se trata de uma 'grande sonata', de escrita nada complicada e de recorte nitidamente mozartiano. O primeiro andamento, ‘Allegro’, que obedece ao modelo da forma sonata, é longo, muito desenvolvido, extremamente sugestivo, cheio de insinuações, de discursos que ficam em suspenso.
O ‘Adagio’ seguinte é, certamente, um dos mais belos que Haydn compôs. Curioso lembrar que, numa das suas cartas, o compositor confessou a Mariana que este andamento teria um «misterioso significado», a esclarecer quando tivesse ocasião. O ‘Finale: tempo di minueto’ é um natural
corolário que remata a tríade ao pretender resolver o que, anteriormente, terá ficado menos evidente.
De algum modo, de facto, esta é uma obra carregada de mistério, mesmo algo patética, uma das raras composições em que Haydn se atreve à expressão dos seus próprios sentimentos. Objecto de frequentes menções na sua correspondência, sabe-se que Mariana pretendia que o amigo modificasse uma passagem do referido ‘Adagio’, em que as mãos se cruzam, pedido que não surtiu o efeito desejado…
Proponho-vos uma leitura, perfeitamente paradigmática, do grande Alfred Brendel. Muita atenção ao seu fraseado magistral, à sua capacidade de servir uma ‘história’ que o compositor verteu em páginas de um diálogo que está bem patente. Ouçam as vozes dessa conversa e, por favor, não compliquem o que é tão simples…
Boa audição!
https://youtu.be/svfW4MVHBaQ
Grande efeméride da História da Música
Franz Joseph Haydn...
(m.1809)
Não vou partilhar convosco notas biográficas do grande Mestre da Primeira Escola de Viena, hoje aniversariante. Ou, melhor, só lembrarei as que se referirem à peça de sua autoria que hoje gostaria de tornar presente.
Aproveito a oportunidade para, mais uma vez, recordar que, em 2017, a Mozartwoche tê-lo-á como especial «convidado». Preparem-se porque, se Deus quiser, nessa altura - entre 26 de Janeiro e 5 de Fevereiro inclusive - muitas das suas obras principais marcarão presença neste mural, a partir de Salzburg.
"Sonata mistério"
Então, aqui vos trago a Sonata Nº 59 em Mi Maior, Hob. 49, uma das mais interessantes compostas por Joseph Haydn que bem merece o destaque nesta data especial.
A obra, composta entre 1789-1790, foi dedicada a Mariana von Genzinger, cantora muito dotada, mulher de um médico da corte do Príncipe Esterházy e, a atestar pela frequência e teor da correspondência trocada entre ambos, uma boa amiga do compositor.
A primeira constatação de que gostaria dar-vos conta é de que se trata de uma 'grande sonata', de escrita nada complicada e de recorte nitidamente mozartiano. O primeiro andamento, ‘Allegro’, que obedece ao modelo da forma sonata, é longo, muito desenvolvido, extremamente sugestivo, cheio de insinuações, de discursos que ficam em suspenso.
O ‘Adagio’ seguinte é, certamente, um dos mais belos que Haydn compôs. Curioso lembrar que, numa das suas cartas, o compositor confessou a Mariana que este andamento teria um «misterioso significado», a esclarecer quando tivesse ocasião. O ‘Finale: tempo di minueto’ é um natural
corolário que remata a tríade ao pretender resolver o que, anteriormente, terá ficado menos evidente.
De algum modo, de facto, esta é uma obra carregada de mistério, mesmo algo patética, uma das raras composições em que Haydn se atreve à expressão dos seus próprios sentimentos. Objecto de frequentes menções na sua correspondência, sabe-se que Mariana pretendia que o amigo modificasse uma passagem do referido ‘Adagio’, em que as mãos se cruzam, pedido que não surtiu o efeito desejado…
Proponho-vos uma leitura, perfeitamente paradigmática, do grande Alfred Brendel. Muita atenção ao seu fraseado magistral, à sua capacidade de servir uma ‘história’ que o compositor verteu em páginas de um diálogo que está bem patente. Ouçam as vozes dessa conversa e, por favor, não compliquem o que é tão simples…
Boa audição!
https://youtu.be/svfW4MVHBaQ
31 de Março de 1837
[morte de] John Constable
Salisbury Cathedral
...
[morte de] John Constable
Salisbury Cathedral
...
Em 'Salisbury Cathedral from the Bishop's Grounds' (1823), John Constable (1776-1837) trabalha sobre uma das mais famosas igrejas medievais inglesas. Este é um dos seus quadros mais bem conseguidos, encomenda de um dos seus amigos íntimos, John Fisher, precisamente, Bispo de Salisbury.
