[sempre de acordo com a antiga ortografia]

domingo, 4 de fevereiro de 2018



Movimento QSintra,
Manifesto Salvar Sintra

O mais justo destaque

[publicado em no facebook em 04.02.2018]

Se, entre os primeiros subscritores do Manifesto Salvar Sintra do Movimento QSintra, há ausências que suscitam a maior perplexidade, por outro lado, não posso deixar de realçar o enorme privilégio que sinto por ter ao meu lado o querido amigo Vitor Serrão.
Naturalmente, ao realçar a sua presença, não deixo de ter em em consideração que estão connosco figuras absolutamente notáveis, nacionais e estrangeiras, dos mais diversos enquadramentos e meios científicos, académicos, jornalistas, homens e mulheres das Artes e das Letras.
O meu destaque de Vitor Serrão também podia mas, de facto, não radica na tão conhecida, tão notável e aplaudida actividade do investigador e eminente catedrático de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O que pretendo salientar, isso sim, é a circunstância de, juntamente com José Cardim Ribeiro, ter sido, enquanto técnico da Câmara Municipal de Sintra, um dos dois grandes obreiros da candidatura que resultou na classificação de Sintra como Património Mundial no âmbito da categoria 'Paisagem Cultural'.
Tal reconhecimento seria obtido no dia 6 de Dezembro de 1995, durante a 19ª sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO que se reuniu em Berlim, data que Vitor Serrão, certamente, jamais esquecerá.
O facto de, connosco, ter subscrito o Manifesto do movimento QSintra é prova concludente de que assumiu todas as circunstâncias que nos trazem à luta pela defesa e preservação do património deste lugar único.
E, do modo mais inequívoco, tenho a certeza de que, tal como eu e qualquer dos já mais de 700 subscritores do Manifesto, Vitor Serrão também não se considera abrangido pelas palavras do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra "(...) agora não se confunda a defesa do Património Mundial com a defesa de interesses de meia dúzia de famílias. (...)" citadas pelo 'Jornal da Região' (ed. 1-7 de Fevº 2018) como declarações do Dr. Basílio Horta durante a última reunião do executivo.
Perante aquela atitude do edil que, tão lamentavelmente replica ao nosso Manifesto, confundindo-nos com meia dúzia de famílias com inconfessados interesses, bem precisamos de uma coesão perfeita no sentido de que tenha o maior sucesso a intervenção cívica que já estamos a protagonizar.
E, na luta que se prevê, a nossa voz também terá a marca do lutador por nobres causas que é o Vitor Serrão.
[Ilustr: Professor Doutor Vitor Serrão]

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