[sempre de acordo com a antiga ortografia]

quinta-feira, 9 de julho de 2015



ROTA DA AGUA


[facebook, 19.04.201]


Correndo o risco de ser acusado de "infidelidade conjugal" smile emoticon pelo meu parceiro de projeto João De Oliveira Cachado, hoje tive que me levantar ás 07h (e quem me conhece sabe que isso é pior que me arrancarem dentes) e ir fotografar fontes para o centro histórico de Sintra. Os "enxames" de turistas e de carros muitas vezes inviabilizam a captação de imagens nas melhores condições. Mas todos os sacrifícios e infidelidades são válidos em nome do projeto da Canaferrim - Associação Cívica e Cultural. Esta semana nós dois voltaremos ao trabalho em conjunto e asseguro, estamos quase , quase perto do final . Uffaaaaaaa

[Sérgio Gonçalves]





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto de Sergio Gonçalves.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Festival de Sintra, 2015
 
[facebook, 19.04.2015]
 
A exemplo do que é minha prática habitual, venho convidar-vos à leitura do artigo que subscrevi para a última edição do "Jornal de Sintra", anteontem publicado. Como terão oportunidade de verificar, reporto-me à sessão de apresentação oficial do Festival de Sintra que decorreu na passada quarta-feira, 15 do corrente, na Pousada D. Maria I, em Queluz.
 
Partilho convosco algumas novidades interessantes acerca das quais gostaria de colher a vossa opinião.... Em especial, chamaria a vossa atenção para o projecto da Câmara Municipal de Sintra com o objectivo de fazer chegar o Festival a todo o concelho. Leiam e, por favor, não deixem de comentar.
 
Gostaria de chamar a atenção para o facto de a organização ainda não ter disponibilizado o programa detalhado do Festival em suporte papel, circunstância que, apenas a três semanas do início dos eventos, não deixa de ser preocupante. De qualquer modo, os interessados poderão aceder a tal informação através do endereço digital que indico no corpo do artigo.

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Para a consulta do artigo, deverá procurar o 'site' www.jornaldesintra.com Para chegar à última edição, clique em 'edições'. Aparecerá, em coluna vertical, a indicação de uma série de anos, o primeiro dos quais 2015, sobre o qual colocará o cursor. À direita surgirá outra coluna vertical e, logo na primeira linha, indicação da data 17.04.15

Aqui chegando, tem à sua disposição toda a edição. O artigo que subscrevo, sob o título "Festival de Música de Sintra, 2015 - homenagem justíssima", ocupa toda a página 9.
 
 
 
 


Zé Mariano,
ainda a propósito


[facebook, 18.04.2015]

Uma das razões que me levaram à evocação do José Mariano Gago, há umas horas publicada, foi a quase certeza de que, salvo uma ou outra excepção, esta tão importante vertente da sua carreira, ou seja, a do seu envolvimento na Educação não formal, seria mais ou menos omitida. Acabo de ler o 'Expresso' onde, sintomaticamente, nem uma linha aparece acerca desse segmento tão importante da sua vida.

Não tanto por omissão do seu caso especial, diga-se de passagem, mas porque a luta contra as trevas em que participámos todos quantos nos juntámos à volta da Educação de Base de Adultos, se perdeu num processo que, apesar de ter consumido o melhor de que fomos capazes, não soubemos agarrar.
Aqui poderia evocar o nome de dezenas de amigos e companheiros que, nesta data, não estando pesarosamente de luto, de algum modo estão devastados.

A Ana Benavente, o Carlos Gordo a Lucília Salgado, muitos dos companheiros associados na Apcep Associação para a Cultura e Educação Permanente, o Manuel Estêvão, tantos, tantos, que nos revemos nos mesmos ideais.

Soubéssemos nós aproveitar o momento para recuperar a reflexão que - ainda - é preciso promover!


Nós vamos já!...


[facebook, 18.04.2015]


Conheci o José Mariano Gago há cinquenta anos quando, sendo eu aluno de Letras, o via chegar ao Bar da Faculdade, vindo do Técnico, para se nos juntar, connosco partilhando aquela singularidade de sabermos perfeitamente ao que andávamos, vivendo com o 'invólucro físico' no Portugal salazarento, com a cabeça em Paris, Roma, Berlin, Londres, de onde nos chegavam as revistas, os livros da clandestinidade, os filmes, os discos.