Como sabem, a tela está no Victoria and Albert Museum em Londres. Porém, quem já tiver visitado o Museu das Artes de São Paulo, no Brasil, lembrar-se-á de que lá se encontra uma versão homónima deste quadro , datada de 1821-22. Parece que o prelado não terá gostado da paleta sombria, pedindo ao amigo que compusesse outro trabalho cromaticamente, 'mais feliz, 'mais ligeiro'...
Entretanto, pensar em Salisbury e na sua imponente catedral, logo nos traz memórias de outras abordagens. Pessoalmente, o que me ocorre é 'A Cathedral Façade at Midnight', poema de Thomas Hardy, (1840-1928).
A Cathedral Façade at Midnight
Along the sculptures of the western wall
I watched the moonlight creeping:
It moved as if it hardly moved at all
Inch by inch thinly peeping
Round on the pious figures of freestone, brought
And poised there when the Universe was wrought
To serve its centre, Earth, in mankind’s thought.
The lunar look skimmed scantly toe, breast, arm,
Then edged on slowly, slightly,
To shoulder, hand, face; till each austere form
Was blanched its whole length brightly
Of prophet, king, queen, cardinal in state,
That dead men’s tools had striven to simulate;
And the stiff images stood irradiate.
A frail moan from the martyred saints there set
Mid others of the erection
Against the breeze, seemed sighings of regret
At the ancient faith’s rejection
Under the sure, unhasting, steady stress
Of Reason’s movement, making meaningless
[Thomas Hardy, Human Shows (1925)]
______
[Pintura de Constable; foto actual do monumento; fachada oeste]
Como sabem, a tela está no Victoria and Albert Museum em Londres. Porém, quem já tiver visitado o Museu das Artes de São Paulo, no Brasil, lembrar-se-á de que lá se encontra uma versão homónima deste quadro , datada de 1821-22. Parece que o prelado não terá gostado da paleta sombria, pedindo ao amigo que compusesse outro trabalho cromaticamente, 'mais feliz, 'mais ligeiro'...
Entretanto, pensar em Salisbury e na sua imponente catedral, logo nos traz memórias de outras abordagens. Pessoalmente, o que me ocorre é 'A Cathedral Façade at Midnight', poema de Thomas Hardy, (1840-1928).
A Cathedral Façade at Midnight
Along the sculptures of the western wall
I watched the moonlight creeping:
It moved as if it hardly moved at all
Inch by inch thinly peeping
Round on the pious figures of freestone, brought
And poised there when the Universe was wrought
To serve its centre, Earth, in mankind’s thought.
The lunar look skimmed scantly toe, breast, arm,
Then edged on slowly, slightly,
To shoulder, hand, face; till each austere form
Was blanched its whole length brightly
Of prophet, king, queen, cardinal in state,
That dead men’s tools had striven to simulate;
And the stiff images stood irradiate.
A frail moan from the martyred saints there set
Mid others of the erection
Against the breeze, seemed sighings of regret
At the ancient faith’s rejection
Under the sure, unhasting, steady stress
Of Reason’s movement, making meaningless
[Thomas Hardy, Human Shows (1925)]
______
[Pintura de Constable; foto actual do monumento; fachada oeste]
Em Nancy
Opéra National de Lorraine
Entre 29 de Março e 7 de Abril, 5 récitas de "Orfeo ed Euridice", notícia que aqui vos trago por se tratar da produção da Mozartwoche 2014 acerca da qual, oportunamente, partilhei impressões convosco.
Opéra National de Lorraine
Entre 29 de Março e 7 de Abril, 5 récitas de "Orfeo ed Euridice", notícia que aqui vos trago por se tratar da produção da Mozartwoche 2014 acerca da qual, oportunamente, partilhei impressões convosco.
Naquela ocasião, Ana Quintans integrou o elenco, no papel de 'Amore', tendo obtido enorme sucesso em Salzburg. Claro que os meus amigos continuam a pedir-me informações dela...
Que pena não dispor de uma gravação. Na sua falta mas desejoso de que possamos ter a alegria de a ouvir, aqui temos 'Che legge spietata' de "Catone in Utica" de Vivaldi, registo obtido durante uma récita concertante, ao vivo, em 10 de Janeiro de 2014, no Théâtre des Champs-Elysées.
Boa Audição!
https://youtu.be/iyURM-Of1Tc
.
Que pena não dispor de uma gravação. Na sua falta mas desejoso de que possamos ter a alegria de a ouvir, aqui temos 'Che legge spietata' de "Catone in Utica" de Vivaldi, registo obtido durante uma récita concertante, ao vivo, em 10 de Janeiro de 2014, no Théâtre des Champs-Elysées.
