[sempre de acordo com a antiga ortografia]

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Festival de Sintra:
Contrapontos?

- grande desafinação...


A publicação do artigo Festival de Sintra, no primeiro número do Correio de Sintra, no dia 1 do passado mês de Março, bem como, uma semana mais tarde, no sintradoavesso, com um texto ligeiramente alterado, suscitou algumas reacções que poderão encontrar no espaço destinado aos comentários.

Apesar de, neste mesmo blogue, tanto já ter escrito acerca do assunto, parece ainda haver necessidade de melhor explicitar. Não pretendo, de modo algum, deixar de contribuir para todo o esclarecimento possível já que o festival de Sintra não é uma iniciativa qualquer que não mereça toda a consideração que lhe possa dispensar.

Na justa medida das minhas modestas possibilidades, se há algo que ainda posso fazer, é continuar a partilhar o bem mais precioso que possuo, ou seja, alguma informação decorrente do privilégio de frequentar, há muitos anos, festivais internacionais onde colho permanente e actualizado ensinamento.

O seu, a seu dono

É certo que, inequivocamente, me tenho pronunciado contra a concepção da grelha de programação do Festival de Sintra. Todavia, repito, não posso nem devo misturar alhos com bugalhos. Uma coisa é o Festival de Sintra, nas suas duas componentes musical e de bailado, respectivamente dependentes da actividade dos directores artísticos Dr. Luís Pereira Leal e Mestre Vasco Wellenkamp – que, volto a assinalar, como fiz em textos anteriores, não estão em causa – e outra, bem diferente, a decorrente da inclusão dos designados contrapontos, que é alheia aos mencionados responsáveis.

Tenhamos em consideração que, em termos muito gerais e abrangentes, há duas situações a distinguir. Primeiramente, convém ter presente que o programa geral do Festival de Sintra, ainda que, eventualmente, possa segmentar as diferentes vertentes da 1)música, do 2)bailado e dos 3)contrapontos, é de tal modo apresentado que o todo fica subsumido nas partes.

Esta não é coisa despicienda. O público destinatário tem direito a uma informação programática sem a mínima ambiguidade, nos termos da qual, independentemente da natureza do suporte, quer informática, quer papel (folheto, desdobrável, almanaque geral, etc), tudo seja imediatamente inteligível.

Basta recordar que o programa geral do Festival de Sintra, constante do grande telão, ultimamente aposto à fachada do Centro Cultural Olga Cadaval, apenas destacava as coordenadas de espaço e tempo, cruzando-as com a distinção das três componentes, através de cativante cromatismo. Contudo, manifestamente, não deixava de ser falho em informação e, de facto, de corresponder à fiel imagem daquilo que tenho designado como um saco de gatos, onde nada falta para deixar baralhado quem pretenda esclarecer-se.

Não saber agarrar

Por outro lado, em segundo lugar, como factor positivo, consideremos um exemplo concreto, bem ilustrativo do que, tantas vezes, tenho dito e escrito a propósito desta tão evitável confusão. Reparemos que o Dr. Luís Pereira Leal, o grande senhor que, durante dezenas de anos, assegurou a concepção da programação musical da Fundação Calouste Gulbenkian – só uma das casas que melhor programação oferece a nível internacional – sempre teve a preocupação de encontrar um tema agregador do programa que concebe para o Festival de Sintra.

No ano passado, se bem se lembram, designou-o como Fronteiras longínquas, em consonância com o facto de serem originários do extremo oriente os artistas que integravam a proposta mais formal ou, se quiserem, por conveniência desta minha explicação, o ponto do festival. Estava dado o mote. Pereira Leal sabe o que faz.

Entretanto, deixai que me expresse em corrente linguagem musical. É lamentável que tivesse havido quem devia, mas não soube, pegar no tema para desenvolver as respectivas variações… Que culpa tem o Director Musical que a estrutura organizativa do Festival de Sintra não tenha a capacidade instalada para corresponder aos desafios?

Pois bem, ao nível da concepção do programa geral e total, apenas se esperava que os designados contrapontos articulassem com o figurino cujas linhas mestras tive oportunidade de transmitir e de vender, como ideia importada, susceptível de adaptações locais mas sem a desfigurar.

