sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Com o recurso à Justiça, foi alcançado o objectivo dos fregueses de Monte Abraão, ou seja,
os cabos deverão ser instalados no subsolo e, até à conclusão dessa obra, a REN é obrigada a suspender o envio da energia. No entanto, não deixa de ser algo paradoxal estar por demonstrar que a solução em causa resolva os problemas de doença suscitados pela passagem da energia a céu aberto...
Enfim, o Presidente da Câmara Municipal de Sintra, certamente desejoso de ver regularizada uma situação em que os cidadãos têm manifestado inflamadas posições de natural e justificado alarme, não esteve com demasias e avançou com a solução de o município arcar com as despesas da operação do enterro dos cabos. Enfim, paga o «funeral» e que seja tão rápido quanto possível.
Como eu o compreendo! Num país como o nosso, em que situações quejandas se arrastam anos e anos, em demanda de quem liquida a factura, com partes litigantes espaldadas em consultores jurídicos principescamente pagos, a manobrarem dilacções ad aeternum, ele que é homem de Direito e até sabe da poda, com a exactata noção do solo e do subsolo que pisa, lançou o isco à REN. É manobra de mestre cujo alcance estará a fugir a algumas mentes mais primárias.
Estando as coisas neste pé, será de esperar que os cidadãos, até agora afectados pela situação que o Tribunal já dirimiu a seu favor, se mantenham serenamente felizes com o desfecho da causa, tenham passado uma Consoada tão bonita quanto têm direito, comecem o Novo Ano com a lucidez que for possível e, como soe dizer-se, não tenham maiores olhos que barriga.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Há cerca de duas semanas, falava eu com uma técnica da Câmara Municipal de Sintra acerca da necessidade de dotar determinada via com dispositivos dissuasores do estacionamento de viaturas em cima dos passeios. Colocando a possibilidade de aplicar certo modelo de pilares metálicos, fui confrontado com a impossibilidade de concretização devido a questões de segurança.
Pois, muito bem, em caso de incêndio, por exemplo, as viaturas de ataque ao sinistro poderiam ter de recorrer à utilização dos passeios para assegurarem o acesso ao local onde seria preciso actuar. Todavia, a instalação dos pilares em questão impediria tal recurso. Nestes termos, aconselha a prudência que sejam estudados meios de dissuasão que, em situação limite de desastre, não constituam obstáculo.
Seguidamente, ainda com o mesmo propósito, apresentava eu a alternativa dos pilares longitudinais que, normalmente pintados de amarelo, marcam eficaz presença em certas ruas de Sintra. Colocados a estratégica distância uns dos outros, constituem solução muito acessível, se comparada com a dos pilares cilíndricos que, no entanto, são incomparavelmente mais dispendiosos.
De baixa altura, conseguem dissuadir qualquer condutor de veículo ligeiro ao seu assalto mas, por outro lado, são facilmente transponíveis por um carro de bombeiros, cujas características permitem tal manobra, sem afectar qualquer componente mecânica. Aparentemente, ali estava a solução ideal, perfeitamente adequada.
Isso era o que eu julgava. Bem podia eu acrescentar que, inclusive, é algo que tenho visto um pouco por todo o lado, tanto em Portugal como no estrangeiro, que a referida técnica se mostraria irredutível. Mas, então, por que motivo? Tão somente, por uma questão de estética. São feios, percebem? Baratos, praticamente inócuos, eficazes, sim senhor, mas declaradamente feios.
Bem, uma lástima que a senhora alvitrava poder resolver através da instalação de floreiras, cujo volume, tanto quanto sou levado a concluir, não é nada compatível com as invocadas razões de segurança que, lembrem-se, não podem dificultar o recurso às expeditas medidas que mencionei...
Não há dúvida que, sendo caricato, não chega a constituir problema intransponível. Não deixa é de revelar uma atitude técnica que dá que pensar.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
que remédio?
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
E nada mais dei à estampa. Aquele texto, que intitulei Quase um manifesto, foi ficando suspenso no tempo, para introduzir, já em 12 de Setembro, as Notas Diárias cuja periodicidade deu origem a um conjunto de sessenta e cinco artigos, que contam com a fidelização de muitos leitores, num total de quase quatro mil visitas, ultrapassando as minhas expectativas mais optimistas.
É lamentável que, hoje em dia, pelo simples facto de protestar, o cidadão se sujeita a incómodos que pouco diferem do que se passa nos regimes não democraticos. Assim sendo, numa conjuntura que não é mesmo nada propícia à intervenção cívica, também não deixa de ser significativo que o referido total das mensagens publicadas tenha recebido quase duas centenas de comentários. Alguns desses textos de retorno são de tal qualidade, tão interessantes, que acalentam a minha disposição de prosseguir.
A título de exemplo do que acabo de afirmar, acerca da qualidade dos comentários, permito-me chamar a atenção para o teor do texto (assinado por Saloio), subsequente ao meu do passado dia 7, subordinado ao título Heliodoro Salgado, remédio qb. Por me parecer que merece maior visibilidade, amanhã darei continuidade à abordagem do assunto como mensagem principal.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Pena, Regaleira, Acessos & civilidade
Independentemente da maior ou menor brevidade com que serão concretizadas as medidas tendentes à solução dos problemas de estacionamento caótico junto à Quinta da Regaleira e do acesso automóvel ao Parque e Palácio da Pena, impõe-se que os cidadãos assumam como indissociáveis duas atitudes que, de algum modo, já aqui foram aludidas em recentes oportunidades.