Boa Audição!
https://youtu.be/iyURM-Of1Tc
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Vincent Van Gogh
30 de Março de 1853
(m. 1890)
Em Auvers-sur-Oise passou Van Gogh os seus últimos dois meses e meio de vida. Entre cerca de 80 telas, também pintou esta, da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que está no Musée d'Orsay. É um dos meus 'fétiches' da grande Arte europeia. Diante dele me perco sem conta. Já me aconteceu estar em Paris poucas horas e lá ir, expressamente, para ver este quadro. Fascinante!
30 de Março de 1853
(m. 1890)
Em Auvers-sur-Oise passou Van Gogh os seus últimos dois meses e meio de vida. Entre cerca de 80 telas, também pintou esta, da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, que está no Musée d'Orsay. É um dos meus 'fétiches' da grande Arte europeia. Diante dele me perco sem conta. Já me aconteceu estar em Paris poucas horas e lá ir, expressamente, para ver este quadro. Fascinante!
30 de Março de 1784
Grande efeméride mozartiana
O quinteto em Mi bemol Maior para Piano e Sopros KV. 452 deu entrada no catálogo pessoal de Mozart em 30 de Março e estreado dois dias mais tarde no Teatro da Corte Imperial de Viena. É esta a famosa peça acerca da qual o compositor confessa ao pai ter sido a melhor que escrevera até então.
Obra para piano, [reprod. parc. ed, Breitkopf u. Härtels] para piano, oboé, clarinete, trompa e fagote, tem três andamentos - 1.Largo - Allegro moderato; 2.Larghetto; 3.Allegretto - terá inspirado Beethoven à composição do Quinteto para Sopros, op.16, em 1796.
Eis interpretações de ambas as obras. A primeira a cargo do 'Grupo Amadeus', composto por Ángel Luis Sánchez, Oboe, Horácio Almeida, Clarinete, Manuel Arellano, Fagote, Manuel Escauriaza, Trompa e Luis Arias, Piano [I] e a segunda por Maja Mihic (Apostolska), Ensemble de Sopros da Filarmónica de Belgrado [II].
Boa Audição!
https://youtu.be/u87G5bIoyzo [Mozart] [I]
https://youtu.be/sxCeZIeJWhA [Beethoven] [II]
Eis interpretações de ambas as obras. A primeira a cargo do 'Grupo Amadeus', composto por Ángel Luis Sánchez, Oboe, Horácio Almeida, Clarinete, Manuel Arellano, Fagote, Manuel Escauriaza, Trompa e Luis Arias, Piano [I] e a segunda por Maja Mihic (Apostolska), Ensemble de Sopros da Filarmónica de Belgrado [II].
Boa Audição!
https://youtu.be/u87G5bIoyzo [Mozart] [I]
https://youtu.be/sxCeZIeJWhA [Beethoven] [II]
30 de Março de 1746
(m. 1828)
(m. 1828)
Francisco de Goya
"Reunião de Bruxas ou o grande bode"
O quadro 'El Aquelarre', ou 'El Gran Cabrón' é uma do conjunto das pinturas a óleo designadas como 'Pinturas Negras' - série pintada entre 1819 e 1823 - com as quais Francisco de Goya decorou os muros da sua casa, Quinta del Sordo.
Com as restantes, esta obra foi 'transferida' para tela em 1874-1875. Émile d'Erlanger,[doou-as em 1881, ao Museu do Prado.
Impressionante! As bruxas.
«No creo en brujas, pero que las hay, las hay»
De Luigi Boccherini, contemporâneo de Goya, um dos 'mais ibéricos' italianos, eis um estupendo 'Fandango' que vos deixo para, ainda mais, acrescentarem à pintura um ingrediente 'conveniente'...
https://youtu.be/6CEJkj34fbU
O quadro 'El Aquelarre', ou 'El Gran Cabrón' é uma do conjunto das pinturas a óleo designadas como 'Pinturas Negras' - série pintada entre 1819 e 1823 - com as quais Francisco de Goya decorou os muros da sua casa, Quinta del Sordo.
Com as restantes, esta obra foi 'transferida' para tela em 1874-1875. Émile d'Erlanger,[doou-as em 1881, ao Museu do Prado.
Impressionante! As bruxas.
«No creo en brujas, pero que las hay, las hay»
De Luigi Boccherini, contemporâneo de Goya, um dos 'mais ibéricos' italianos, eis um estupendo 'Fandango' que vos deixo para, ainda mais, acrescentarem à pintura um ingrediente 'conveniente'...
https://youtu.be/6CEJkj34fbU
29 de Março de 1888
[Morte de] Charles-Valentin Alkan
Compositor e pianista virtuoso na tradição oitocentista, Alkan celebrizou-se na década de 1830-40 como um dos artistas proeminentes do meio musical parisiense, ao lado de Fryderyk Chopin (1810-1849), de quem era amigo, de Franz Liszt (1811-1886) e diversos outros.