Com os nossos 17 anos, uns em Letras, nas Filologias, História, Filosofia, outros nas Ciências, éramos uns miúdos que assumíamos o legado comum de uma Cultura, que já nos tinha formatado desde o berço das famílias onde nascêramos, condicionando as nossas futuras realizações, uns na maior notoriedade, como o Zé Mariano, o Jorge Silva Melo, o Luís Miguel Cintra, outros na maior descrição, como eu e a maioria.

Encontrámo-nos mais tarde, a partir de 1978, e durante alguns tempos, na Direcção-Geral de Educação Permanente do Ministério da Educação, ambos como formadores de professores, ele convidado, eu como docente 'destacado' para funções didático-pedagógicas, antes de ingressar na carreira técnica superior.

Trabalhámos em articulação com técnicos europeus do mais alto gabarito, ao abrigo dos Acordos Culturais luso-sueco e luso-francês, num tempo em que a Educação de Adultos era encarada como peça fundamental de um processo de Desenvolvimento Integrado, algo que, infelizmente, foi Sol de pouca dura... Porque se tivesse sido coisa duradoura, outro seria hoje o país.

Desse tempo, posterior a Abril, e até aos primeiros anos da década de 80, a obra de José Mariano Gago é muito menos conhecida do que a por ele protagonizada a partir do Governo Guterres. No entanto, foi então, como membro pivô da nossa geração, que connosco projectou a esperança e toda a poesia da mudança que perspectivámos para este país que acabara de ganhar a Liberdade e recuperar a Democracia perdida em 1926.

Desse tempo, ficou uma marca cujo perfil mais profundo de expressão caracterizadora reside, precisamente, nos elementos implícitos às considerações supra. Refiro-me a um livro de sua autoria, "Homens e Ofícios" que, entre 1978 e 1982, conheceu três edições num total de quinze mil exemplares, edições esgotadíssimas, de material absolutamente precioso destinado às actividades de Alfabetização e de Educação de Base de Adultos - em que o Estado Português se empenhou, no âmbito do Plano Nacional de Alfabetização e de Educação de Base de Adultos (PNAEBA) - subsequentes à aprovação da Lei 3/79 da Assembleia da República.

Comovidamente, tenho esse livro na mão. O seu subtítulo, desvenda um pouco mais o objectivo: "manual de fichas de exploração temática para animação cultural sobre tecnologias e sociedades". Da sua 'Introdução', extraio um parágrafo, tão revelador como «sedutor»:

"(...) O coração da cultura bate ao ritmo da prática humilde das bibliotecas de bairro, dos grupos de alfabetização, dos grupos corais, do teatro amador e dos pequenos cineclubes; vive do sangue e do esforço de quem se junta e age, sem ficar à espera que alguém se resolva, talvez, um dia, a mudar o mundo que nos diz respeito. (...)"

Se vos transcrever o Índice, ainda melhor perceberão os meandros deste homem que hoje nos deixou. Ora, entendam e subentendam:

O ESFORÇO E A MATÉRIA
- Aparelhos de elevar água de rega – a picota
- Moinhos em Portugal
- Maljoga, uma aldeia exemplar
- O que é uma barragem?
- Como funciona um gerador eléctrico
- Gás de estrume
- Aproveitamento do gás metano
- Átomos e moléculas (1)
- Átomos e moléculas (2) – reacções químicas
- Átomos e moléculas (3) – calcular pesos em reacções químicas
-Trabalho ou energia


A TERRA
- Gira ou não gira?
- Argumentos dos antigos a propósito da imobilidade da Terra
- Com um pêndulo pode ver-se que a Terra roda
- O peso que as coisas têm umas das outras
- A queda das coisas e o movimento da Lua
- A vara do vedor e a atracção da Terra
- A ciência popular do vedor segundo o ‘Lunário Perpétuo’
- As marés
- A origem do Sol…
- … e dos planetas
- A energia, o clima e o progresso


OS PRODUTOS E OS HOMENS
- A roupa e a casa
- Os trabalhos do linho
- A indústria do linho em 1919
- Os tapetes de Arraiolos vão acabar?
- O chão e as casas
- Tipos de construção: as paredes da casa
- A pedra e o tijolo, materiais ricos
- O granito e o barro


Cada uma destas 30 fichas foi escrita por um homem de Ciência, um Físico das partículas que era um grande poeta. Cada ficha é um mundo de descobertas, em que o elemento essencial - cuja partilha de conhecimento, com o maior empenho, mesmo devoção, o autor promove - se articula com uma infinidade de conotações, todas brilhantes, ricas, adequadas aos homens e mulheres que querem aprender, para mudar a sua vida e o Mundo, ao lado de companheiros, nas mesmas circunstâncias.

