[sempre de acordo com a antiga ortografia]

domingo, 15 de janeiro de 2017



Centro Cultural Olga Cadaval,
incúria inqualificável

- em causa a vida e a integridade das pessoas


Ainda a propósito do «arraial montado» e perfeito caos vivido na zona do Centro Cultural Olga Cadaval, entre as três da tarde e a meia noite de ontem, objecto do meu texto precedente, Sofia Almeida comentou o seguinte:

"Por acaso eu tive sorte pelas 18 horas. Muitos carros por todo o lado mas consegui passar até à igreja. O que vi foi falta de passeios, as pessoas tinham de andar pela estrada e o mais grave, a falta de respeito ao taparem portões e acesso de deficientes!"

Estas linhas merecem ainda a atenção da resposta que passo a partilhar:

É incrível a falta de civismo, por um lado e, por outro, sistematicamente, o facto denão haver qualquer presença da autoridade. Ao longo de tantos anos, tal situação já pôs em risco a vida de pessoas que precisaram de sair para o hospital e tinham a entrada/saída trancada.
 
Depois de eleito o actual executivo autárquico, a minha primeira intervenção como munícipe, durante o período destinado ao público, numa sessão de Assembleia Municipal, depois de eleito o actual executivo autárquico, foi precisamente para falar acerca deste assunto.

O Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Dr Basílio Horta, na altura respondeu-me muito sumariamente e, depois, com toda a amabilidade e por escrito. Claro que prometeu a resolução que, como é patente e notório, não aconteceu.

Trata-se de um assunto acerca do qual ainda não me cansei de intervir. No coração do concelho, acontecem estas cenas de perfeito terceiro mundo, estando os autarcas borrifando ou, se preferirem, completamente nas tintas. Como resido mesmo em frente, sei o que tem acontecido depois da adaptação do Cine-Teatro Carlos Manuel dando origem ao CCOC. É fácil fazer contas porque remonta ao fim do século passado e início deste.

Edite Estrela, a então Presidente da Câmara, não cuidou de assegurar uma solução capaz para o problema do estacionamento. Naturalmente, alguns munícipes entre os quais me incluí, chamaram a atenção para matéria tão crítica que, infelizmente, não foi atendida. Assim se comprometeu toda uma qualidade de vida na zona, quadro agravadíssimo, articulado que seja com o encerramento da Heliodoro Salgado e o consequente labirinto até à Portela.

Vai a caminho de vinte anos e nunca os directores municipais, os chefes intermédios, os técnicos se implicaram capazmente na resolução do caso. O Presidente é o último e primeiro responsável mas, aliás, como na maioria dos casos, a gente à sua volta é de valia extremamente duvidosa. Por aqui me fico. Cansado, é verdade, mas ainda não desistente.


 

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