E, para tanto, em articulação com o conceito proposto pela moldura das Fronteiras Longínquas, de acordo com as condições postas à disposição, nomeadamente, de carácter orçamental e logístico, teria de se investigar e encontrar quer as peças mais afins daquela temática, tanto de recorte erudito como popular, quer os artistas que lhes dariam vida. Também teria de se conceder o tempo suficiente a todas estas actividades. Por isso, festivais congéneres são preparados com cronogramas que compreendem dois, três e mais anos de preparação.

Naturalmente, em tempo de vacas magras, cumpre não ter mais olhos do que barriga, sendo de evitar tanto a dispersão, como a tendência para o estardalhaço. E um dos factores a considerar com maior pertinência é a possibilidade de cativar para o projecto os próprios artistas que asseguram a vertente formal e que, igualmente, poderão ser afectos a propostas com características coincidentes com a tal estratégia de informalidade e de conquista de novos públicos, que subjaz ao fulcro destas considerações.


Figurino (desrespeitado em Sintra…)

É neste domínio que, num país e num concelho como o nosso, não é, de todo em todo, particularmente difícil ou sofisticada, a articulação das propostas de música erudita, interpretadas por solistas em concerto sinfónico, ou em recital, em contraponto, por exemplo, com as mesmas peças ou outras, afins ou tematicamente contrastantes, interpretadas por bandas, por grupos de câmara, com arranjos, orquestrações e instrumental totalmente diverso, etc.

Aqui chegados, lembrarei, uma vez mais, o Maestro Abbado, já citado em artigos precedentes. O que ele concebeu para Salzburg, baseado na noção do musical contraponto, foi um produto que, sempre da mais alta qualidade, e em perfeita sintonia e articulação com o tema geral da vertente formal do Festival da Páscoa, se apresenta de tal maneira que o público enriquece com uma outra experiência cultural, próxima no tempo e no espaço.

Como a coisa funciona

O seu sucessor, Sir Simon Rattle, deu continuidade à ideia e sem qualquer alteração de figurino. Poderia aqui trazer exemplos exaustivos de anos e anos que levo deste fabuloso festival mas decidi-me por 2007, por ser ano jubilar do seu quadragésimo aniversário, e em que a vertente de ópera do Festival da Páscoa iniciou com Das Rheingold, (O Ouro do Reno), a apresentação de um Ring que só terminou, precisamente, na Páscoa deste ano de 2010.

Para além desta primeira jornada da famosa Tetralogia de Richard Wagner, outros momentos, noutros dias do festival daquele ano, incluiriam peças sinfónicas, coral sinfónicas ou poema sinfónico em que se faria sentir
a presença do ouro, como tema central agregador, Por exemplo, em Das goldene Zeitalter (A Idade do Ouro), de Dmitri Schosttakowitsch. Ou em Das goldene Spinnrad (A roda de fiar dourada) de Antonin Dvorák.

Estão a entender, apenas a partir de um pequeno mas concreto exemplo, como se pode procurar a lógica da concepção de um programa de festival com coerência e coesão internas? Mas continuemos. Então, se estes eram momentos da vertente mais formal, como foram concebidos os contrapontos?

Apenas darei como exemplo o último dos três concertos Kontrapunkte que tinha como título Gegen Wagner (Contra Wagner), incluindo obras de Erwin Schulhoff, Paul Hindmith, Ernst Krenek, Sandor Veress, Anton Webern e Ernst Toch que, nuns casos, através de fina ironia e noutros, por radicais, desafiantes e interpeladores contrastes, propõem uma estética musical que, flagrantemente, põe em causa as mais conhecidas soluções wagnerianas. Não esqueçam que era de Wagner a grande peça lírica do Festival. Tudo tem de estar conotado, relacionado por laços mais ou menos ténues, subtis, implícitos, explícitos.