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[Morte de] Charles-Valentin Alkan
Compositor e pianista virtuoso na tradição oitocentista, Alkan celebrizou-se na década de 1830-40 como um dos artistas proeminentes do meio musical parisiense, ao lado de Fryderyk Chopin (1810-1849), de quem era amigo, de Franz Liszt (1811-1886) e diversos outros.
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A técnica pianística de Alkan evidencia-se pela elevada exigência técnica e física das suas composições, embora de um modo geral ela não se faça com sacrifício da musicalidade. A sensibilidade musical está patente em muitas obras de Alkan, de um modo particular nos Noturnos e nos Esboços. Tal como Chopin, Alkan escreveu quase exclusivamente para o teclado, incluindo o órgão e o pédalier (piano com pedaleira), do qual era um executante exímio. Entre os traços de virtuosismo da sua música destacam-se a velocidade extrema, os saltos de várias oitavas, as passagens de notas repetidas, ou as linhas contrapontísticas muito espaçadas.
Alkan compôs não apenas música «pura» mas também programática, como por exemplo Le chemin de fer (O Caminho de ferro), op. 27, possivelmente a primeira peça de música a reproduzir o som de um comboio a vapor. Deixou poucas peças de música de câmara, incluindo uma sonata para violino, outra para violoncelo e um trio para piano. Outra peça curiosa é Marcia funebre, sulla morte d'un Pappagallo (Marcha fúnebre sobre a morte de um papagaio ) para três oboés, fagote e vozes. Do ponto de vista musical, Alkan possuía ideias inovadoras e pouco convencionais, como por exemplo a «tonalidade progressiva», patente nas suas obras em vários andamentos, tais como a Sonata «Les quatre âges», que se inicia em ré maior e termina em sol sustenido menor. Utilizou acordes enarmónicos para modular para as tonalidades mais remotas, incluindo notas com sustenidos e bemóis duplos ou mesmo sustenidos e bemóis triplos.
Alkan morreu em Paris em 29 de março de 1888, com setenta e quatro anos. Após a sua morte, a música de Alkan foi praticamente abandonada, apenas lembrada por alguns músicos das gerações seguintes entre os quais Ferrucio Busoni (1866-1925). Foi só no último quartel do século XX que vários pianistas começaram a interpretar e a gravar a sua música, trazendo-a de volta ao repertório.
Numa arrebatadora interpretação de Ronald Smith, eis a referida
"Grande Sonate 'Les Quatre Age'", Op. 33 de Alkan, com os seguintes andamentos:
1. "20 ans." Très vite
2. "30 ans. Quasi-Faust", Assez vite
3. "40 ans. Un heureux ménage", Lentement
4. "50 ans. Prométhée enchaîné", Extrêmement lent
Boa Audição!
.
https://youtu.be/UxX60TmUXMs
Alkan compôs não apenas música «pura» mas também programática, como por exemplo Le chemin de fer (O Caminho de ferro), op. 27, possivelmente a primeira peça de música a reproduzir o som de um comboio a vapor. Deixou poucas peças de música de câmara, incluindo uma sonata para violino, outra para violoncelo e um trio para piano. Outra peça curiosa é Marcia funebre, sulla morte d'un Pappagallo (Marcha fúnebre sobre a morte de um papagaio ) para três oboés, fagote e vozes. Do ponto de vista musical, Alkan possuía ideias inovadoras e pouco convencionais, como por exemplo a «tonalidade progressiva», patente nas suas obras em vários andamentos, tais como a Sonata «Les quatre âges», que se inicia em ré maior e termina em sol sustenido menor. Utilizou acordes enarmónicos para modular para as tonalidades mais remotas, incluindo notas com sustenidos e bemóis duplos ou mesmo sustenidos e bemóis triplos.
Alkan morreu em Paris em 29 de março de 1888, com setenta e quatro anos. Após a sua morte, a música de Alkan foi praticamente abandonada, apenas lembrada por alguns músicos das gerações seguintes entre os quais Ferrucio Busoni (1866-1925). Foi só no último quartel do século XX que vários pianistas começaram a interpretar e a gravar a sua música, trazendo-a de volta ao repertório.
Numa arrebatadora interpretação de Ronald Smith, eis a referida
"Grande Sonate 'Les Quatre Age'", Op. 33 de Alkan, com os seguintes andamentos:
1. "20 ans." Très vite
2. "30 ans. Quasi-Faust", Assez vite
3. "40 ans. Un heureux ménage", Lentement
4. "50 ans. Prométhée enchaîné", Extrêmement lent
Boa Audição!
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https://youtu.be/UxX60TmUXMs
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