[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quarta-feira, 22 de agosto de 2018



Correnteza,
perplexidade quinzenal

[Publicado no facebook em 21 de Julho de 2018]

Na foto à esquerda, uma perspectiva do designado 'Mercado Brocante e do Artesanato de Sintra' que, de acordo com as disposições autárquicas vigentes, se realiza nos primeiro e terceiro Sábados de cada mês, ocupando o espaço legalmente afecto do terreiro empedrado da 'Correnteza'.
Como bem pode verificar-se, tanta é a área disponível que sobra. Repare-se que, desde a entrada do recinto, onde a foto foi colhida, até ao primeiro lugar ocupado por feirantes, há um vazio deveras significativo.
Seguidamente, a foto à direita. Não se deve estar nada mal, pois não? O mínimo que poderá dizer aquele senhor ali sentado, a meia dúzia de metros do busto do General Firmino Miguel, é que está óptimo! Na maior!...
Mas com que direito? Com que direito é que tanto ele como mais uma boa meia dúzia de colegas feirantes, se permitem montar os seus expositores num espaço urbano que não foi contemplado para aquele efeito?
Ora, deverão ter chegado à conclusão de que esta zona, imediatamente perpendicular à 'Correnteza' tem características de corredor de passagem, portanto, mais vantajosa no que respeita a perspectivas de venda. E, pronto, tanto bastou para que se deixassem de cerimónias...
Sei que a autarquia já actuou. Sei que a autoridade policial já actuou. Então, como é possível que, quinze dias depois, sejamos confrontados com esta mesma cena de feirantes ilegais que, com a maior deslealdade, até concorrem com os seus colegas 'confinados' ao belissimo empedrado ondulado?
Trata-se de um assunto que não pode suscitar qualquer displicência por parte das entidades às quais compete resolvê-lo na medida em que, numa artéria tão movimentada como a Rua Dr. Alfredo da Costa, há situações de insegurança de ordem vária a encarar sem tibiezas.

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