A primeira decorre do princípio de que o modo como se acede, faz parte do acto cultural que constitui a visita a um bem patrimonial, como o conjunto monumental do Castelo dos Mouros, o Palácio e Jardins de Monserrate ou o Museu de Arte Moderna de Sintra-Colecção Berardo, apenas referindo, para além dos dois anteriores, mais três dos muitos exemplos do património cultural nacional sediados em Sintra.
Como tantas vezes tenho escrito e publicamente afirmado, não há ponta de originalidade em qualquer das soluções que urge pôr a funcionar. São perfeitamente conhecidas e estão exaustivamente testadas várias estratégias de acesso ao património edificado em locais que merecem particular atenção, soluções que, invariavelmente, privilegiam o transporte público e a deslocação a pé.
Aliás, em pequeno parêntesis, lembraria como, mesmo nos casos em que, por mera hipótese, seria possível a continuação do estacionamento de viaturas próximo de determinado monumento - lembre-se o caso de Alcobaça e a belíssima solução do Arq. Gonçalo Byrne - questões de ordem ambiental, de gestão urbana, do domínio da estética, determinam que a civilizada atitude seja outra, por mais conveniente à comunidade em geral.
Pena e Regaleira
Tanto no caso da Regaleira como no da Pena, os veículos particulares serão obrigatoriamente estacionados em parques mais ou menos periféricos - interface da Portela, Ramalhão, edifício do Departamento do Urbanismo, por exemplo - a partir dos quais funcionarão transportes colectivos, gratuitos nuns casos e noutros pressupondo uma tarifa em que está incluída a do estacionamento - de dimensão e características adequadas aos trajectos em questão.
Tal não significa que o transporte chegue mesmo junto dos destinos referidos. No caso da Pena, tal será mesmo impossível já que, naturalmente, serão desactivados os parques de estacionamento, escandalosamente instalados durante a controversa gestão do biólogo Serra Lopes. Tal como tantos de nós gostamos de evocar, o caso do castelo de Neuschwanstein, na Baviera, terá de constituir o modelo mais apropriado quanto às soluções de acesso.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Na sexta-feira passada, 30 de Novembro, houve um espectáculo musical em Seteais com os cantores Rui Veloso e Marisa, ao que tudo leva a crer promovido pelo pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Sintra, pois assim o dão a entender os anúncios suspensos à entrada do recinto.
Uns dias antes, começaram os preparativos afins da montagem de um pavilhão de estrutura metálica coberta por película branca, espaço onde foi erguido o palco e montadas as cadeiras, operação rápida que não deve ter sido particularmente barata em função dos meios logísticos em presença. Quando, a meio da tarde daquele dia, por ali passei e colhi estas informações, dois funcionários preparavam-se para fechar os portões.
Aparato semelhante houve, por ocasião do casamento da filha do banqueiro Ricardo Espírito Santo Salgado, em fins de Outubro de 2005. Na altura também foi erguida estrutura análoga, a qual só acabou por ser totalmente removida ao fim de três semanas, tendo deixado destruído o emblemático tapete relvado.
Denunciei aquela situação nas edições de 11 e 18 de Novembro de 2005 em artigos que subscrevi no Jornal de Sintra, fui à reunião pública da Câmara manifestar o desagrado de muitos munícipes que iam sabendo da situação que também foi relatada por outros órgãos da imprensa regional. Em simultâneo, através de carta, dei conta do sucedido a todas as entidades oficiais que podiam ter alguma interferência.
Em meados de Maio do ano seguinte, na sequência de novo desacato, voltei a contactar os mesmos e vários serviços oficiais. Em ofício de 3 de Julho de 2006, a Direcção Geral do Turismo informava-me de que “(…) Relativamente à reclamação e após análise da mesma, verificou-se haver indícios da prática de contra-ordenações (…)”, acrescentando que o processo tinha sido enviado à ASAE, para procedimento em conformidade.
Infelizmente, até agora – este é o país em que vivemos!… – ano e meio depois de inúmeras diligências junto da ASAE, não consegui obter a mínima satisfação sobre o andamento e/ou conclusão do caso. Pois, a gente sabe e está acostumada… Não é fácil fazer frente ao Grupo Espírito Santo, ao qual pertence a empresa que explora o hotel. [O que dá um certo jeito é fazer-se acompanhar das câmaras da televisão, nas feiras e mercados de levante, contra uns desgraçados quaisquer, actuando a referida Autoridade com o auxílio de agentes policiais encapuzados, armados, intimidando tudo e todos].
Entretanto, havendo indícios da prática de contra-ordenações, resta-me lamentar que as dúvidas que se me colocaram quanto à utilização do terreiro de Seteais, com a instalação das referidas estruturas - que prejudicam a leitura e o usufruto público de um inestimável bem do património cultural local e nacional – nem sequer tenham feito hesitar ou pestanejar a Câmara Municipal de Sintra (uma das tais entidades também por mim próprio posta ao corrente dos casos supra mencionados) assim incorrendo em tão criticável prática, por ocasião do tal espectáculo do dia 30.