O Zé Mariano, cientista, dos raríssimos ministros que serviram o país a quem podemos atribuir a condição de ‘estadista’, era o homem protótipo da nossa que é a geração de sessenta. Como qualquer de nós, ele foi à Universidade, ciente do privilégio de uma elite à qual pertencíamos, preocupado com a partilha do Saber, partilha, sim, como dever essencial resultante de tal vantagem pessoal. Um homem para quem era multifacetado e polivalente o Serviço que, ao longo da vida, prestou ao outro.

_________________


Olha, Zé Mariano, até já! Isto é um instante! Mais uns cósmicos momentos e eis que, com Lavoisier, e para que nada se perca, já nos transformamos na matéria essencial do Universo. Eis-te, fisicamente, já parte da infinitude. Nós vamos já…

 
 
 
O físico de partículas morreu hoje, aos 66 anos. Foi o político que mais tempo ocupou o cargo de ministro, num total de 12 anos. Corpo estará na Basílica da...
 
 
 
 



Marcello Duarte Mathias,
memória de um diplomata de muitas Letras


[facebook, 17.04.2015]

Em Novembro de 1991, enquanto Técnico do Ministério da Educação, deslocado em serviço na Costa Leste dos Estados Unidos, estivera eu uns dias em Boston, Massachussets, e Providence, Rhode Island, como formador em matérias da minha especialidade, no quadro de seminários destinados aos professores de Português que trabalhavam naquela área, antes de me encaminhar para Mount Vernon, já no Estado de Nova Iorque, onde permaneceria mais uns dias, desenvolvendo o mesmo tipo de trabalho com outros grupos de docentes.

Foi em Mount Vernon que, num domingo, o Senhor Cônsul-Geral de Portugal em Nova Iorque me convidou para participar numa festa com membros da fortíssima comunidade portuguesa local. Sabiamente, soube proporcionar-me excelentes horas de troca de impressões com americanos de ascendência portuguesa, luso-americanos e americanos que com aqueles se relacionavam, um poliedro multifacetado de pessoas que me forneceriam preciosos elementos que muito contribuiriam para melhorar o meu trabalho.

Nunca mais esquecerei o seu ‘savoir-faire’, o modo discreto como fez a ponte entre o técnico que eu era e aqueles representantes de uma realidade sui generis de conotações lusas tão subtis. Um excepcional diplomata, em toda a acepção da palavra, homem informadíssimo, culto, senhor de um discurso absolutamente fascinante.

Portanto foi num contexto profissional, há vinte e tal anos, num divino Outono nova-iorquino, que conheci o Embaixador Marcello Duarte Mathias, numa altura da sua carreira diplomática em que exercia funções de Cônsul-Geral. Deslocara-se a Mount Vernon mas residia em Nova Iorque. Não mais poderei esquecer - deixem-me fazer um parêntesis - que a residência oficial era no mítico Dakota Building, com vista sobre Central Park, num apartamento pertencente ao Estado Português, portanto, no mesmo prédio em que viveram John Lennon, Lauren Bacall, Judy Garland e Rudolf Nureyev e onde Roman Polansky filmou “Rosemary’s baby”

O mínimo que posso afirmar acerca da impressão que colhi no contacto com o brilhante diplomata e homem de Letras é que se trata de uma pessoa de impressionante lucidez, capaz de sínteses estupendas e enriquecedoras a todos os títulos. Naturalmente, durante todos estes anos subsequentes, tenho lido alguns dos seus livros e os textos que, de vez em quando, o ‘Jornal de Letras’ publica como excertos do seu Diário.