Mais uma achega

Convém esclarecer que, desde 1967, ano em que Herbert von Karajan, ele próprio nascido em Salzburg, fundou o Festival da Páscoa, «apenas» e exclusivamente se conta com o acompanhamento e suporte musical da Orquestra Filarmónica de Berlin. Ora bem, desde logo, e, para que se perceba que não há qualquer concessão à qualidade musical, os contrapontos, mais tarde introduzidos por Abbado, também são assegurados por grupos de músicos da mesma e excepcional orquestra. No exemplo em questão, que atrás circunstanciei tão sumariamente, tratou-se de um conjunto de cordas e de metais composto pelos chefes de naipe.

Ainda mais uma achega que, provavelmente, enquanto exemplo modelar de concepção programática, poderá constituir uma síntese tão eficaz como desejaria para este texto em que venho tentando expressar aquilo que, para mim, é tão óbvio como beber água porque se tem sede…

Para tanto, nem mais nem menos, recorrerei ao seríssimo caso da Festa da Música de Lisboa que, durante vários anos, fez a alegria dos amantes da música, desde os velhos e inveterados melómanos, como eu e alguns dos meus amigos, até às crianças e jovens que davam os primeiros passos ou consolidavam as suas preferências nestes territórios tão apetecíveis da grande música.

Se bem se lembram, também se tratava de um figurino importado, originalmente concebido por René Martin, qual réplica da Folle Journée de Nantes, que o Centro Cultural de Belém importou durante vários anos até que uma certa senhora, arvorada em Ministra da Cultura [quem se lembra hoje da governante Pires de Lima?...], acolitada por Mega Ferreira, se permitiu pôr-lhe termo.*

Com três dias de duração, era uma grande festa em que se sucediam as propostas musicais, desde a grande orquestra sinfónica, ao músico em recital a solo, aos conjuntos de câmara, ao canto, em dezenas e dezenas de pontos e contrapontos, dentro do grande, dos médios e pequenos auditórios, nos corredores, em todo o lado onde fosse possível.

Muito público, muita informalidade e sempre, sempre, inequívoca qualidade. Convém ainda salientar que, embora só funcione como um todo e não seja reproduzível parcialmente, é perfeitamente possível encontrar no modelo um ou outro ponto forte que nos ajudem a resolver os problemas.

A questão dos temas

Por exemplo, a imprescindível submissão da proposta geral a um tema geral. Recordemos: Johann Sebastian Bach, 2001; Haydn & Mozart, 2002; De Monteverdi a Vivaldi, 2003; Chopin, Schumann, Liszt e Mendelssohn-geração 1810, 2004; Beethoven e os seus amigos, 2005; A Europa Barroca-AHarmonia das Nações, 2006. Em cada ano, um tema agregador para cada Festa. Trata-se de uma estratégia de uma defesa, um chapéu, se quiserem entendê-la como tal, sob o qual se abrigam todos os eventos, em relação articulada.

Algo tem de ficar muito claro. Naturalmente, é possível organizar festivais sem um tema geral. Agora, o que não é possível é organizar um festival, que inclua a solução dos designados contrapontos, sem a presença de um tema gerador e determinante. A própria noção de contraponto, stricto sensu, o pressupõe.

Ser programador de uma proposta cultural tão sui generis como é um festival, implica o conhecimento, na primeira pessoa, ou, pelo menos, indirecto mas detalhado, de casos como os de Nantes, La Rocque d’Anthéron, Luzern, Verona, Lugano, Salzburg, Schleswig-Holstein, Styriarte (Graz), Schwetzinger SWR, Grafenegg, Lockenhaus, Tiroler Festspiele Erl, Edinburgh, etc.

Há para todos os gostos. Há soluções exemplares, desde a bilheteira à arrumação das salas, à organização das manifestações paralelas de animação cultural, aos transportes e comunicações, à articulação com a hotelaria tradicional e a estada chez l’habitant. Há lições estupendas que não se pode ignorar. Ignorar é sucumbir e desperdiçar oportunidades. Em suma, por ser coisa coisa de… ignorantes, ignorar é inadmissível.

Não passa pela cabeça de ninguém que alguém menos esclarecido – enfim, deixem lá passar o eufemismo… – possa estragar o que tanto trabalho deu a conseguir erguer, isto é, a reputação de um festival como o de Sintra, cujas vicissitudes o engrandeceram.