Da edição do ‘JL’ que ontem mesmo me chegou a casa, eis umas linhas dessa escrita:

Saint-Jean-de-Luz, 14 de Maio de 2014. – Esta alegria comovida, quase infantil de tão espontânea, ante as coisas simples de todos os dias – o pão quente na mesa do pequeno-almoço; uma paisagem a nascer numa manhã de Sol; o perfil de uma mulher; o pequeno círculo de luz do candeeiro que se apaga lá ao fundo da sala; o rumor da estrada filtrado pela distância; uma citação de um autor desconhecido lida ao acaso num jornal; o livro acabado de comprar e ainda nem sequer folheado; a capela descoberta numa aldeia perdida – traduzem de forma diferente, uma espécie de intensificação do instante, que mais não é, para lá de uma dispersa gratidão, do que um primeiríssimo reflexo de sobrevivência. Para tudo dizer, uma paixão pelo que nos resta de vida. Sim, é isso.

No fundo, e embora me procure convencer do contrário, um medo de morrer. A morte – como uma infidelidade a tudo o que fomos. (…)”

Formidável, não é? O homem de 76 anos, uns anos mais velho do que eu mas da mesma geração, verbalizando não só a irrepetibilidade de cada instante mas também quanto, nesta altura das nossas vidas, mais significativa é a substância dos eventos mais singelos.


sexta-feira, 3 de julho de 2015



Genocídio,
vergonha máxima da humanidade
 
[facebook, 15.04.2015]
 
Da máxima oportunidade esta chamada de atenção de Fernando Morais Gomes para o designado genocídio arménio. Lembrarei que, no último domingo, SS o Papa Francisco também trouxe o assunto à actualidade como forma de lembrar como tal evento tem tido réplicas constantes até aos nossos dias e, com particular acuidade, sobre os milhões de cristãos que continuam a morrer como mártires, pela fé que professam.

Não basta rezar por eles!
 
 
Passam hoje 100 anos do genocídio arménio, como ficou conhecida a a matança e deportação forçada de centenas de milhares de pessoas de origem arménia que vivi...am no Império Otomano, com a intenção de exterminar sua presença cultural e económica durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917.O mundo não pode nem deve esquecer, contra os Erdogans deste mundo
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Festival de Sintra, 2015
Apresentação
- Pousada D. Maria I, Queluz
 
[facebook, 15.04.2015]
 
Cerca das 11,30, a convite da Câmara Municipal de Sintra, assistirei à apresentação da 50ª edição do Festival de Sintra que, em 2015, presta homenagem à Senhora Marquesa do Cadaval, a quem tanto deve esta iniciativa cultural com tão honrosos pergaminhos .

Na apresentação do programa, estarão presentes o diretor artístico do Festival, Adriano Jordão, bem como alguns dos músicos convidados e Dona Teresa Schönborn, neta da Senhora Dona Olga e administradora da Casa Cadaval, bem como, naturalmente, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Basílio Horta.

O Festival de Sintra decorrerá entre 9 de Maio e 7 de Junho em alguns dos mais emblemáticos palácios e Quintas do concelho e no CC Olga Cadaval. Dentro de dias, como habitualmente, partilharei convosco o artigo que subscreverei para publicação no Jornal de Sintra. Para já, poderão aceder a www.festivaldesintra.pt com o objectivo de colher informação detalhada sobre o programa.
 
 
 
 
 
festivaldesintra.pt
 


Parques de Sintra,
uma candidatura e mais prémio em perspectiva
 
[facebook, 14.04.2015]
 
 
Tanto quanto me foi possível, fui acompanhando a obra de recuperação levada a cabo pela Parques de Sintra no Salão Nobre do Palácio da Pena. O meu amigo Engº Daniel Silva foi tendo a paciência e a amabilidade de me explicar os passos que iam sendo dados. Aliás, tal como o fez, por exemplo, em relação ao Castelo dos Mouros e Monserrate, satisfazendo a minha curiosidade quanto às partes estruturais, galerias de serviço, condutas, etc, onde, em geral, o público nem sonha o tipo de intervenção sofrida.
 
Sabem lá as perfeitas maravilhas da tecnologia actual, em articulação com soluções do passado, que escondem o pavimento, o tecto e as paredes deste Salão Nobre!... Enfim, uma vez candidato ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2015, este espaço ainda vai ser mais conhecido, estudado, avaliado. Para todos nós, sintrenses, é uma honra enorme que, não custando um cêntimo aos cofres do Estado nem, portanto, ao bolso dos contribuintes, a Parques de Sintra vá acumulando brilharetes tão sofisticados.