Dificuldades podem existir, vão existir sempre. Por isso, só os mais bem preparados devem ocupar os lugares de comando. No dia em que alguém menos qualificado acede a um lugar de direcção ou de comando, é certo e sabido que a sua falta de discernimento vai potenciar o risco de, ele próprio, ser um motor e veículo de promoção de outros casos de desqualificação. Ora bem, não me vão dizer que nunca viram disto por aqui

Se me permito escrever com este desassombro é porque apenas me permito comentar os casos em que estão em causa dinheiros públicos. Uma entidade privada pode dar-se ao luxo de recrutar um incompetente. O mesmo não pode acontecer num serviço do Estado, ou no poder local onde o que está em jogo são recursos da comunidade, fruto dos impostos liquidados pelos contribuintes.

Tão simples como isto.

PS:

Se quiserem ter acesso aos vários textos publicados sobre o Festival de Sintra, no sintradoavesso, basta inserir as palavras «festival de sintra» no rectângulo ao canto superior esquerdo do painel do blogue.

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*No sintradoavesso, ler Dias da Música sem Festa da Música, 21.04.08



7 comentários:

Graça Veiga disse...

Caro João cachado,

É um artigo muito grande e um grande artigo. Boa, João Cachado, que grande lição.
É de mestre e de quem sabe do que escreve. Para mau entendedor, não baste meia palavra, são precisas muitas palavras.
Receio que a organização do Festival de Sintra, como má entendedora, nem sequer entenda as muitas e certas palavras deste artigo. Mas parabéns.
Muito obrigada.

Graça Veiga

Duarte César disse...

Embora o Dr Pereira Leal tenha a preocupação de encontrar um tema central depois os eventos que não são da sua responsabilidade não obedecem a esse tema. Assim, é a confusão que o João Cachado tem explicado com uma paciência de santo... Vai ver que se aproxima o festival deste ano e que vai ser mais do mesmo das últimas edições com pouco público, desacreditado, uma morte adiada. Nesta altura, a menos de dois meses do começo ainda não se conhece o programa... Mais palavras? Para quê?... Andam a brincar aos festivais, não há dúvida.
Duarte César

Eduardo B. Alves disse...

Meu Caro João,

Já sabes, de cada vez que publicas algo sobre música, vida musical, crítica, etc, apareço no teu blogue. Continuas nesta saga de ensinar ao Festival de Sintra como devem ser as coisas. Gabo a tua paciência (como escreve Graça Veiga, "paciência de santo"...) Se fosse piorzinho do que já sou diria que é paciência de c.... ou, então pérolas àqueles bichinhos tão simpáticos que insistimos em atribuir características pouco higiénicas...

O teu texto é uma maravilha. Digo-te que podias pensar publicar, por exemplo no JL. Claro que no Festival de Sintra dão-se ao luxo de desperdiçar o que insistes em esclarecer. Mas onde é que já vi coisas semelhantes? Olha, na minha escola, onde os colegas ignorantes nem sequer atingiam o alcance dos ensinamentos dos mais informados... É uma epidemia, João, a ignorância está por aí em todo o lado. Olha o caso da RDP Dois com o subdirector João Almeida que devia ser entronizado como paradigma da ignorância. Olha certos ministros actuais e passados como a Maria de Lurdes Rodrigues ou a Pires de Lima que, como tu tão bem assinalaste deu cabo da Festa da Música de braço dado com o Mega Ferreira...

Em Sintra já destruiram o Festival. Custou tanto a ressuscitá-lo depois do interregno para agora ser uma pálida sombra do que foi. Mesmo que tragam algum grande artista, já não conseguem recuperar o que era. Tenho é muita pena de ver o nome do Pereira Leal e do Wellenkamp envolvidos nessa caldeirada tremenda em que se transformou o festival. Deviam ter mais cuidado em demarcar-se.

Porque não escreves sobre o Festival da Páscoa de Salzburg? Como foi o Götterdämmerung? Isso é que me interessa. Por favor, espero que tenha sido a última vez que te li sobre essa matéria.

Com saudade, um abraço

Eduardo B. Alves

Anónimo disse...

Percebo pouco deste asunto mas o que sei é que a Câmara de Sintra devia contratá-lo como Director do Festival de Sintra, mas como já o ouvi dizer que está reformado e que não quer, que tal um género de conselheiro e aglutinador de ideias para Festival de Sintra? Para que o ouvissem uma vez por todas!

JJ Marques Simões Arroz disse...

Amigo João, Cá nos vamos encontrando à voltra das misérias do Festival de Sintra. Tu, o Eduardo, eu. E só não compreendo - ou compreendo mal - que o Mário João Machado que foi nosso colega no serviço militar nunca tenha escrito sequer uma palavra acerca deste assunto. Ele lá saberá. Será que a sua dama não merece defesa? Ou serrá só para não se comprometer?...

Estou com todos os que intervieram até agora. Isto é, o teu artigo é algo de muito bom, é uma lição acerca do modo como conseguir aquilo que já designaste como coerência interna e lógica programática, definindo um tema ao qual obedecem os eventos, dando oportunidade ao público de se enquadrar e enriquecer acerca do universo de sugestões suscitadas por esse tema gerador. Só não compreende isto quem não quiser reconhecer que é assim que as coisas se fazem um pouco por todo o mundo de festivais que alguns de nós, tu em especial, temos tido a oportunidade de contactar e de aprender com a sua experiência.

O exemplo que deste do tema do ouro na edição de 2007 do Festival da Páscoa de Salzburg, porque a ópera era "O Ouro do Reno" de Wagner e os contrapontos "Gegen Wagner" é um caso de aplicação da metodologia que fica nesta tua abordagem com uma enorme felicidade de ilustração. Mas, querido amigo, não tenho qualquer veleidade de admitir que Sintra venha a acolher o que tens sugerido em tantas páginas de preocupação, afinal com gente que não a merece. Chego a pensar que serão capazes de trazer aí um ou dois grandes nomes, ainda «às cavalitas do Dr. Pereira Leal» qu, também concordo com o Eduardo, devia ter-se demarcado dessa fantochada do "saco de gatos" como lhe chamaste e muito bem, essa misturada onde tudo cabe sem se perceber nem como nem porquê.

Estou farto de dizer e já te tenho escrito no sentido de dedicares um blogue só a estes assuntos em que és uma autoridade. Se não formos meia dúzia a chamar a atenção para estes teus textos então é que ficariam totalmente desconhecidos. É pena que desperdices tanta qualidade de opiniões. Só porque gostas muito de Sintra e como costumas dizer, porque começaste a ir de calções em 1957 oun 58 às primeiras edições do que ainda nem sequer era Festival de Sintra? E porque tens pena de que tivesse degenerado nessa triste coisa dos últimos anos? Não desperdices tempo. Já todos percebemos que é mqanteiga em focinho de cão...

Um abraço com a maior amizade

José João M. S. Arroz

Sérgio Louro disse...

Parabéns pelo seu texto. Foi o Eduardo B. Alves que me falou acerca deste blogue e em particular deste post. Li a sugestão do JJ Arroz e também concordo que devia ser publicado de modo a dar maior visibilidade. Quanto ao Festival de Sintra, acabou. Agora é outra coisa que nada me interessa. Digo-lhe mais: nem um grande pianista agora o salva. As pessoas não gostam de misturadas.
Sérgio Louro

Amadeo Ribeiro disse...

Leio o blogue pela primeira vez. Que boa impressão. Este texto só prova de que muita informação de excelente qualidade circula fora dos meios onde apenas têm acesso umas cliques cheias de tiques...
Em tempos, o Eduardo B. Alves alertou-me para os artigos do João Cachado (pessoa que nem conheço pessoalmente) sobre os Festivais de Salzburg no Jornal de Sintra. Por isso não foi novidade total o que li, o seu estilo, os conhecimentos que revela. Vale a pena ler tudo o que ele escreveu neste blogue sobre os disparates da programação dos "contrapontos".
Só pasmo como ninguém actua deixando que a situação se repita já há anos.
Felicito o João Cachado e faço votos para que seja lido e entendido.
Amadeo Ribeiro