Noutra perspectiva, ainda cumpre lembrar que este não é apenas um espaço visitável, à espera dos milhões de pessoas que ali acorrem. Há uma outra dimensão que me atrai de forma especialíssima. Pois, naturalmente, também é como melómano, que me apraz poder gozar este espaço como casa que, de facto, também é de todos nós, sintrenses em particular, e portugueses em geral, já que é peça espectacular do património nacional.

Falo por tantos que, como eu, antes e depois da recuperação, aqui temos vivido belíssimas horas de Música, quer no âmbito do Festival de Sintra quer noutros contextos. Espaço tão sofisticado como os congéneres em todo o mundo, ei-lo acessível a todos quantos foram educados no gosto pela Arte nos seus mais diversos suportes.

Por isso, tanto me tenho empenhado na divulgação do privilégio de que gozam os residentes no concelho de Sintra, no acesso grátis a estas jóias, todos os domingos, benefício bem mais generoso do que o praticado nos outros monumentos que não estão afectos à administração da Parques de Sintra.

Penso, em particular, nas crianças e jovens que ali possam ser conduzidos em visitas que a todos enriquecerão se os seus familiares, em vez de outras bem conhecidas, também se deixarem seduzir pelas mensagens de apelo à frequência destes parques, jardins e monumentos...
 
A Parques de Sintra é candidata ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2015 com o Projeto de Recuperação do Salão Nobre na categoria Melhor Intervenção com I...mpacto Social. A nossa candidatura vai estar exposta Sociedade de Geografia de Lisboa, de entrada livre mediante inscrição em www.semanadareabilitacao.com.


Efemérides mozartianas
14 de Abril de 1775 e 14 de Abril de 1789


[facebook, 14.04.2015]

 
- 1. 14 de Abril de 1775
Salzburg: Composição do Concerto para Violino e Orquestra em Si bemol, KV. 207 [I] 

- 2. 14 de Abril de 1789
Dresden: Às 17,30, Mozart toca o seu Concerto para Piano KV. 537 [II] na Corte do Príncipe-Eleitor Friedrich August III. da Saxónia.



Em comemoração, proponho a partilha das duas peças. No primeiro caso [I], Gidon Kremer, violino, com a Wiener Philharmoniker sob direcção de Nikolaus Harnoncourt.

Seguidamente, na Grosse Saal do Mozarteum de Salzburg, [II] Robert Levin, pianoforte, com a Academy of Ancient Music sob a direcção de Christopher Hogwood - Allegro, Larghetto, Allegretto

Boa Audição!


https://youtu.be/kWkBNiTmoHM [I] Concerto Violino
https://youtu.be/x3bBjaNhi-U [II] Concerto Piano


Canaferrim - Associação Cívica e Cultural,
ROTA DA ÁGUA,
- mais uma história
 
 
[facebook, 13.04.2015]
 
 
O Sergio Gonçalves é um excelente fotógrafo. Toda a gente o sabe, não dou novidade alguma. Contudo, nem com todos os seus recursos, alguma vez conseguiria «destapar» o que aqui se esconde. «Aqui» é um matagal num extremo de Nafarros onde Francisco Costa, conhecido morador local, teve a gentileza de nos conduzir.
 
Quis e conseguiu mostrar-nos os restos de uma fonte cuja construção ele presenciou, nem mais nem menos que há 70 anos. É um testemunho impressivo e emocionante de um tempo, afinal, não muito recuado, em que era preciso construir fontes, aproveitar a água de nascentes para assegurar o abastecimento local do precioso líquido.

Sem qualquer dúvida, trata-se de uma peça do património à volta do qual nos temos movimentado nas últimas semanas. Património, sim, não há qualquer abuso de designação. Património, sim, peça portadora de memórias individuais e colectivas, coladas ao viver de um local onde, além do pragmático consumo satisfeito, crianças, jovens, adultos e velhos conversavam, brincavam, jogavam, em suma, lugar em que vidas se cruzavam, onde se vivia.

Sintomaticamente, hoje mal se vê e, se não fosse o Sr. Costa, jamais apareceria no enquadramento do trabalho em que estamos envolvidos. É «por estas e por outras» que, tanto o Sérgio como eu, embora sem stresse, tão desejosos estamos de poder partilhar estas imagens e textos com quem se interessa, através da exposição e livro em perspectiva.